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Assentamentos Humanos V.5 nº1 - Unimar

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surgimento das grandes aglomerações esuas periferias, a continuidade de leituraformal foi interrompida e o espaço públicoperde o status de protagonista paraconverter-se em residual e disforme.Nestes locais, a cidade perde sua utilidadee sua capacidade educadora.Algumas cidades têm realizadograndes esforços de reurbanização emuitas voltaram-se à recomposição formaldo espaço público, sendo que apreocupação de alguns projetos aplicamse,com sucesso, em áreas periféricas.Outro ponto é o caso das intervençõesmuito bem sucedidas, ou até mais radicais,nas regiões centrais. Isso se deve ao fatoque as periferias não podem sermelhoradas apenas com intervençõesatuais que, apesar de importantes, devemestar associadas à recomposição física deruas, praças, instalação de infra-estruturae serviços e potencialização dasidentidades de bairro. No âmbitourbanístico é fundamental unir a periferiaao centro, estabelecendo umacontinuidade residencial e comercialpossível. Só assim se conseguirá que ohabitante das periferias se beneficie daurbanidade. “Para que a cidade seja útil eeducadora deve ser uma continuidade naqual se possam impor princípios deigualdade” BOHIGAS.A cidade não é só o espaço (urbs),mas também o conjunto de pessoas quevivem em comunidade (civitas), portanto acidade ideal é aquela que otimiza asoportunidades de contato, que aposta nadiversidade, na mistura funcional e socialalém de multiplicar os espaços de encontro.A cidade costuma aparecer como lugar dasoportunidades, das iniciativas e dasliberdades tanto individuais quanto coletivas,além de ser o lugar da privacidade e daparticipação política. A cidade, que deveriaser o local a que todos teriam direitos, nãooferece todos os meios para que issoaconteça, pois nem todos podem utilizarsuas oportunidades de formação,informação, trabalho e cultura. É necessário,antes de tudo, a discussão dos valores queorientam as ações, os objetivos e modelos devida urbana propor à cidadania.Se a política é pedagogia, comoalguns colocam, e a cidade é política,parece possível comentar a dimensãopedagógica do urbanismo, “tratando aestratégia urbana como um grande projetoeducativo” BOHIGAS.CONSIDERAÇÕES FINAISA cidade democrática deve levar emconta todas as pessoas que a integram. Aparticipação cidadã na organização doterritório, na concepção e gestão dosespaços públicos é sinal de identidade nomodelo de cidade que deve ser entendidacomo cidade de encontro e civismo. Acidade é um produto cultural bastantecomplexo e carregado de significadosrecebidos através da história, quediariamente é construída e destruída portodos. Esta complexidade não ocorre pelaconcentração de pessoas, nem pelo volumede suas atividades econômicas, mas porsuas possibilidades de intercambio.È o espaço da participação cidadãque promove demandas e propostas, alémde deveres e responsabilidades para ofereceralternativas, criticar, conduzir programase projetos sociais, culturais e de desenvolvimentocomunitário. JORDI comentaque a responsabilidade de fazer cidadaniatambém pertence aos profissionais dourbanismo, pois sua ética e técnica, aliadasao conhecimento dos avanços do urbanismo,das experiências contemporâneas, epor sua criatividade, devem elaborar edefender propostas com convicção. “Lareinvención de la ciudad ciudadana, delespacio público constructor-ordenador deciudad y del urbanismo como productor desentido no es monopolio de nadie” BORJA.De modo inventivo, os espaços deconvivência social devem transformar-se92

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