Assentamentos Humanos V.5 nº1 - Unimar

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13.07.2015 Views

intermediário. Baseado em modelos lógicomatemáticos,este universo pode sertransformado em simulação “real”,vivenciada pelos usuários, por meio dasatividades sensoriais e intelectuais.Diferentemente do queacontece com os suportes de capturaanalógica como a fotografia, o cinema oumesmo o vídeo, as imagens numéricas sãoconstruídas totalmente pelos homens.Esses projetos apresentam vistas eperspectivas dos edifícios de uma maneiramuito mais rápida e eficaz do que antes,quando eram feitas por desenhistas em umtempo muito mais longo. Esta integraçãovia computador, antecipa o produto finalpara os testes de amostragem efabricação. Mesas “captam” desenhosoriginais das pranchetas e migram para oambiente digital, formando assim imagensdigitalizadas e virtuais.Esta interface amadurecea relação homem-máquina, na medidaem que substitui numerosas relaçõesmatemáticas de verificação. Podemosconcluir que o enquadramento do pontode vista dos projetistas na tela docomputador, não tem mais nada emcomum com o dos espectadores etelespectadores, ou a referência darepresentação gráfica e fotográfica, namedida em que a interface atingida poreste suporte digital possibilita umconjunto enorme de virtualizaçõesprováveis para seus usuários.A confluência entre aArquitetura e as novas tecnologiasinformáticas trouxeram um pontoimportante de aplicação : o uso da tela docomputador para que, mediante arepresentação analógica do projeto, estepossa ser analisado. A tela, com oprograma correspondente, permite todotipo de manipulação : contemplar osinteriores a partir de pontos de vistasmutantes, comprovar que produzemdiferentes sistemas de iluminação,calcular a estrutura, estudar o processode realização da obra, ver o futuro edifícioem uma representação de seu contextourbano. A tela se converte, em definitivo,numa representação diferente daspossibilidades de realidade que o desenhotem. A virtualização na Arquitetura e suaspossibilidades no campo digital,estruturam um novo conceito na feiturado projeto, refazendo assim etapas docaminho arquitetural.Nesse momento, começaa acontecer o desdobramento da visão,ou seja, surge uma segunda ótica : ateleótica. Hoje é possível realizar umateleconferência entre São Paulo e Paris,em tempo real. A Guerra do Golfopossibilitou assistir ao vivo obombardeio de cidades e pessoas, emuma guerra eminentemente eletrônica.Vemos, pouco a pouco, o declínio deimportância da ótica geométrica, ou aótica passiva do espaço. A introdução dateleótica que vincula o sinal do vídeo,refaz a questão da digitalização destesinal, reconhecida por todos em todas asáreas, principalmente na utilizaçãorecente de espaços de realidade virtual.A superação da perspectiva geométricatradicional por uma perspectivaeletrônica gera, por assim dizer, umavisão de tempo real, pela recepçãoinstantânea dos sinais de áudio e vídeo.Este desdobramento da visão e do tempoafeta consideravelmente nossas relaçõesespaciais e até mesmo filosóficas.Na realidade virtual, o usodo capacete (VPL) e da vestimentatransmissora de dados (Data Suit) nodomínio do espaço virtual(Ciberespaço),provoca um primeiro desdobramento dapessoa, entre atual e virtual. Oteleoperador, graças aos progressosrecentes da teletactilidade , faz com queo alto relevo do toque à distância venhacompletar a alta fidelidade sonora evisual. Tecnologias fazem surgir um novotipo de profissional na área daarquitetura, trabalhando exclusivamentecom esta teleótica do desdobramentohumano. Além de ampliar a nossa noçãode espaço, refazemos todas as nossaspercepções sensorio-motoras em todas asatividades desenvolvidas pela realidadevirtual. A criação de ambientes virtuais68

está bastante ligada ao realismo visual eà interação, usando os outros sentidos.Assim, assuntos como computaçãográfica em 3D , modelagem gráfica, einteração homem-máquina constituemuma parte fundamental na elaboração deambientes virtuais. Em bem poucotempo, poderemos experimentar estenovo meio de expressão na Arquitetura,de forma bastante disseminada, a partirdo momento em que essa tecnologiapermita a imersão e a interatividade noespaço.Como nos apresenta Duarte(1999), as tecnologias digitaispossibilitaram a construção, a divulgação ea experimentação de ambientes em redesde informação. O computadorpotencializou, pelas linhas telefônicas, umuniverso incessante e multidirecional dainformação na sociedade contemporânea.Podemos citar, como exemplo destasaplicações, as possibilidades que vêmsendo exploradas com as tecnologias desimulação digital, no levantamentohistórico e na análise de edifíciosimportantes para a história que não maisexistem há décadas. Este trabalho dereconstrução vêm sendo principalmentedesenvolvido em escolas de Arquitetura,em diversos lugares do mundo, utilizandocomo ferramentas de trabalho, os modelose as imagens digitais desses prédios. Nessecompartilhamento entre informação eArquitetura, as relações com os espaçospúblicos ou privados, de certo modo, vêmoperando e expressando novas práticas nasociedade contemporânea, e atingindo aprodução de novos projetos, novas cidadesou novas instalações, num espaçoeminentemente digital.CONSIDERAÇÕES FINAISHoje em dia, a ComputaçãoGráfica tem um papel importante eminúmeras áreas, por exemplo: criação degráficos em negócios, ciência eeconomia, realização de mapas emcartografias, elaboração de desenhos denovos produtos na área industrial,visualização de simulação e controle deanimação para simuladores de vôo ourealização de vinhetas em programas detelevisão.Uma questão que seapresenta nesse novo quadro, descritoacima : de que forma o profissional deArquitetura e Urbanismo tem seposicionado frente às novas tecnologiasinformacionais, na aplicação direta narepresentação gráfica do projeto deArquitetura. Ou ainda, trazendo para ocampo das questões relacionadas aotema pergunta-se : quanto e de quemaneira o processo de representaçãográfica, na área da Arquitetura, tem-semostrado satisfatoriamente receptivo àsnovas tecnologias informacionais,diante da velocidade de produção etransferência da informação no mundomoderno?Diante destas questões,é válido dizer que os profissionais deArquitetura, têm-se posicionado a favorda utilização das novas tecnologiasinformacionais no âmbito daArquitetura; mesmo dem a n e i r a m o d e s t a , t ê macrescentado novas responsabilidadese habilidades às tarefas que envolvamas conexões significativas inovadoras.Porém, o maior desafio, encontra-se nafalta de articulações estratégicascoerentes na representação gráfica, naárea de Arquitetura, que, a par dosmecanismos viabilizadores detransferência de informação, parecemnão qualificá-la como ferramenta dedesenvolvimento a todos os usuários.Dessa maneira, cabe ao profissional deArquitetura buscar o lugar naArquitetura na interface com os meioseletrônicos e digitais e se transformarnum catalisador de formas esignificações.69

intermediário. Baseado em modelos lógicomatemáticos,este universo pode sertransformado em simulação “real”,vivenciada pelos usuários, por meio dasatividades sensoriais e intelectuais.Diferentemente do queacontece com os suportes de capturaanalógica como a fotografia, o cinema oumesmo o vídeo, as imagens numéricas sãoconstruídas totalmente pelos homens.Esses projetos apresentam vistas eperspectivas dos edifícios de uma maneiramuito mais rápida e eficaz do que antes,quando eram feitas por desenhistas em umtempo muito mais longo. Esta integraçãovia computador, antecipa o produto finalpara os testes de amostragem efabricação. Mesas “captam” desenhosoriginais das pranchetas e migram para oambiente digital, formando assim imagensdigitalizadas e virtuais.Esta interface amadurecea relação homem-máquina, na medidaem que substitui numerosas relaçõesmatemáticas de verificação. Podemosconcluir que o enquadramento do pontode vista dos projetistas na tela docomputador, não tem mais nada emcomum com o dos espectadores etelespectadores, ou a referência darepresentação gráfica e fotográfica, namedida em que a interface atingida poreste suporte digital possibilita umconjunto enorme de virtualizaçõesprováveis para seus usuários.A confluência entre aArquitetura e as novas tecnologiasinformáticas trouxeram um pontoimportante de aplicação : o uso da tela docomputador para que, mediante arepresentação analógica do projeto, estepossa ser analisado. A tela, com oprograma correspondente, permite todotipo de manipulação : contemplar osinteriores a partir de pontos de vistasmutantes, comprovar que produzemdiferentes sistemas de iluminação,calcular a estrutura, estudar o processode realização da obra, ver o futuro edifícioem uma representação de seu contextourbano. A tela se converte, em definitivo,numa representação diferente daspossibilidades de realidade que o desenhotem. A virtualização na Arquitetura e suaspossibilidades no campo digital,estruturam um novo conceito na feiturado projeto, refazendo assim etapas docaminho arquitetural.Nesse momento, começaa acontecer o desdobramento da visão,ou seja, surge uma segunda ótica : ateleótica. Hoje é possível realizar umateleconferência entre São Paulo e Paris,em tempo real. A Guerra do Golfopossibilitou assistir ao vivo obombardeio de cidades e pessoas, emuma guerra eminentemente eletrônica.Vemos, pouco a pouco, o declínio deimportância da ótica geométrica, ou aótica passiva do espaço. A introdução dateleótica que vincula o sinal do vídeo,refaz a questão da digitalização destesinal, reconhecida por todos em todas asáreas, principalmente na utilizaçãorecente de espaços de realidade virtual.A superação da perspectiva geométricatradicional por uma perspectivaeletrônica gera, por assim dizer, umavisão de tempo real, pela recepçãoinstantânea dos sinais de áudio e vídeo.Este desdobramento da visão e do tempoafeta consideravelmente nossas relaçõesespaciais e até mesmo filosóficas.Na realidade virtual, o usodo capacete (VPL) e da vestimentatransmissora de dados (Data Suit) nodomínio do espaço virtual(Ciberespaço),provoca um primeiro desdobramento dapessoa, entre atual e virtual. Oteleoperador, graças aos progressosrecentes da teletactilidade , faz com queo alto relevo do toque à distância venhacompletar a alta fidelidade sonora evisual. Tecnologias fazem surgir um novotipo de profissional na área daarquitetura, trabalhando exclusivamentecom esta teleótica do desdobramentohumano. Além de ampliar a nossa noçãode espaço, refazemos todas as nossaspercepções sensorio-motoras em todas asatividades desenvolvidas pela realidadevirtual. A criação de ambientes virtuais68

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