seu uso é bastante expressivo. Váriassugestões de melhoria do “desenho” dosofá foram apontadas pelos usuários,destacando-se: apoio para pés,possibilidade de realização de refeições eaplicação de rodízios e gavetas, entreoutros. Percebe-se que todas asrespostas são resultantes de expectativasdo usuário quanto a um melhor conforto ecomodidade durante o uso. Além disso,confirma-se a realização de atividadesdiversas sendo realizadas no sofá.A alternativa de modularidadedo sofá é preferida pela maioria dosusuários (48%), uma vez que possibilita ouso em diversos arranjos (lay-outs) noambiente, além da facilidade demovimentação. 28% dos entrevistadosmanifestaram o gosto em alterar adisposição dos móveis, mas não o fazemdevido às instalações (posição das tomadase fios) além das elevadas dimensões dosmóveis e reduzido espaço do ambiente.4.RECOMENDAÇÕESERGONÔNICAS PARA O DESIGN DESOFÁSConforme análise dos dadoslevantados, nota-se uma grandeporcentagem de insatisfações relacionadasao projeto arquitetônico dos ambientesanalisados e ao desenho dos equipamentose mobiliários utilizados. Dentre essesmobiliários, destacou-se a análise do uso edesempenho dos sofás; e nestes sentido,além dos problemas técnicos derevestimento e estrutura, constataram-seindicações de desconforto durante o uso domesmo, causados principalmente pelo nãoatendimento às recomendações deusabilidade (dimensionais eantropométricas) no projeto dessesprodutos. Assim, apresentam-se a seguir,algumas recomendações baseado naliteratura especializada, que poderãosubsidiar designer e arquitetos, nodimensionamento preliminar dessesprodutos.4.1. Largura do assentoSegundo IBV (1992, p.103) alargura mínima dos assentos em sofás deveser de 55 cm, uma vez que acomoda alargura dos cotovelos dos indivíduos depercentil 95º da população masculina. Jápara PANERO & ZELNIK (1989, p.134), alargura do assento deve considerar asdimensões da largura máxima do corpo dapopulação masculina de percentil 95º, ouseja, 71,1 cm. Entretanto esta dimensãodeve incluir no mínimo, o espaço para osapoios de um braço. Considerando dadosantropométricos da população brasileira(INT, 1988 p. 87), mais precisamente alargura cotovelo / cotovelo (sujeito sentado),população masculina e percentil 95º, tem-seo valor de 53,1cm. Nesse sentido, podemosconsiderar que a largura mínima livre de umassento de sofá deve ser de 55 cm; e quandoconsiderarmos a inclusão da largura do apoiode braço, esta dimensão não necessita sermaior que 71,1cm.4.2. Altura do assentoSegundo IBV (1992, p. 101) oassento deverá ser baixo, quando a funçãode descanso for preponderante,possibilitando que o usuário estire as pernas,já que estas se estendem quando o ânguloassento/encosto aumenta. Assim,recomenda-se a altura entre 38 – 40 cm paraângulos menores que 150º ; e 36 – 38cmquando o ângulo for maior que 150º. ParaPANERO & ZELNIK (1989, p.79 e 95) a alturado assento é definida pela altura poplítea dapopulação 5º percentil que é 35,8 cm,acomodando tanto usuários de menor comode maior altura poplítea. A altura popliteal(sujeito sentado) da população brasileira 5ºpercentil (INT, 1988, p.66) é de 39,0 cm.Em se tratando o sofá de umassento de descanso, porém com posturasmenos relaxadas e utilização de ânguloassento/encosto < 150º, a dimensão daaltura do sofá deve estar entre 38 – 40cm.4.3. Profundidade do assentoIBV (1992, p. 102) recomendapara profundidade do assento algo entre 45– 48 cm, dimensões baseadas na58
profundidade poplítea da população depercentil abaixo da média, devido autilização por todos os usuários, inclusiveos baixos. PANERO & ZELNIK (1989, p.134) recomenda o uso de dados dapopulação de 5º percentil, que é de 43,2,já que essa medida acomodará o máximonúmero de usuários, tanto os de menorcomo os de maior profundidade poplítea.A profundidade poplítea (sujeitosentado) da população brasileira de 5ºpercentil é de 43,5 cm. (INT, 1988, p73).Assim, pode-se considerar que aprofundidade do assento deve estar entre45 e 48 cm, atendendo assim ao maiornúmero de usuários.4.4. Altura e largura apoio para osbraçosA dimensão do apoio para osbraços (IBV, 1992, p.107) varia segundo oângulo do encosto. Para pequena inclinaçãono encosto (100º - 110º) a altura do cotoveloestará entre 21 e 23 cm. A largura útil dorepousa braços deverá ser no mínimo 5 cm.Segundo PANERO & ZELNIK (1989, p.78) nodimensionamento da altura do apoio dosbraços, deve ser utilizado dados referente àaltura do cotovelo em repouso, aconselhandoo uso de dados relativos à população de 50ºpercentil - 23,6 a 24,6 cm. Já para odimensionamento da largura, recomenda 7,6– 15,2 cm. A altura do cotovelo (sujeitosentado) da população brasileira 50ºpercentil, segundo INT (1988, p.61) é 23 cm.Conclui-se que a altura do apoio para osbraços deve ter no mínimo 23 cm.4.5. Altura do encostoIBV (1992,p. 107) sugere parapoltronas de descanso o encosto comdimensões entre 55 - 60 cm, devendo apoiardesde a zona lombar até os ombros. Paracadeiras multiuso adota 42 - 45 cm,dimensão que comporta o suporte torácico.PANERO & ZELNIK (1989, p 129)também faz recomendações de altura doencosto apenas para cadeiras de multiuso,ficando entre 43,2 – 61,0 cm. A altura dotórax (sentado) da população brasileirapercentil 50º é 42,5 cm. Em se tratando osofá de um assento com funções múltiplas edevido a ausência de dados para tal, deveser adotado no mínimo 42,5 cm, dimensãoque acomoda a região torácica.4.6. InclinaçõesIBV (1992, p.105), fazrecomendações de inclinações paracadeiras multiuso e poltronas, segundoatividades realizadas e posturasutilizadas. Para postura de descansointermediária, utilizada no sofá (entrepostura de descanso e postura erguida)aponta um ângulo de 115º. PANERO &ZELNIK (1989, p.128) também apontaângulos de assento / encosto somentepara cadeiras multiuso e poltronas -105º. Baseado nessas informações,concluiu-se que o ângulo assento encostodeve estar entre 105º e 115º.5. CONSIDERAÇÕES FINAISA análise das funções eatividades desenvolvidas no espaçohabitacional caracterizam-se como umprocedimento metodológico próprio paraindicar os problemas de uso edesempenho do ambiente, equipamentose mobiliários, principalmente quando aevolução dos conceitos de habitação éum fato verificado.Os resultados desse estudoapontam que as exigências espaciais dahabitação não estão sendo consideradasno projeto de arquitetura do ambiente edesign dos equipamentos e mobiliário,sendo necessário uma atuação conjuntaentre arquitetos e designers na definiçãode projetos da habitação e seusequipamentos domésticos e mobiliários,o que pode resultar na melhoria eotimização do uso do espaço, bem comona qualidade de vida de seus usuários.6. BIBLIOGRAFIABOMM, R.T., BINS ELY, V.H.M. e SZÜCS,C.P. Adequação dos espaços mínimos da59
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