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Assentamentos Humanos V.5 nº1 - Unimar

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muralha que circundaria o núcleo urbano,o cuidado de Vitruvio em resguardar acidade da ação dos ventos dominantes,que no entender dos estudiosos eram emnúmero de oito. Conseqüentemente, “foiaprovada como idealmente perfeita acidade poligonal de oito ou mais lados,que tende, em última análise para umaorganização circular, possuindo, portantoum centro” (GOITIA, 1996, p. 104). Parao planejamento do traçado e locação damalha urbana foram adotados doiscaminhos diferenciados. Enquanto atentativa de dissipar a força dos ventosdominantes por meio do posicionamentodas ruas em ângulos estratégicos fez comque alguns tratadistas procurassemadaptar uma planta regular, em tabuleirode xadrez, ao interior de uma formapoligonal, a lógica geométrica motivououtro grupo a optar por um traçadoradial. Posteriormente, houve também abusca pela conciliação das “vantagens dotraçado rectilíneo às do radioconcêntrico”(GOITIA, 1996, p. 106).No entanto, a despeito detodas as realizações projetuais, na prática,as implementações urbanísticas dosséculos XV e XVI, não foramsuficientemente expressivas para alterarradicalmente a configuração espacial quena maioria significativa das cidades dovelho mundo, havia se consolidado aolongo da Idade Média. Estas se limitaram aintervenções localizadas, restritas a pontosespecíficos da malha urbana, caracterizamseem “trechos de ordem renascentista,espaços abertos e clarificações quemodificam belamente a estrutura da cidademedieval” (MUMFORD, 1991, p. 379).Segundo LAMAS (1992, p. 168) e MORRIS(1992, p. 176), esta se distinguiu comouma fase do Renascimento em que oplanejamento dos espaços urbanos ficourestrito especialmente a cinco campos deatuação, ou seja:•Construção de sistemas defortificações;•Modificação de zonas da cidadecom a criação de espaçospúblicos ou praças earruamentos rectilíneos;•Reestruturação de cidades pelorasgamento de nova rede viáriaprincipal;•Construção de novos bairros eexpansõesurbanas,utilizando quadrículasregulares;•Criação de um número limitadode novas cidades.De acordo com BRANDÃO(1991, p. 60), no que se refere àconfiguração da paisagem, asparticularidades que conferem identidade àurbanística Renascentista como um todo,distinguindo-a como um conjunto, sãoespecialmente, “a destacada presença daarquitetura civil, centralização,homogeneidade, ideal de forma pura,geometrismo e perspectivismo dacomposição”. Em outras palavras, nesteperíodo em que“a Renascença artística dominatoda a Arquitetura e a ArteUrbana se confunde com oPlanejamento Urbano, a igrejaou catedral [...] passa a terdestaque especial em grandespraças ajardinadas. Fontesesculturais, estátuas, colunas eobeliscos decoram as praças.[...] As construções, de carátermonumental, são salientadaspelas perspectivas de ruaslargas, confluindo para elas”(FERRARI, 1991, p. 225).Adotando como referência àperiodização da História da Arquitetura, foisomente na fase Barroca, que emconseqüência das intensas transformaçõespolíticas e econômicas, estas tendênciasf u n d a m e n t a i s d a o r d e mRenascentista se fizeram inteiramentevisíveis e passaram a dominar a paisagemurbana. MORRIS (1992, p. 175), afirma queentre todas, esta é a única fase com especial“relevancia em la historia de la formaurbana”, ou seja, foi o momento em que o46

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