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Assentamentos Humanos V.5 nº1 - Unimar

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O TRAÇADO DA CIDADE E AORGANIZAÇÃO DE SEUS ELEMENTOSMORFOLÓGICOSA c o m p l e x i d a d eestrutural, própria da cidadecontemporânea, não se caracteriza emum produto concluído ou numaidealização recente. Ao contrário, é frutodo contínuo aprimoramento de uma obracumulativa, que ao longo da História,vem materializando e incorporando assucessivas etapas da evolução da basetécnica. Segundo SANTOS (1996, p. 47),a concretização desta dinâmica estáfundamentalmente condicionada àexistência da apropriação e do uso datécnica porque“há uma idade científica dastécnicas, a data em que, numlaboratório elas são concebidas.[...] E, ao lado dessa idadecientífica, há uma idadepropriamente histórica, a data emque, na história concreta, essatécnica se incorpora à vida de umasociedade. Na realidade, é aqui quea técnica deixa de ser ciência paraser propriamente técnica”.Entre as particularidades queconferem grande complexidade e tambémum caráter único a este processo deapreensão, destaca-se o fato de em cadalugar, ele ocorrer em momento específico,ter um ritmo e uma forma característica dese manifestar. Contudo, o que lhe asseguraa individualidade e viabiliza a consolidaçãoda identidade, é a propriedade dos agentesenvolvidos influenciarem-se mutuamente,ou seja, ao mesmo tempo em que oslugares redefinem as técnicas, estas porsua vez, tem o poder de realizar profundasmudanças tanto na estrutura e nos valoresda sociedade que delas se apropriou, comono espaço que edificou. Isto significa que“cada objeto ou ação que se instala, seinsere num tecido preexistente e seu valorreal é encontrado no funcionamentoconcreto do conjunto. Sua presençatambém modifica os valores preexistentes”(SANTOS, 1996, p. 48).Em síntese, ao longo daHistória, os modelos de ocupação, bem comoas configurações espaciais, foram seredefinindo a partir do momento que umnovo artefato passava a fazer parte dodinâmico conjunto da cidade. Assim, eraestabelecida uma nova ordem que conferiaao espaço uma forma única, particular. Nestecontexto, os modos de crescimento que nodecorrer dos tempos vem sendo utilizadossimultaneamente, de forma a resultar emdiferentes configurações de malhas urbanas,são classificados por autores comoMUMFORD (1991), LAMAS (1992), MORRIS(1992) e KOHLSDORF (1996), em duascategorias, ou seja:•Orgânico: segundo as regrasde espontaneidade – seestruturam em geometriassemelhantes às das formasvivas (simetria e assimetria,relações entre linhas diferentesde 90 0 , grande número deelementos básicos decomposição e presença de linhascurvas e complexas);•Racionalista: segundo planoou idéia previamente traçada –correspondem à formação sobleis geométricas primárias(simetria, paralelismo,ortogonalismo, predominânciade linhas retas e poucoselementos básicos decomposição) (KOHLSDORF,1996, p. 143).Em seus estudos, LAMAS(1992, p. 134), concluiu que exceto na“cidade moderna”, regida por outrospadrões de concepção, em ambos osmodelos de malha urbana, “os elementosmorfológicos são utilizados de modosensivelmente idêntico: quarteirão, lote,edifício, fachada, rua, praça,monumento, etc.”. Para ele, existe39

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