ABSTRACTThe city is as ambiguous aphenomenon as the man himself, it representsboth the materialization and theproduct of a continuous and cumulativeprocess. Over the centuries, a new elementhas become part of its universe, it hasacquired peculiar urban features, becominggradually a complex group in constantchange. Assuming that only the knowledgefrom past experiences makes it possible toidealize suitable patterns for the urbanspaces of the present and of the future, wetry, via the analysis of the several mannersof territorial occupation, to show the rolesplayed by both the natural elements andthose elements built along the form definitionand the process of spacial structuringof the city. At the same time, studying themost peculiar and most frequent morphologicalaspects over history has contributedto the identification of the influence of themain elements responsible for its configuration.Key Words: City History; UrbanStructuring; Space Configuration.Palavras-chave: História da Cidade;Estruturação Urbana; ConfiguraçãoEspacial.INTRODUÇÃOAssim como no decorrer dosséculos a eclosão de cada um dos trêsperíodos de evolução da base técnicarepresentou expressivas transformações naestrutura e nas formas de organização social,política e econômica estes momentostambém foram deixando suas marcasimpressas no espaço da cidade. Isto significaque sua singularidade e vitalidade são frutosdo equilíbrio e da harmonia gerados por suasdiferenças e contradições, entre as quais, sedestacam as resultantes da interação entre ovelho e o novo e também, das variações nasrelações de contigüidade.Por outro lado, são diversos oselementos morfológicos que ao longo dotempo vem se consolidando como objetosestruturadores da forma urbana. Estespertencem a dois grandes grupos, o primeiroé o dos componentes do suporte físiconatural, onde os acidentes físico-geográficossão notadamente os principais responsáveispela estruturação da malha e também pelaconfiguração espacial da cidade. O segundo éo dos artefatos construídos pelo homem, noqual, dentro ou fora da cidade, a Arquiteturacomo elemento físico e reflexo daexperiência, entre todas as outras, épossivelmente a mais representativaconstrução humana.Neste universo, aconsolidação da identidade, bem como, oestabelecimento das dimensões simbólicas,ou seja, a eclosão e/ou a atribuição dossignificados, acontece por meio dastransformações físicas que tem comoobjetivo alcançar a melhor solução no que serefere à adequação dos espaços de usocoletivo às formas de apropriação e usocontemporâneos. Portanto, este trabalhotem como objetivo compreender a lógica damaterialização dos ideais e conflitoshumanos no espaço urbano, já que esta setornou condição fundamental para aelaboração de políticas, planos, programasou projetos que minimizem os principaisproblemas da cidade e promovam aqualidade de vida e a identidade entre ohomem e o espaço que habita.A ARQUITETURA E A ESTRUTURAÇÃODA FORMA URBANAO fato de um númerosignificativo de exemplares arquitetônicoster resistido por séculos à ação dos maisdiversos agentes, em muito tem auxiliado aCiência na compreensão da trajetória dohomem. Em meio a outros aspectos é,sobretudo através de sua configuração edas técnicas construtivas utilizadas que ospesquisadores vêm identificando eestudando algumas das principais34
peculiaridades de diferentes culturas,formas de apropriação e uso, bem como,costumes e tradições dos mais remotosperíodos da História.Por sua vez, ao fornecerem ossubsídios sobre os mais diversos modos desociabilidade humana, estes estudos têmcapacitado os profissionais à “criar lugares”em vez de simplesmente “projetar espaços”.Apesar de vulgarmente empregados comosinônimos ambos os termos tem um sentidoindependente. Enquanto “projetar espaços”consiste num processo onde são priorizadosbasicamente os aspectos físico-funcionais,prestando-se atenção insuficiente àsatividades e experiências vivenciadas, “criarlugares” é uma arte, significa conceber umacondição de harmonia entre os elementosmorfológicos suficiente para estimular aconsolidação de laços emocionais afetivos, ouseja, de solidificar a identidade (SIME, 1986).Segundo ZEVI (1978, p.17),“o caráter essencial da arquitetura – o quefaz distingui-la de outras atividadesartísticas – está no fato de agir com umvocabulário tridimensional que inclui ohomem”. Este acredita que tudo que nãotem espaço interior não se constitui emArquitetura. É o que defende, ao afirmar quesua essência está condicionada à existênciae ao tipo do ambiente criado peladelimitação de planos (piso, teto e paredes),ao qual o homem dá sua realidade integral.Contudo, ele não quer dizer que aArquitetura seja definida unicamente peloespaço interno de um edifício, que o seuinvólucro, “o volume arquitetônico”, não sejaum dos elementos da experiência espacialarquitetônica. Ao contrário, no seu entender,em conjunto com os outros itens dapaisagem (pontes, monumentos, árvores,etc.), estes compõem os limites do espaçoexterior, ou seja, do espaço urbanístico. Emoutras palavras, “a experiência espacialprópria da arquitetura prolonga-se nacidade, nas ruas, nas praças, nos becos eparques, nos estádios e jardins, onde querque a obra do homem tenha limitado vazios,isto é, tenha criado espaços fechados”(ZEVI, 1978, p. 25).Como a produção do lugar estádiretamente relacionada à forma do serhumano se identificar com o meio físico edele se apropriar, é fato que o espaçoexerce um papel fundamental naArquitetura. Entretanto, seria um erroafirmar que a experiência arquitetônica selimita à relação do homem com o espaço,apesar de ser ele seu elemento vital. Sema atuação de outras categorias como aestética, a social e a tecnológica, não secompõem a Arquitetura e o Urbanismocomo grandes infra-estruturas dasociedade. No entender de CARON, apudCRICHYNO (1991, p. 21), ao se interagir,essas categorias que devem ser parte dabagagem cultural do Arquiteto, completamo amplo círculo de abrangência daArquitetura, pois,“o campo estético trabalha comquestões de forma e seusignificado, da teoria e dafilosofia da arquitetura. Ocampo social, com questões dahistória, da política e dosconceitos sociológicos. Otecnológico, com questõesinstrumentais das ciênciasexatas encaminhadas ao mundoconstruído”.Isto significa que aArquitetura materializa todas asminúcias e peculiaridades do estágiocultural e de desenvolvimentotecnológico da coletividade que aconcebeu. Segundo HERSKOVITZ apudSERRA (1987, p. 55) “toda sociedadedesenvolve uma cultura material e umatecnologia destinada a extrair do espaçonatural os recursos para o atendimentode suas necessidades”. Além de sedistinguir como a “chave dainterpretação correcta e global dacidade como estrutura espacial”(LAMAS, 1992, p. 41), se caracterizanum fenômeno cultural que participa doprocesso de organização da sociedade eda produção da paisagem. SUBIRATS(apud SILVA, 1994, p. 181), afirma que,35
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