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Discurso de Homenagem Póstuma ao Acad. Gerson Cotta - Pereira ...

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Casa e Catedrático Jubilado <strong>de</strong> Anatomia Patológica da mesma Universida<strong>de</strong>do Porto, on<strong>de</strong> <strong>Gerson</strong> por muitos anos foi Professor Catedrático Visitante.Escreveu o Professor Serrão: “A morte não existe, existo, sim, eu, quemorrerei”. De fato existiu, sim, <strong>Gerson</strong>, que morreu. Morreu porque viveu, evivendo construiu os conhecimentos novos advindos <strong>de</strong> suas pesquisas eformou novos profissionais, capazes <strong>de</strong> levar adiante seus estudos eensinamentos, tornando perene sua memória. Vivendo, amou, e amandoestabeleceu sua família e gerou seus filhos. Amando e sendo amadoestabeleceu laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> que se projetam na eternida<strong>de</strong> através <strong>de</strong>gestos <strong>de</strong> ternura. Charles Chaplin poeticamente dizia que "o homem nãomorre quando <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> viver, mas sim quando <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> amar". E <strong>Gerson</strong> amouintensamente sua família e seus amigos. Morrendo, tudo o que possuía <strong>de</strong>ulugar para o que ele era. <strong>Gerson</strong> é agora sua essência, que se irá revelandopouco a pouco <strong>ao</strong>s que amou e <strong>ao</strong>s que o amaram. Indo além <strong>de</strong> Chaplin,tenho a certeza <strong>de</strong> que aquele que se ama não morre, pois se tornaplenamente e permanentemente presente pelo amor. Por essa razão, Marcelsublinha que “os verda<strong>de</strong>iros mortos são aqueles a quem não amamos”. Ou,aqueles que nos são indiferentes, com bem colocou Elie Wiesel <strong>ao</strong> afirmar que“o oposto da vida não é a morte, é a indiferença."A cada uma <strong>de</strong>stas cerimônias <strong>de</strong> a<strong>de</strong>us <strong>ao</strong>s pares que partem antes <strong>de</strong>nós, a Aca<strong>de</strong>mia se engran<strong>de</strong>ce e fortalece a continuida<strong>de</strong> e perenida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sua presença na socieda<strong>de</strong> brasileira, pois elas marcam a entrada para ahistória daqueles que por tão altos méritos se tornaram titulares, para sempre,<strong>de</strong> uma <strong>de</strong> suas ca<strong>de</strong>iras. Assim, cada <strong>Acad</strong>êmico agrega <strong>de</strong>finitivamente àsua ca<strong>de</strong>ira os seus próprios méritos e valores, razão pela qual a ca<strong>de</strong>ira 87hoje é mais valiosa. Cada um <strong>de</strong> seus futuros ocupantes relembrará em todasas solenes celebrações a figura ímpar do ilustre pre<strong>de</strong>cessor, <strong>Acad</strong>êmico Prof.Dr. <strong>Gerson</strong> da <strong>Cotta</strong> <strong>Pereira</strong>, e nisto se dará sua imortalida<strong>de</strong> acadêmica.Agora quero dirigir-me em particular a Eliana, esposa e companheira fiel,que em tantos momentos soube abrir mão <strong>de</strong> sua própria carreira paraacompanhar <strong>Gerson</strong> a Portugal, França e Estados Unidos da América doNorte. Mais que isso, que lhe <strong>de</strong>u o apoio tantas vezes necessário paraenfrentar os embates da vida. Seu marido, Eliana, não teria realizado tudo que7

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