54Para finalizar esta questão, Beni (2003) aponta algumas tendências doturismo, como as viagens de férias com duração mais curta e em diferentes épocasdo ano; o desenvolvimento de produtos visando atingir novos mercados de consumoe o crescimento de consumidores engajados em favor do desenvolvimentosustentável, que necessariamente buscarão viagens que valorizem a minimizaçãodo impacto em diferentes dimensões, ambiental, social e cultural das localidades.Ao encontro destas questões relacionadas às novas tendências e ao perfildos consumidores, destaca-se a prática do Turismo Pedagógico, foco deste estudo,e a necessidade das agências estarem preparadas para atender este novosegmento.Pelizzer (2005) destaca que para a organização de eventos como viagens,passeios, visitas técnicas ou expedições, é extremamente necessária a intervençãode uma agência de turismo. Visto que esse tipo de atividade implica nodeslocamento para uma certa localidade, num determinado período de tempo eduração, utilizando-se de serviços oferecidos por diversas organizações efornecedores.A atividade turística envolve um conjunto de recursos, produtos, serviços eorganizações, sujeitos a uma qualidade e preço que devem competir no mercado,com o objetivo de conseguir uma demanda real e rentável. Neste ponto, o TurismoPedagógico apresenta-se de uma forma diferente de todas as outras modalidadesde turismo existentes, uma vez que não são os recursos, produtos, serviços eorganizações que compõem as suas ofertas, mas sim as possibilidades deexploração pedagógica que uma localidade oferece (GONÇALVES; SERAFIM,2006).Gonçalves e Serafim (2006, p. 04) destacam um fator bastante positivotrazido pela prática do Turismo Pedagógico, que é a oportunidade que as agênciastêm de fazer bons negócios nas épocas de menor movimento nas vendas,garantindo um volume de receitas para todo o ano. Porém as autoras ressaltam que“é necessário aprender a operar com este tipo de turismo, pois a atividade requer
55uma série de procedimentos e cuidados não exigidos pelas modalidadestradicionais”.Outra peculiaridade relativa à comercialização deste tipo de serviço, é que opara o planejamento e realização destas viagens é necessário que haja uma“interação entre a agência especializada e a coordenação da escola, para que osdestinos e programações a serem executados estejam relacionados com astemáticas propostas em sala de aula”, tendo em vista que o Turismo Pedagógico éuma atividade que começa e termina na escola e somente o corpo docenteinteressado poderá determinar o que seu aluno irá estudar (PECCATIELLO, 2005,p. 07).A escola deve transferir toda a responsabilidade pela execução do evento ourealização da viagem para uma empresa especializada, pois conforme Pelizzer(2005) a agência de turismo tem a responsabilidade pela organização do pacote(programa, passeio, viagem, excursão, roteiro da viagem, evento e destino) ondesão incluídos itens que, normalmente, o viajante comum pode esquecer ounegligenciar, trazendo, possivelmente, grandes transtornos para a viagem.Peccatiello (2005) evidencia que a realização e formatação de um roteiropedagógico necessita, muitas vezes, de cuidados especiais, relacionados, porexemplo, a aspectos de segurança, em função da idade dos alunos, ou relacionadosà questão comportamental, exigindo funcionários treinados, qualificados eatualizados em relação a este segmento.Outra necessidade é que além de a empresa possuir profissionais de acordocom as exigências deste segmento de mercado, será imprescindível, quando dacontratação e serviços pela agência (como guias de turismo, por exemplo), queestes, assim como os funcionários da empresa, possuam qualificação e cursosrelacionados ao Turismo Pedagógico, quando possível (PECCATIELLO, 2005).Já Milan (2007, p. 77), destaca que o conhecimento da oferta de umalocalidade receptora permite prever e utilizar adequadamente os elementoscomponentes de um roteiro, facilitando a montagem do programa. Sendo que no
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