40aprendizagem significativa é aquela realizada através de uma relação lógica e quepossa ser aplicada em diversos contextos e situações.Dentro desta perspectiva o Turismo Pedagógico é uma estratégia capaz depromover a aprendizagem significativa, pois a viagem torna-se a tarefa daaprendizagem beneficiando a criação de significados para os assuntos previamenteestudados em sala. Além disto, “é algo que pode despertar no aluno o interesse e,por conseguinte, a disposição para a aprendizagem” (PECCATIELLO, 2005, p. 05).Peccatiello (2005) ainda ressalta que a questão da utilização do ambientecomo recurso didático é o que faz do Turismo Pedagógico uma opção válida efuncional para a quebra da rotina escolar. A autora afirma:a dinâmica espacial está em constante transformação, tanto por causasnaturais quanto pela ação do homem, tornando difícil, dentro de uma salade aula, a compreensão e a transmissão de alguns conteúdos disciplinarese de valores sociais, culturais e ecológicos. Sendo por isso que o aprendizao passar da condição de aluno para aluno-turista é beneficiado pelaaproximação com o real (PECCATIELLO, 2005, p. 06).Segundo Brandão e Aldrigue (2005), ao desenvolver projetosinterdisciplinares, tendo como eixo norteador a prática do Turismo Pedagógico, asescolas podem, certamente, facilitar o processo ensino-aprendizagem, na medidaem que o aluno se torna capaz de vivenciar o conhecimento transmitido em sala deaula.Esta prática pode-se mostrar de grande valia, pois ao pressupor uma viagemescolar, o Turismo Pedagógico implica em organização, integração e entendimentoentre os componentes da escola (alunos, professores, diretores) mediante aidealização de uma proposta na qual os alunos podem e devem ser participantes doplanejamento (Peccatiello, 2005).Para a autora,Promove-se assim o aprender a fazer e o aprender a ser. Além de propiciarao aluno a aproximação com um ambiente diferente, onde pessoas vivem etêm características diversas, onde é possível visualizar e ter contato diretocom diferentes culturas, despertando no aluno o interesse pela diversidadecultural, fazendo-o entender o porquê de se respeitar o outro e de se buscaruma convivência harmônica (PECCATIELLO, 2005, p. 13).
41Tendo em vista as considerações anteriores, pode-se afirmar que a relaçãoentre o turismo e a educação é muito próxima. Segundo Azevedo (1997, p. 147),esta afirmação é comprovada se considerarmos a respeito desta relação fatorescomo a interdisciplinaridade que está presente nas duas áreas; por haver no turismouma correlação entre o espaço, a cultura e a educação; e pelo turismo ser umaatividade de constante aprendizagem, podendo ser caracterizada como um“processo essencialmente pedagógico”, seja na percepção de outras realidades ediferentes estilos de vida, na utilização do tempo ocioso ou na preservação de benspatrimoniais e culturais.Peccatiello (2005), evidencia que o Turismo Pedagógico é uma prática queconverge para a consolidação do processo de aprendizagem, pois, não se constituiapenas de uma viagem, de um estudo in loco. Pois como esta atividade deve sermuito bem planejada para não perder o foco educativo, é plausível que haja umestudo prévio em sala de aula para que aborde os conteúdos disciplinares a seremestudados em campo.Desta forma, ao associar-se os conteúdos disciplinares à viagem é possívelestimular o imaginário do aluno, criando um ambiente propício à investigação, paraque durante a viagem aquilo que foi absorvido em sala de aula possa ser“relacionado a algo real e concreto, tornando-se significativo para o aprendiz”(PECCATIELLO, 2005, p. 14).Bahl também evidencia esta questão afirmando que:[...] o homem em viagem não é o mesmo homem do seu ambiente habituale, sobretudo, quando retorna de uma viagem, ele não é o mesmo de antes,pois a experiência da viagem o faz evoluir, acrescentar um conhecimento ouperder uma ilusão” (Bahl, 2004, p. 33).Para Raykil (2005), viajar, conhecer pessoas e lugares possibilita ao aluno oexercício da cidadania ativa que só se dá mediante a vivência que se tem comoobjeto de estudo. O autor ainda reforça que conhecer as belezas naturais, a riquezacultural ou os problemas do país através das contextualizações superficiais em salade aula não caracteriza a cidadania ativa, para intervir positivamente é precisoliteralmente conhecer in loco.
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Viajar é EducarTorres e CânionsUm
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