Roedores do Quaternário de Minas Gerais e Bahia, Brasil - ICB ...

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13.07.2015 Views

Fig. 1 – Duas hipóteses sobre as migração e origem dos Sigmodontinae: 1) “Early-arrival Hipothesis”: Os Sigmodontinae provavelmente chegaram à Américado Sul próximo aos 20 milhões de anos atrás, durante o Mioceno Inicial, por meio de uma distribuição transoceânica, diversificando-se logo depois. Após estemomento, alguns representantes migraram de volta para a América do Norte através do Istmo do Panamá que se encontrava fechado durante o MiocenoTardio. 2) “Late-arrival Hipothesis”: Os Sigmodontinaes teriam invadido o continente sul-americano durante o “Great American Biotic Interchange” (GABI)durante o Plioceno Tardio e após esse evento, teriam se diversificado rapidamente na América do Sul e Central.12

1.2.1.1 Registro de Sigmodontinae fóssil do BrasilEmbora o registro fóssil dos Sigmodontinae na América do Sul sejaamplo (Pardiñas et al. 2002), no Brasil ainda é bastante escasso. O naturalistaHerluf Winge em 1888, estudando o material coletado pelo naturalistadinamarquês Peter Lund em cavernas em Lagoa Santa, Minas Gerais, publicouo mais importante trabalho sobre Sigmodontinae fósseis no Brasil. Nestetrabalho foram registrados 27 táxons de roedores desta subfamília (Winge,1888). O trabalho reporta também, uma diversidade de roedores sem paralelono registro fóssil da América do Sul (Voss & Myers, 1991). Somente apósquase cem anos da publicação de Winge, a fauna de Lagoa Santa voltou a serestudada com os trabalhos de Voss & Myers (1991) e Voss & Carleton (1993).Os dois trabalhos são uma redescrição de Pseudoryzomys simplex eLundomys molitor respectivamente. A fauna de sigmodontinos de Lagoa Santafoi coletada em dez cavernas na região cárstica de Minas Gerais e, em quasetodas, foram recuperados restos de megafauna extinta (Voss & Myers, 1991).No entanto, estes trabalhos de análises quantitativas devem ser avaliados comcautela, pois pela natureza dos depósitos de caverna não se tem certeza dacontemporaneidade dos restos alí achados.Outros sítios no Brasil são menos conhecidos, Salles et al. (1999)descreve uma associação fóssil de cavernas da Serra da Mesa em Goiáscontendo 13 táxons de Sigmodontinae e mais 7 formas não identificadas. Osautores sugerem que a associação encontrada é semelhante a FaunadeLagoa Santa, possuindo essencialmente elementos de Cerrado. Umaassociação de roedores Sigmodontinae fósseis, também foi registrada em trêscavidades calcárias na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul, por Salles et13

1.2.1.1 Registro <strong>de</strong> Sigmo<strong>do</strong>ntinae fóssil <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>Embora o registro fóssil <strong>do</strong>s Sigmo<strong>do</strong>ntinae na América <strong>do</strong> Sul sejaamplo (Pardiñas et al. 2002), no <strong>Brasil</strong> ainda é bastante escasso. O naturalistaHerluf Winge em 1888, estudan<strong>do</strong> o material coleta<strong>do</strong> pelo naturalistadinamarquês Peter Lund em cavernas em Lagoa Santa, <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, publicouo mais importante trabalho sobre Sigmo<strong>do</strong>ntinae fósseis no <strong>Brasil</strong>. Nestetrabalho foram registra<strong>do</strong>s 27 táxons <strong>de</strong> roe<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sta subfamília (Winge,1888). O trabalho reporta também, uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> roe<strong>do</strong>res sem paralelono registro fóssil da América <strong>do</strong> Sul (Voss & Myers, 1991). Somente apósquase cem anos da publicação <strong>de</strong> Winge, a fauna <strong>de</strong> Lagoa Santa voltou a serestudada com os trabalhos <strong>de</strong> Voss & Myers (1991) e Voss & Carleton (1993).Os <strong>do</strong>is trabalhos são uma re<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> Pseu<strong>do</strong>ryzomys simplex eLun<strong>do</strong>mys molitor respectivamente. A fauna <strong>de</strong> sigmo<strong>do</strong>ntinos <strong>de</strong> Lagoa Santafoi coletada em <strong>de</strong>z cavernas na região cárstica <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong> e, em quasetodas, foram recupera<strong>do</strong>s restos <strong>de</strong> megafauna extinta (Voss & Myers, 1991).No entanto, estes trabalhos <strong>de</strong> análises quantitativas <strong>de</strong>vem ser avalia<strong>do</strong>s comcautela, pois pela natureza <strong>do</strong>s <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> caverna não se tem certeza dacontemporaneida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s restos alí acha<strong>do</strong>s.Outros sítios no <strong>Brasil</strong> são menos conheci<strong>do</strong>s, Salles et al. (1999)<strong>de</strong>screve uma associação fóssil <strong>de</strong> cavernas da Serra da Mesa em Goiásconten<strong>do</strong> 13 táxons <strong>de</strong> Sigmo<strong>do</strong>ntinae e mais 7 formas não i<strong>de</strong>ntificadas. Osautores sugerem que a associação encontrada é semelhante a Fauna<strong>de</strong>Lagoa Santa, possuin<strong>do</strong> essencialmente elementos <strong>de</strong> Cerra<strong>do</strong>. Umaassociação <strong>de</strong> roe<strong>do</strong>res Sigmo<strong>do</strong>ntinae fósseis, também foi registrada em trêscavida<strong>de</strong>s calcárias na Serra da Bo<strong>do</strong>quena, Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, por Salles et13

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