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<strong>Vencendo</strong><strong>com</strong> <strong>as</strong>Pesso<strong>as</strong>
John C. Maxwell<strong>Vencendo</strong><strong>com</strong> <strong>as</strong>Pesso<strong>as</strong>vVinte e cinco princípios para alcançar osucesso por meio dos relacionamentosR i o d e J a n e i r o , 2 0 0 7
Título originalWinning with people – Discover the people principles that work for you every timeCopyright © 2004 Maxwell Motivation and JAMAX RealtyEdição original por Thom<strong>as</strong> Nelson, Inc. Todos os direitos reservados.Copyright da tradução © Thom<strong>as</strong> Nelson Br<strong>as</strong>il, 2006.Supervisão editorialNataniel dos Santos GomesTraduçãoOmar Alves de SouzaCapaValter Botosso Jr.CopidesqueNorma Cristina Guimarães BragaRevisãoMargarida SeltmannMagda de Oliveira CarlosProjeto gráfico e diagramaçãoJulio FadoCIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJM419vMaxwell, John C., 1947-<strong>Vencendo</strong> <strong>com</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> : vinte e cinco princípios para alcançar o sucesso pormeio dos relacionamentos / John C. Maxwell ; tradução de Omar Alves de Souza. - Rio deJaneiro : Thom<strong>as</strong> Nelson, 2007Tradução de: Winning with peopleISBN 97885603030521. Relações human<strong>as</strong> - Aspectos religiosos - Cristianismo. 2. Comunicação interpessoal- Aspectos religiosos - Cristianismo. 3. Relações human<strong>as</strong>. 4. Comunicação interpessoal.I. Título.06-4418. CDD 158.2CDU 316.47Todos os direitos reservados à Thom<strong>as</strong> Nelson Br<strong>as</strong>ilRua Nova Jerusalém, 345 – BonsucessoRio de Janeiro – RJ – CEP 21402-325Tel.: (21) 3882-8200 Fax: (21) 3882-8212 / 3882-8313www.thom<strong>as</strong>nelson.<strong>com</strong>.br
AgradecimentosvEu gostaria de agradecer aCharlie Wetzel, meu redator;Kathie Wheat, minha pesquisadora;Stephanie Wetzel, que verifica e edita os manuscritos;Linda Eggers, minha <strong>as</strong>sistente.
<strong>Vencendo</strong> <strong>com</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> é dedicado a Hannah Elisabeth Maxwell,nossa segunda neta.Sua personalidade espirituosa já tomou conta do coração deseus avós. Nossa oração é que ela cresça sempre capaz de alcançaro sucesso ao lado de outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>.
SumárioIntrodução 11A QUESTÃO DA PREPARAÇÃO: ESTAMOSPRONTOS PARA RELACIONAMENTOS?19O Princípio da Lente: quem somos determina nossa maneirade ver os outros 21O Princípio do Espelho: a primeira pessoa que devemosanalisar somos nós mesmos 35O Princípio da Dor: pesso<strong>as</strong> más magoam <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> e sãofacilmente suscetíveis a sair magoad<strong>as</strong> 47O Princípio do Martelo: nunca use um martelo para matarum mosquito na cabeça dos outros 57O Princípio do Elevador: em nossos relacionamentos, podemosfazer <strong>com</strong> que <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> se sintam “para cima” ou “ para baixo” 69A QUESTÃO DAS CONEXÕES: QUEREMOSMESMO CONCENTRAR NOSSOS ESFORÇOSNAS PESSOAS?83O Princípio do Panorama: toda a população do mundo — <strong>com</strong>apen<strong>as</strong> uma exceção — é <strong>com</strong>posta pelos outros 85O Princípio da Troca de Papéis: em vez de colocar cada pessoaem seu lugar, devemos nos colocar no lugar del<strong>as</strong> 95
O Princípio do Aprendizado: cada pessoa que encontramostem potencial para nos ensinar alguma coisa 107O Princípio do Carisma: <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> estão interessad<strong>as</strong> em quemse interessa por el<strong>as</strong> 119O Princípio Número 10: acreditar no melhor que <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> podemoferecer geralmente faz <strong>com</strong> que el<strong>as</strong> ofereçam o melhor de si 129O Princípio da Confrontação: antes de qualquer confronto é precisolevar em conta <strong>as</strong> motivações da outra pessoa 141A QUESTÃO DA CONFIANÇA: É POSSÍVELESTABELECER CONFIANÇA MÚTUA?153O Princípio do Fundamento: a confiança é a b<strong>as</strong>e dequalquer relacionamento 155O Princípio da Circunstância: nunca permita que uma situaçãotenha mais valor do que um relacionamento 167O Princípio de Bob: quando Bob tem problem<strong>as</strong> <strong>com</strong> todoo mundo, geralmente ele é o problema 177O Princípio da Abordagem: ser uma pessoa em paz <strong>com</strong> a vidapermite que os outros vivam em paz conosco 189O Princípio da Trincheira: ao se preparar para uma batalha, caveum fosso tão grande que caiba um <strong>com</strong>panheiro 201A QUESTÃO DO INVESTIMENTO: ESTAMOSDISPOSTOS A INVESTIR NAS OUTRAS PESSOAS? 213O Princípio da Jardinagem: todo tipo de relacionamentoprecisa ser cultivado 217O Princípio dos 101%: descubra o 1% em que concordamose coloque 100% de esforço para que dê certo 229O Princípio da Paciência: a jornada empreendida ao lado deoutr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> é mais lenta que a jornada solitária 239O Princípio da Celebração: o verdadeiro teste dos relacionamentosnão é apen<strong>as</strong> saber o quão leais somos quando nossos amigosfrac<strong>as</strong>sam, m<strong>as</strong> a força de nosso entusi<strong>as</strong>mo quando elesalcançam a vitória 249O Princípio da Excelência: p<strong>as</strong>samos a nível mais elevadoquando tratamos os outros melhor do que eles nos tratam 259
A QUESTÃO DA SINERGIA: É POSSÍVEL CRIARRELACIONAMENTOS EM QUE TODOS GANHEM? 271O Princípio do Bumerangue: quando ajudamos os outros,estamos nos ajudando 273O Princípio da Camaradagem: em igualdade de condições, <strong>as</strong>pesso<strong>as</strong> tendem a trabalhar <strong>com</strong> aquel<strong>as</strong> d<strong>as</strong> quais mais gostam;quando não há igualdade de condições, acontecea mesma coisa 283O Princípio da Parceria: trabalhar junto <strong>com</strong> outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>aumenta <strong>as</strong> possibilidades de alcançar o sucesso em equipe 293O Princípio da Satisfação: nos grandes relacionamentos, aalegria de estar junto é o suficiente 303Revisão final dos Princípios Pessoais em <strong>Vencendo</strong> <strong>com</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> 313Not<strong>as</strong> 317
IntroduçãovOque é necessário para trabalhar em equipe e ser bem-sucedido? Seráque é preciso n<strong>as</strong>cer <strong>com</strong> uma personalidade expansiva ou <strong>com</strong> umaforte intuição para se sair bem nos relacionamentos? Quando se trata dehabilidades pessoais, será que tudo é pré-determinado, e nos cabe apen<strong>as</strong>aceitar aquel<strong>as</strong> que Deus nos concede? É possível uma pessoa habilidosana construção de bons relacionamentos se tornar ainda melhor?Pesso<strong>as</strong> que sabem se relacionar bem <strong>com</strong> outr<strong>as</strong> costumam serfacilmente reconhecíveis. Gente <strong>com</strong> essa habilidade tem muita facilidadeem estabelecer vínculos conosco, fazendo-nos sentir valorizados epromovendo nosso crescimento pessoal a um nível mais elevado. Essainteração gera uma experiência positiva que nos faz querer p<strong>as</strong>sar maistempo <strong>com</strong> ela.Alguns são tão habilidosos no trato <strong>com</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que deveriamganhar o Prêmio Empatia. Nomes <strong>com</strong>o Dale Carnegie, John Wooden,Ronald Reagan e Norman Vincent Peale logo vêm à lembrança. Da mesmaforma, há pesso<strong>as</strong> cuja habilidade de se relacionar <strong>com</strong> outr<strong>as</strong> fariadel<strong>as</strong> candidat<strong>as</strong> ao Prêmio Antipatia. E não são poucos os que carregamtal reputação.M<strong>as</strong> não é necessário ler os jornais ou estudar História para encontrarexemplos nos dois extremos. É preciso lidar <strong>com</strong> el<strong>as</strong> no dia-a-dia:
1 2V e n c e n d o c o m a s p e s s o a sn<strong>as</strong> ru<strong>as</strong>, na igreja, talvez em c<strong>as</strong>a. E, certamente, no trabalho. Dê umaolhada ness<strong>as</strong> declarações de algum<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> a respeito do trabalho. El<strong>as</strong>revelam uma deficiência em relacionamentos:• “É melhor para a empresa que eu não precise trabalhar <strong>com</strong>outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>”.• “A empresa fez de mim um bode expiatório, exatamente <strong>com</strong>o<strong>as</strong> outr<strong>as</strong> em que trabalhei antes”.• “Observação: por favor, não interprete o fato de eu ter p<strong>as</strong>sadopor 14 empregos <strong>com</strong>o carreirismo. Eu não pedi demissão denenhum deles”.• “Referênci<strong>as</strong>: nenhuma. Deixei uma trilha de destruição poronde p<strong>as</strong>sei”.É possível que você se flagre imaginando <strong>com</strong>o algum<strong>as</strong> dess<strong>as</strong>declarações servem perfeitamente para definir <strong>com</strong>o funciona o seu ambientede trabalho!ALGUMAS PESSOAS CONHECEM O SEGREDOQual o valor que você dá à habilidade de se relacionar <strong>com</strong> os outros?Pergunte aos executivos bem-sucedidos dos grandes grupos empresariaisqual é a característica mais desejável para fazer sucesso em cargos de liderança,e eles lhe dirão que é a capacidade de trabalhar em conjunto.Pergunte a empreendedores o que separa o sucesso do frac<strong>as</strong>so, e elesdirão que é a habilidade nos relacionamentos. Fale <strong>com</strong> vendedores, eeles confirmarão que saber lidar <strong>com</strong> gente é muito mais importante doque qualquer outro tipo de conhecimento. Sente-se <strong>com</strong> professores e<strong>com</strong>erciantes, gerentes de loj<strong>as</strong> e pequenos empresários, líderes religiosose pais, e eles dirão a você que a capacidade de lidar <strong>com</strong> pesso<strong>as</strong> faz adiferença entre aqueles que se destacam e os que ficam na mediocridade.É uma habilidade de valor incalculável. Não importa o que você queirafazer, se não é capaz de alcançar o sucesso junto <strong>com</strong> outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>, entãonão o alcançará!Muita gente cai na armadilha de achar que os relacionamentos nãosão prioridade. Isso não é bom, pois nossa habilidade de construir e man-
I n t r o d u ç ã o 1 3ter relacionamentos saudáveis é o fator mais importante para se sair bemem qualquer área da vida. É o que determina nosso sucesso potencial.Robert W. Woodruff, o homem cuja liderança transformou a Coca-Colade uma pequena produtora regional de bebid<strong>as</strong> num poderoso grupofinanceiro internacional, <strong>com</strong>preendeu a importância do fator pessoal noque se referia às realizações. No livro Top Performance (Alto desempenho),o especialista em relacionamentos Zig Ziglar cita o ex-diretor executivoda Coca-Cola. Zig diz que Woodruff costumava distribuir um pequenopanfleto que criou, no qual se lia:A vida é muito parecida <strong>com</strong> o trabalho de um vendedor. Se somosbem-sucedidos ou não, é muito mais uma questão do quão bem motivamosos seres humanos <strong>com</strong> os quais lidamos para <strong>com</strong>prar de nóse o que temos a oferecer.Sucesso ou frac<strong>as</strong>so neste trabalho é, essencialmente, uma questão derelacionamentos humanos. Tem a ver <strong>com</strong> o tipo de reação que provocamosnos membros de nossa família, nossos clientes, funcionários,empregadores, coleg<strong>as</strong> de trabalho e colaboradores. Se esta reação éfavorável, temos grande chance de ser bem-sucedidos. Se a reação não forboa, estamos condenados.O pecado mortal em nossos relacionamentos pessoais é que nãodamos a eles a devida importância. Não dedicamos um esforço ativoe contínuo a fazer e dizer cois<strong>as</strong> que contribuirão para que <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>gostem mais de nós, creiam em nós, e que criarão nel<strong>as</strong> o desejo detrabalhar conosco na realização de nossos propósitos e desejos.O tempo todo, vemos pesso<strong>as</strong> e organizações desempenhando apen<strong>as</strong>uma pequena parte de seu potencial de sucesso, ou falhando totalmente,só porque negligenciam o elemento humano nos negócios e navida.El<strong>as</strong> não priorizam <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> e su<strong>as</strong> ações. No entanto, são ess<strong>as</strong>pesso<strong>as</strong> e su<strong>as</strong> reações que fazem <strong>as</strong> empres<strong>as</strong> ser bem-sucedid<strong>as</strong> ouquebrar. 1
1 4V e n c e n d o c o m a s p e s s o a sTUDO COMEÇA COM GENTETodos os sucessos que alcançamos são resultado de relacionamentos iniciados<strong>com</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> cert<strong>as</strong> e, posteriormente, o fortalecimento desseslaços a partir do uso da habilidade de se relacionar. Da mesma forma, osfrac<strong>as</strong>sos na vida podem geralmente ser creditados à falta dessa habilidade.Às vezes, o impacto é óbvio. O envolvimento <strong>com</strong> um cônjuge detemperamento difícil, um sócio desonesto ou um membro da família quetem um <strong>com</strong>portamento inadequado podem causar muit<strong>as</strong> dificuldades.Em outros c<strong>as</strong>os, o problema não chega a ser tão grave, <strong>com</strong>o ignorar umcolega de trabalho <strong>com</strong> quem deveria interagir o tempo todo, frac<strong>as</strong>sarna construção de um relacionamento positivo <strong>com</strong> um cliente importanteou perder oportunidades estratégic<strong>as</strong> de encorajar um filho inseguro.A conclusão é a seguinte: de maneira geral, <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> podem creditar seussucessos e frac<strong>as</strong>sos aos relacionamentos que estabelecem em su<strong>as</strong> vid<strong>as</strong>.Quando penso em meus frac<strong>as</strong>sos pessoais, relaciono a maior partedeles a determinad<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que p<strong>as</strong>saram por minha vida. Certa vez,selecionei a pessoa errada para cuidar de minh<strong>as</strong> finanç<strong>as</strong> e entrei num<strong>as</strong>ociedade <strong>com</strong> ela para investir em negócios relacionados <strong>com</strong> petróleo.A aventura custou 10 mil dólares que eu e minha mulher, Margaret,tínhamos dado duro para economizar. Em outra oportunidade, <strong>com</strong>eceium negócio e pedi a um amigo para tomar conta por mim, pensandoque ele cuidaria bem do empreendimento. M<strong>as</strong> julguei mal, e depois dedois anos o negócio já estava mais de 150 mil dólares no vermelho.Não estou querendo bancar a vítima e culpar os outros por meusfrac<strong>as</strong>sos. Pelo contrário, estou dizendo que meu relacionamento <strong>com</strong>eles foi parte importante do processo. Semelhantemente, não posso <strong>as</strong>sumiros créditos pelos meus sucessos. Nenhum deles foi resultado deesforço isolado. As interações que estabeleci <strong>com</strong> outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> ajudaram-mea ser bem-sucedido. Para cada realização, posso olhar para trás eperceber que um relacionamento a tornou possível. Sem a ajuda de gente<strong>com</strong>o Elmer Towns, Peter Wagner e Jack Hayford, minha carreira nuncateria chegado ao ponto que chegou. Sem a ajuda de um mar de genteda Thom<strong>as</strong> Nelson e de minha empresa, o grupo INJOY, meu livro As21 irrefutáveis leis da liderança (Editora Mundo Cristão) nunca teria setornado um best-seller <strong>com</strong> mais de um milhão de exemplares vendidos.E muito de minha estabilidade financeira pode ser creditado ao apoio
I n t r o d u ç ã o 1 5e aos conselhos de meu irmão, Larry Maxwell, e de meu amigo, TomPhillippe.Conforme os relacionamentos ganham em importância, em termosprofissionais, eles se tornam mais decisivos, em termos pessoais. Minhavida espiritual pode ser determinada a partir de meu relacionamento<strong>com</strong> meu pai, Melvin Maxwell. A razão de eu me sentir realizado a cadadia pode ser atribuída a meu relacionamento <strong>com</strong> minha esposa, Margaret.Ela me ajuda a aproveitar nossos sucessos. E não posso deixar dedizer que devo minha própria vida aos meus relacionamentos <strong>com</strong> osoutros. Se não tivesse encontrado o cardiologista John Bright Cage, nãoestaria escrevendo este livro agora. O infarto que sofri em dezembro de1998 provavelmente teria me matado.MAIS QUE UM DETALHEVocê já se surpreendeu lidando <strong>com</strong> alguém de temperamento difícil epensou: “Essa pessoa é talentosa, m<strong>as</strong> <strong>com</strong>plicada”; ou: “É um cara brilhante,m<strong>as</strong> parece que não consegue se dar bem <strong>com</strong> ninguém”? Ess<strong>as</strong>pesso<strong>as</strong> nunca alcançam seu potencial total porque só são capazes de usarapen<strong>as</strong> uma fração daquilo que poderiam se soubessem <strong>com</strong>o trabalharem equipe. Não <strong>com</strong>preendem que bons relacionamentos são mais doque simplesmente colocar um glacê no bolo da vida. Eles são o bolo — aprópria essência de que precisamos para ser bem-sucedidos e realizadosna vida.Diante disso, o que devem fazer aqueles que não têm grandes habilidadesrelacionais? Devo admitir que a construção de bons relacionamentosé algo natural para mim. N<strong>as</strong>ci <strong>as</strong>sim. M<strong>as</strong> também trabalheiduro para desenvolver minh<strong>as</strong> habilidades. Aprendi muita coisa sobre<strong>as</strong> outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> e sobre mim mesmo durante meio século. E traduziess<strong>as</strong> idéi<strong>as</strong> em 25 PrincípiosPessoais que qualquer um pode<strong>as</strong>similar. Até os mais introvertidospodem aprendê-los par<strong>as</strong>e tornarem pesso<strong>as</strong> hábeis notrato <strong>com</strong> outr<strong>as</strong>. E quem temBons relacionamentos são mais do quesimplesmente colocar um glacê no boloda vida. Eles são o bolo.essa aptidão pode se transformar em um mestre na construção de relacionamentos.
1 6V e n c e n d o c o m a s p e s s o a sDigo isso porque esses Princípios Pessoais funcionam o tempotodo. Eles se aplicam em qualquer situação, seja você jovem ou velho,temperamental ou calmo, homem ou mulher, empregado ou aposentado.Eu os tenho colocado em prática há décad<strong>as</strong>, e visto <strong>com</strong>o funcionamn<strong>as</strong> dezen<strong>as</strong> de países que visitei nos seis continentes. Ao segui-los,potencializei minh<strong>as</strong> chances de alcançar o sucesso ao lado de outr<strong>as</strong>pesso<strong>as</strong> e construí relacionamentos positivos e saudáveis que me proporcionaramsucesso profissional e satisfação pessoal.Conforme você ler e <strong>as</strong>similar esses Princípios Pessoais, verá quealguns deles fazem parte do senso <strong>com</strong>um. Outros podem surpreender.Talvez você possa questionar um ou outro, por achá-lo otimista demais,m<strong>as</strong> posso garantir, por experiência própria, que funcionam de verdade.Um Princípio Pessoal não tem poder para criar gurus de relacionamento,m<strong>as</strong> quando você coloca todos em prática, sua vida fica melhor (e podeter certeza de que nunca será indicado para o Prêmio Antipatia!).Isso não significa que você conseguirá manter ótimos relacionamentos<strong>com</strong> tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que encontrar. Não dá para controlar <strong>as</strong>reações dos outros. O que lhe cabe é fazer de si o tipo de pessoa que <strong>as</strong>outr<strong>as</strong> querem conhecer e <strong>com</strong> quem el<strong>as</strong> desejam construir um bomrelacionamento.Na vida, <strong>as</strong> habilidades que você usa e <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que escolhe podemdeterminar seu sucesso ou frac<strong>as</strong>so. Dividi os Princípios Pessoaisneste livro de acordo <strong>com</strong> cinco questões fundamentais que devemos fazera nós mesmos se desejamos alcançar o sucesso nos relacionamentos.1.2.3.4.5.A questão da preparação: estamos prontos para relacionamentos?A questão d<strong>as</strong> conexões: estamos ansiosos para concentrar nossosesforços n<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>?A questão da confiança: é possível estabelecer confiança mútua?A questão do investimento: estamos dispostos a investir n<strong>as</strong>outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>?A questão da sinergia: é possível criar relacionamentos em quetodos ganhem?
I n t r o d u ç ã o 1 7Aprenda e coloque em prática esses Princípios Pessoais, e aí serácapaz de responder a cada uma dess<strong>as</strong> pergunt<strong>as</strong> de maneira positiva. Issofará de você uma pessoa bem-sucedida em termos relacionais, em condiçõesde construir relacionamentos saudáveis, eficazes e satisfatórios. Teráa oportunidade de se transformar no tipo de gente que leva os outros aosucesso também. O que poderia ser melhor do que isso?
A questão da preparação:Estamos prontos pararelacionamentos?vA pessoa mais útil do mundo hoje em dia é o homem ou a mulher quesabe <strong>com</strong>o lidar <strong>com</strong> os outros. Relações Human<strong>as</strong> é a ciência maisimportante da vida.Stanley C. AllynP<strong>as</strong>sei os primeiros 26 anos de minha carreira trabalhando <strong>com</strong>o p<strong>as</strong>tor.Não conheço outra profissão tão exigente e intensa quando setrata de trabalhar <strong>com</strong> outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>. Quem a exerce é convocado a liderar,ensinar, orientar, aconselhar e confortar pesso<strong>as</strong> de tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> idadese nos mais diversos estágios da vida, do berço à sepultura. Precisa estarjunto <strong>com</strong> el<strong>as</strong> durante muitos dos momentos mais alegres de su<strong>as</strong> vid<strong>as</strong>,<strong>com</strong>o no c<strong>as</strong>amento ou no batismo. Da mesma maneira, o ministro échamado n<strong>as</strong> hor<strong>as</strong> mais difíceis da vida: salvar um c<strong>as</strong>amento perto deacabar, consolar uma família depois da morte trágica de um filho ou procurarrespost<strong>as</strong> quando <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> se vêem diante da iminência da própriamorte.Ao longo dos anos, aprendi rapidamente a reconhecer pesso<strong>as</strong>que enfrentavam dificuldade de se relacionar <strong>com</strong> outr<strong>as</strong>. É gente detodos os tipos, tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> idades, todos os tamanhos. Às vezes, quando euaconselhava alguém solteiro ou separado, <strong>com</strong> dificuldades para manterum relacionamento que funcion<strong>as</strong>se bem, ouvia a pessoa se lamentarpela solidão em que vivia e o desejo ardente de se c<strong>as</strong>ar. Triste é saberque, em vez de se concentrar no c<strong>as</strong>amento, algum<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> <strong>as</strong>simdeveriam é se preocupar <strong>com</strong> a preparação emocional — a habilidadebásica para quem pretende construir um relacionamento saudável.
2 0V e n c e n d o c o m a s p e s s o a sVamos encarar os fatos: Nem todos possuem a habilidade de iniciar,construir e sustentar relacionamentos bons e saudáveis. Muita genteé criada num lar problemático, e nunca teve modelos positivos de relacionamentonos quais pudesse se inspirar. Algum<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> estão detal forma concentrad<strong>as</strong> em si e em su<strong>as</strong> necessidades que simplesmenteignoram a existência de outr<strong>as</strong>. Há ainda os que ficaram tão machucad<strong>as</strong><strong>com</strong> acontecimentos do p<strong>as</strong>sado que enxergam o mundo inteiro atravésdo filtro da dor. E por conta d<strong>as</strong> grandes áre<strong>as</strong> cinzent<strong>as</strong> de sua vida relacional,el<strong>as</strong> não se conhecem, nem sabem <strong>com</strong>o se relacionar <strong>com</strong> outrosde uma maneira saudável.É preciso gente saudável, em termos relacionais, para construirgrandes relacionamentos. É aí que tudo <strong>com</strong>eça. Creio que há algunsfundamentos que tornam <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> preparad<strong>as</strong> para relacionamentos.El<strong>as</strong> oferecem resposta à questão da preparação. Os <strong>com</strong>ponentes essenciaisestão contidos nestes Princípios Pessoais a seguir:• O Princípio da Lente: quem somos determina nossa maneirade ver os outros.• O Princípio do Espelho: a primeira pessoa que devemosanalisar somos nós mesmos.• O Princípio da Dor: pesso<strong>as</strong> más magoam <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> e sãofacilmente suscetíveis a sair magoad<strong>as</strong>.• O Princípio do Martelo: nunca use um martelo para matarum mosquito na cabeça dos outros.• O Princípio do Elevador: em nossos relacionamentos, podemosfazer <strong>com</strong> que <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> se sintam “para cima” ou “parabaixo”.Quem desconsidera algum desses <strong>com</strong>ponentes essenciais não estápreparado para relacionamentos. Como resultado, enfrentará problem<strong>as</strong>recorrentes ao trabalhar em equipe.Se você ou alguém que conheça simplesmente não parece capazde construir o tipo de relacionamento positivo que todos os seres humanosdesejam, então a razão pode estar relacionada <strong>com</strong> a disposição. Aoaprender esses cinco Princípios Pessoais, você se preparará para a criaçãode relacionamentos positivos e saudáveis.
O Princípio da LentevQUEM SOMOS DETERMINA NOSSAMANEIRA DE VER OS OUTROSEu não gostaria de pertencer a um clube que me aceit<strong>as</strong>se<strong>com</strong>o sócio.Groucho MarxA pergunta que devo fazer a mim mesmo: qual apercepção que tenho d<strong>as</strong> outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>?
2 2V e n c e n d o c o m a s p e s s o a sJá aconteceu de você <strong>com</strong>eçar num emprego novo e alguém <strong>com</strong> experiênciana empresa lhe aconselhar cuidado ou re<strong>com</strong>endar o af<strong>as</strong>tamentode determinada pessoa? Isso aconteceu <strong>com</strong>igo inúmer<strong>as</strong> vezes.Quando <strong>as</strong>sumi meu primeiro cargo de liderança numa igreja, a pessoaque me precedeu avisou-me que deveria tomar cuidado <strong>com</strong> du<strong>as</strong> outr<strong>as</strong>:Audrey e Claude. “Eles vão arranjar muitos problem<strong>as</strong> para você”,disse-me. Assim, <strong>com</strong>ecei a trabalhar esperando que os dois apront<strong>as</strong>semalguma coisa.Primeiro, fiquei de olho em Audrey. Era uma mulher forte, <strong>com</strong>uma personalidade igualmente forte (o roto falando do r<strong>as</strong>gado). Paraminha surpresa, trabalhar <strong>com</strong> ela acabou se tornando uma experiênciamaravilhosa. Audrey era uma pessoa muito confiante e <strong>com</strong>petenteno que fazia, e fazia bem feito. Tínhamos um bom relacionamento detrabalho, e <strong>com</strong> o tempo ela p<strong>as</strong>sou a ser uma amiga de minha família.Claude, por sua vez, revelou-se um fazendeiro que amava a igreja. Naverdade, era quem exercia mais influência dentro da organização (maisde 35 anos depois, ele ainda é <strong>as</strong>sim). M<strong>as</strong> aquilo não feriu meus sentimentos.Por que eu deveria esperar que um homem <strong>com</strong> o dobro deminha idade, que fora membro da igreja por toda a sua vida, p<strong>as</strong>s<strong>as</strong>se <strong>as</strong>eguir minh<strong>as</strong> orientações só por conta de minha posição de liderança eum título? Trabalhar <strong>com</strong> Claude p<strong>as</strong>sou a ser um alvo a perseguir, e nosdemos muito bem.Quando aceitei o mesmo cargo em minha segunda igreja, maisuma vez ouvi um alerta de meu predecessor: “Fique de olho em Jim. Elevai bater de frente <strong>com</strong> você em tudo”. Assim, durante minha primeir<strong>as</strong>emana ali, encontrei-me <strong>com</strong> Jim. Não era uma pessoa de diálogo fácil,m<strong>as</strong> me mostrou que amava Deus, amava a igreja e estava do meu lado.
O p r i n c í p i o d a l e n t e 2 3No fim, tornou-se meu braço direito por todo o tempo que p<strong>as</strong>toreeiaquela igreja. De fato, ele batia de frente — só que a meu favor. Nãopoderia querer um membro de equipe melhor do que Jim.Depois de aceitar o cargo de p<strong>as</strong>tor na terceira igreja em que trabalhei,o líder a quem substituí convidou-me a sentar para conversar. Elefaria um relatório sobre <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que poderiam me causar dificuldades.Assim <strong>com</strong>o havia acontecido n<strong>as</strong> du<strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> igrej<strong>as</strong>, aquele homemtinha a intenção de me ajudar, m<strong>as</strong> respeitosamente abri mão de suaoferta. Naquele momento, eu já havia liderado tempo suficiente paraperceber que o problema que ele tinha <strong>com</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> não precisarianecessariamente se repetir <strong>com</strong>igo — e vice-versa. Eu provavelmente nãoteria tanta interação <strong>com</strong> algum<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> n<strong>as</strong> quais ele confiava, <strong>as</strong>sim<strong>com</strong>o outros <strong>com</strong> quem ele não se dava bem poderiam se revelar estratégicospara meu trabalho. Por quê? Porque quem somos determina nossamaneira de ver os outros.A LENTE É VOCÊUm exemplo clássico da força da perspectiva — a maneira de ver <strong>as</strong>cois<strong>as</strong> — aconteceu quando eu estava na faculdade. Fui convidado par<strong>as</strong>er o padrinho do c<strong>as</strong>amento de meu amigo Ralph Beadle. Fiquei <strong>com</strong>ele na noite anterior à da cerimônia e, logo na manhã do dia do c<strong>as</strong>amento,Ralph queria sair para caçar esquilos (acho que não existe nadamelhor do que atirar em pequenos animais para acalmar os nervos deum sujeito). Emprestou-me uma de su<strong>as</strong> arm<strong>as</strong> e saímos para a floresta.Caminhamos por um tempo, m<strong>as</strong> não vimos nenhum esquilo.— Onde estão os esquilos? — perguntava toda hora a Ralph durantea caminhada, fazendo barulho.Depois de eu fazer a mesma pergunta meia dúzia de vezes, elefinalmente respondeu:— John, fique nessa parte da floresta que eu vou pela outra.Menos de dois minutos depois, <strong>com</strong>ecei a ouvir os tiros. Eu ainda
2 4V e n c e n d o c o m a s p e s s o a snão havia visto nenhum esquilo, por isso sentei-me e fiquei descansando.Fiquei pensando: “Deveria ter trazido um livro”. Comecei a olharos animais brincando n<strong>as</strong> árvores. Enquanto isso, de vez em quandoouvia disparos e tentava imaginar em que Ralph estaria atirando. Algunsminutos depois, ele apareceu. Tinha acertado vários esquilos, e eu nemsequer vira um deles.— Por que todos os esquilos estavam no seu lado da floresta?— perguntei.Ralph balançou a cabeça e riu.Quem você é determina sua maneira de ver tudo à sua volta. Nãodá para separar sua identidade de sua perspectiva. Tudo que você é e toda“Quem você é determin<strong>as</strong>ua maneirade ver tudo àsua volta”.experiência que adquire dá otom d<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> que você vê.É sua lente. Aqui está o queestou querendo dizer:QUEM VOCÊ É DETERMINA O QUE VOCÊ VÊUm homem que tinha n<strong>as</strong>cido e vivido no Estado do Colorado mudoupara o Tex<strong>as</strong> e construiu uma c<strong>as</strong>a que tinha uma enorme janela, daqual podia contemplar centen<strong>as</strong> de milh<strong>as</strong> de terr<strong>as</strong> vazi<strong>as</strong>, pront<strong>as</strong> paracultivar e criar animais. Quando perguntaram a ele se gostava daquelepanorama, respondeu:— O único problema é que não tem nada para se ver.Na mesma época, um texano mudou-se para o Colorado e construiuuma c<strong>as</strong>a <strong>com</strong> uma grande janela, da qual podia olhar <strong>as</strong> montanh<strong>as</strong>.Quando lhe perguntaram o que achou da vista, ele disse:— O único problema <strong>com</strong> este lugar é que não dá para ver nadapor causa dess<strong>as</strong> montanh<strong>as</strong> bem aí na frente.
O p r i n c í p i o d a l e n t e 2 5A história pode ser um pouquinho exagerada, m<strong>as</strong> também revelauma verdade: o que <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> vêem é influenciado por aquilo que el<strong>as</strong>são. Pesso<strong>as</strong> na mesma sala olharão para <strong>as</strong> mesm<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> e verão tudode maneira totalmente diferente. Acontece o tempo todo <strong>com</strong>igo e <strong>com</strong>minha esposa, Margaret. Se estivermos numa festa, batendo papo, e elame perguntar: “O que aquele sujeito de c<strong>as</strong>aco azul estava conversando<strong>com</strong> você?”, eu não terei a menor idéia do que ela estará falando. Margarettem um ótimo senso de estética e moda. Eu não tenho. Quandoolho para <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>, não percebo que tipo de roupa vestem. Para mim,são só roup<strong>as</strong>.Cada um de nós tem seu jeito de ser, e é isso que dá o tom a tudo.Não são <strong>as</strong> cois<strong>as</strong> à nossa volta que determinam o que vemos, e sim o quehá dentro de nós.QUEM VOCÊ É DETERMINA COMO VOCÊ VÊ OS OUTROSUm viajante que se aproximava de uma grande cidade perguntou a umvelhinho sentado à beira da estrada:— Como são <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> desta cidade?— Como eram <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> do lugar de onde você veio? — o velhinhodevolveu.— Horríveis — disse o viajante. — Más, nada confiáveis, detestáveisem todos os sentidos.— Ah, — respondeu o velhinho — você verá a mesma coisa nestacidade.Assim que o viajante foi embora, outro parou para perguntar sobre amesma cidade. Mais uma vez, o velhinho perguntou <strong>com</strong>o eram <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>do lugar de onde o segundo peregrino vinha.— Eram pesso<strong>as</strong> muito bo<strong>as</strong>. Honest<strong>as</strong>, trabalhador<strong>as</strong> e b<strong>as</strong>tantegeneros<strong>as</strong> — respondeu o viajante. — Fiquei triste por deixá-l<strong>as</strong>.— É exatamente o que você verá n<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> desta cidade.
2 6V e n c e n d o c o m a s p e s s o a sA maneira da qual <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> vêem <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> é um reflexo del<strong>as</strong> mesm<strong>as</strong>.Se sou uma pessoa confiável, verei <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> <strong>com</strong>o confiáveis. Se soucrítico, acharei o mesmo dos outros. Se sou atencioso, para mim os outrosserão gente <strong>com</strong>p<strong>as</strong>siva. Sua personalidade vem à tona quando você falad<strong>as</strong> outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> e interage <strong>com</strong> el<strong>as</strong>. Alguém que não conhece você serácapaz de dizer muito a seu respeito apen<strong>as</strong> a partir do que observa.QUEM VOCÊ É DETERMINA COMO VOCÊ VÊ A VIDAAqui está uma velha história que costumava contar em conferênci<strong>as</strong>.Certo dia, um avô dormia no sofá quando seus netinhos resolveram pregar-lheuma peça. Foram até a geladeira e pegaram um pedaço de queijobem fedorento, que esfregaram no bigode do velhinho. Em seguida, esconderam-senum canto para ver o que aconteceria.Depois de algum tempo, o nariz do avô <strong>com</strong>eçou a mexer e a cabeça,a sacudir. Finalmente, o velhinho sentou-se no sofá <strong>com</strong> uma carade nojo e disse:— Alguma coisa por aqui está fedendo!Levantou-se, arr<strong>as</strong>tou-se até a cozinha, deu uma cheirada longae disse:— Aqui dentro também está fedendo.Àquela altura, decidiu sair e respirar ar fresco, m<strong>as</strong> quando inspiroufundo, lá estava aquele cheiro ruim de novo.— O mundo inteiro está fedendo! — exclamou, lamentando-se.A moral da história? Para uma pessoa que vive <strong>com</strong> um queijofedorento embaixo do nariz, tudo cheira mal! A boa notícia para o vovôé que ele pode limpar o bigode <strong>com</strong> sabão e água, e aí tudo vai voltar acheirar bem de novo, m<strong>as</strong> para uma pessoa que tem algo podre dentro desi isso é muito mais difícil. A única maneira de mudar a maneira de vera vida é transformando-se por dentro.
O p r i n c í p i o d a l e n t e 2 7Todos temos uma série de referênci<strong>as</strong> pessoais <strong>com</strong>posta por noss<strong>as</strong>atitudes, pressuposições e expectativ<strong>as</strong> no que se refere a nós mesmos,a outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> e à vida. Esses fatores determinam se somos otimist<strong>as</strong> oupessimist<strong>as</strong>, alegres ou taciturnos, crédulos ou desconfiados, amigáveisou reservados, valentes ou tímidos. E não dão apen<strong>as</strong> o tom de <strong>com</strong>ovemos a vida, m<strong>as</strong> também de <strong>com</strong>o permitimos que <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> nos tratem.Eleanor Roosevelt disse: “Ninguém pode fazer-nos sentir inferioressem nosso consentimento”. Em outr<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong>, usando uma citação dopsicólogo e escritor Phil McGraw: “É você quem ensina <strong>com</strong>o os outrosdevem tratá-lo”. Você ensina a partir da maneira <strong>com</strong>o vê a vida. E amaneira <strong>com</strong>o vê a vida é resultado de quem você é.Há alguns anos, tive a oportunidade de ensinar liderança ao timede futebol americano do St. Louis Rams. A equipe convidou-me para <strong>as</strong>sistira um de seus jogos logo depois, e permitiram-me sentar <strong>com</strong> <strong>as</strong> espos<strong>as</strong>dos treinadores e jogadores. Fiquei perto de Kim Matsko, mulherdo treinador auxiliar da linha ofensiva do St. Louis Rams, John Matsko.Conforme conversávamos, perguntei a ela sobre <strong>as</strong> cidades onde morara<strong>com</strong> o marido, e de qual a que havia gostado mais (ela tinha vivido emvários estados: Ohio, Carolina do Norte, Arizona, Califórnia, Nova Yorke Missouri). A resposta dela foi:— Da cidade onde estou agora.— Ah, então você gosta mais de St. Louis? — perguntei.— Não, eu não disse isso —respondeu ela. — O lugar de que eugosto mais é aquele em que estou. É uma questão de escolha.Que atitude maravilhosa! Se você é capaz de manter uma perspectiva<strong>com</strong>o essa, sempre verá a vida de maneira positiva.QUEM VOCÊ É DETERMINA O QUE VOCÊ FAZEm Animals, Inc. (Animais S.A.), Kenneth A. Tucker e Vandana Allman,do Instituto Gallup, contam uma história protagonizada por animaisde fazenda cujo objetivo é mostrar <strong>com</strong>o <strong>as</strong> empres<strong>as</strong> gerenciam mal arelação <strong>com</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que trabalham nel<strong>as</strong>. A partir do princípio segundoo qual qualquer um pode ser treinado para fazer qualquer coisa, os
2 8V e n c e n d o c o m a s p e s s o a sadministradores da fazenda pedem ao burro de carga para operar o <strong>com</strong>putador.Uma ovelha tímida é incentivada a fazer vend<strong>as</strong> por telefone. Eaqui vai meu favorito: o espantalho é enviado ao galinheiro para botarovos. Ele trabalhava o dia inteiro, e em termos físicos, estava em sua melhorforma. Cercado de galinh<strong>as</strong> botando ovos qu<strong>as</strong>e automaticamente,ele tenta e insiste o quanto pode. No entanto, no fim do dia, exausto,constata que frac<strong>as</strong>sou em produzir ao menos um ovo.Você pode estar pensando: “É claro, ele não poderia botar ovos”.É muito óbvio que quem bota ovos são aves, burros puxam carroç<strong>as</strong> eovelh<strong>as</strong> produzem lã. É fácil entender que <strong>as</strong> habilidades naturais afetamaquilo que fazemos. M<strong>as</strong> nossa maneira de pensar e noss<strong>as</strong> atitudes sãoparte de nós, <strong>as</strong>sim <strong>com</strong>o nossos talentos e habilidades. El<strong>as</strong> também determinamo que fazemos. Não dá para separá-l<strong>as</strong>, e se esperamos que osresultados contr<strong>as</strong>tem <strong>com</strong> nossa personalidade, a tendência é a de quesaiamos frustrados.CINCO COISAS QUE DETERMINAM QUEM SOMOSQue fatores estão em jogo na hora de determinar quem você é? É claro quehá muitos, m<strong>as</strong> aqui estão aqueles que considero os cinco principais:1. GenéticaQuando eu e Margaret éramos jovens e ingênuos, acreditávamos que agenética desempenhava um papel muito pequeno na personalidade deuma pessoa. Críamos que o ambiente era 98% responsável por quemuma pessoa era. Crie filhos para serem <strong>com</strong>o você, e é isso mesmo quevai acontecer. Assim, adotamos nossos filhos Elizabeth e Joel Porter. Descobrimosque a formação, o desenvolvimento do caráter, a educação e aorientação espiritual cumprem papéis importantes, m<strong>as</strong> algum<strong>as</strong> cois<strong>as</strong>não mudam n<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>, não importa o ambiente em que vivem.Sua carga genética tanto pode ser um bom quanto um mau sinal.Há algum<strong>as</strong> qualidades e característic<strong>as</strong> formidáveis d<strong>as</strong> quais você foi dotadoquando criado. E isso vale para tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> do planeta. M<strong>as</strong> tambémexistem cois<strong>as</strong> d<strong>as</strong> quais você não gosta, e o máximo que pode fazeré aprender a viver <strong>com</strong> el<strong>as</strong>. Quando se trata de traços de caráter, trabalhe
O p r i n c í p i o d a l e n t e 2 9contra su<strong>as</strong> fraquez<strong>as</strong>. Quando o <strong>as</strong>sunto é talento, siga adiante naquilo emque é mais forte.Nesses c<strong>as</strong>os, não dá para escolher. Não dá para mudar os genes.No entanto, entre os cinco fatores mais importantes que determinamquem você é, este é o único que não dá para mudar a partir de su<strong>as</strong>escolh<strong>as</strong>. Os outros quatro estão, pelo menos até certo ponto, em su<strong>as</strong>mãos.2. Auto-imagemO poeta T.S. Eliot fez a seguinte observação: “Metade do mal que se faza este mundo é devido a pesso<strong>as</strong> que querem se sentir importantes. El<strong>as</strong>não são mal intencionad<strong>as</strong>. Em última análise, são consumid<strong>as</strong> por umaluta sem fim para ter bons pensamentos sobre si mesm<strong>as</strong>”. As pesso<strong>as</strong> são<strong>com</strong>o a água: el<strong>as</strong> tendem a encontrar um nível no qual se estabilizam.Alguém que tenha uma auto-imagem negativa sempre esperará pelospiores relacionamentos, os mais prejudiciais, e descobrirá gente igualmentenegativa. Aqueles que têm uma auto-imagem positiva esperarão omelhor para si. E os que possuem uma auto-imagem tão positiva quantorigorosa provavelmente serão os mais bem-sucedidos, terão capacidadede discernir o potencial dos outros e viverão cercad<strong>as</strong> de outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>de sucesso. Como afirmou o psicólogo Nathaniel Branden, “tendemos anos sentir mais à vontade, mais em c<strong>as</strong>a <strong>com</strong> pesso<strong>as</strong> cujo nível de autoestima<strong>as</strong>semelha-se ao nosso. Os opostos podem se atrair em alguns<strong>as</strong>pectos, m<strong>as</strong> não neste”.Dizem que, certo dia, Oliver Wendell Holmes estava caminhandopor uma rua, e uma garotinha o seguia. Quando a garotinha deu meiavoltae <strong>com</strong>eçou a pegar novamente o caminho de c<strong>as</strong>a, aquele célebrejurista disse:— Quando sua mãe perguntar onde esteve, diga a ela que caminhouao lado de Oliver Wendell Holmes.— Está bem — a menina respondeu, segura de si —, e quandoseus amigos perguntarem onde esteve, diga a eles que caminhou ao ladode Mary Susanna Brown.Ali estava alguém <strong>com</strong> uma auto-imagem positiva.
3 0V e n c e n d o c o m a s p e s s o a s3. Experiênci<strong>as</strong> pessoaisEra uma vez um grupo de aldeões que orientaram um jovem p<strong>as</strong>tor deovelh<strong>as</strong>:— Quando vir um lobo, grite “lobo”, e viremos <strong>com</strong> arm<strong>as</strong> eforcados.No dia seguinte, o rapaz estava tomando conta de seu rebanhoquando viu um leão se aproximando. Ele gritou: “Leão! Leão!”, m<strong>as</strong> ninguémapareceu. A fera matou muit<strong>as</strong> ovelh<strong>as</strong>. O p<strong>as</strong>tor ficou desesperado.— Por que vocês não vieram quando chamei? — perguntouaos aldeões.— Não existem leões nesta parte do país — respondeu o maisvelho. — Você tinha que ficar tomando conta é dos lobos.O jovem p<strong>as</strong>tor aprendeu uma lição valiosa: <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> reagemàquilo em que estão preparad<strong>as</strong> a acreditar. E é a experiência que <strong>as</strong> preparapara o que acreditam.Isso já não aconteceu <strong>com</strong> você? Pense em algum<strong>as</strong> de su<strong>as</strong> experiênci<strong>as</strong>na juventude. Se fazia muito sucesso na prática de esportes, elesprovavelmente se tornaram uma parte importante de sua vida até hoje.Se fazia amigos <strong>com</strong> facilidade, é possível que adore estar cercado degente. Se foi negligenciado ou sofreu algum tipo de abuso, isso produziuoutro tipo de marca em você. Tudo pelo que p<strong>as</strong>sou contribuiu na formaçãode quem você é.Não escolhemos tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> noss<strong>as</strong> experiênci<strong>as</strong> de vida; isso é aindamais verdadeiro quando somos crianç<strong>as</strong>. M<strong>as</strong> escolhemos muit<strong>as</strong> experiênci<strong>as</strong>pel<strong>as</strong> quais p<strong>as</strong>samos agora. Escolhemos <strong>com</strong> quem c<strong>as</strong>ar. Escolhemosnossa profissão. Escolhemos onde p<strong>as</strong>sar <strong>as</strong> féri<strong>as</strong>, que exercíciofazer e o que queremos aprender. E <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que p<strong>as</strong>saram por situaçõesdifíceis decidem se querem ou não p<strong>as</strong>sar por experiênci<strong>as</strong> que <strong>as</strong> tornemmelhores. Não dá para apagar <strong>as</strong> cois<strong>as</strong> pel<strong>as</strong> quais p<strong>as</strong>samos, m<strong>as</strong> podemosnos reprogramar a partir de experiênci<strong>as</strong> nov<strong>as</strong>.
O p r i n c í p i o d a l e n t e 3 14. A atitude e <strong>as</strong> escolh<strong>as</strong> relacionad<strong>as</strong> a ess<strong>as</strong>experiênci<strong>as</strong>Mais importante do que escolher noss<strong>as</strong> experiênci<strong>as</strong> é decidir qual seránossa atitude a partir del<strong>as</strong>. Como já mencionei, temos apen<strong>as</strong> um controlelimitado sobre <strong>as</strong> experiênci<strong>as</strong> pel<strong>as</strong> quais p<strong>as</strong>samos. No entanto, temos controletotal sobre noss<strong>as</strong> atitudes. Independentemente de nossa perspectiva,seja ela positiva ou negativa, promissora ou desfavorável, ampla ou restrita,somos nós que escolhemos noss<strong>as</strong> atitudes. Posso não ser capaz de mudar omundo à minha volta, m<strong>as</strong> posso mudar o que vejo dentro de mim.Creio que a atitude é a segunda decisão mais importante que alguémpode tomar (a mais importante é a fé). Sua atitude é que determinarásua vida. Nãoé resultado de seun<strong>as</strong>cimento, d<strong>as</strong> circunstânci<strong>as</strong>ou de seusaldo bancário. É umaquestão de escolha. Sevocê acha que esta éPosso não ser capaz demudar o mundo à minhavolta, m<strong>as</strong> posso mudar oque vejo dentro de mim.uma questão <strong>com</strong>plicada, pode dar uma olhada em dois outros livros queescrevi, Dando a volta por cima (Editora Mundo Cristão) e The WinningAtitude (Atitude de vencedor).5. AmizadesNuma tirinha de quadrinhos da turma de Charlie Brown, ele está <strong>com</strong>a mão no queixo, recostado na parede, <strong>com</strong> aparência de quem se senteinfeliz. Sua amiga Lucy aparece.— Deprimido de novo, não é, Charlie Brown?Ele nem mesmo responde.— Sabe qual é seu problema? — ela pergunta, sem esperar pela resposta.— O seu maior problema é que você é quem você é!— Bom, e o que é que eu posso fazer? — suspira ele.— Não tenho a pretensão de dar conselhos — responde Lucy —,apen<strong>as</strong> chamei a atenção para o problema.
3 2V e n c e n d o c o m a s p e s s o a sSe Charlie Brown quisesse melhorar, talvez um bom <strong>com</strong>eço fossedescobrir nov<strong>as</strong> amizades. Uma d<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> mais importantes que se podefazer é escolher os amigos. Na condição de pais, eu e Margaret sempretomamos cuidado <strong>com</strong> os amigos que nossos filhos escolhiam. Sabíamosque pesso<strong>as</strong> positiv<strong>as</strong> e de boa índole os ajudariam, enquanto pesso<strong>as</strong>negativ<strong>as</strong> de caráter duvidoso seriam prejudiciais a eles. Sempre fizemosde nosso lar um lugar onde nossos filhos e seus amigos quisessem p<strong>as</strong>sarseu tempo, e <strong>as</strong>sim podíamos a<strong>com</strong>panhar a influência que estavamexercendo.As pesso<strong>as</strong> mais próxim<strong>as</strong> — e isso inclui, em especial, seu cônjuge— vão influenciar e moldar você. Já viu crianç<strong>as</strong> de bom <strong>com</strong>portamentop<strong>as</strong>sarem a criar problem<strong>as</strong> depois de andar certo tempo <strong>com</strong> outrosmeninos e menin<strong>as</strong> problemáticos? E já viu amigos ou coleg<strong>as</strong> de trabalhoque decolam na carreira depois de <strong>com</strong>eçar a p<strong>as</strong>sar mais tempo <strong>com</strong>gente que amplia su<strong>as</strong> mentes e os desafia a crescer em termos profissionais?As pesso<strong>as</strong> <strong>com</strong> quem você escolhe p<strong>as</strong>sar mais tempo mudarãoseu jeito de ser. As palavr<strong>as</strong> do escritor e orador Charlie Tremendo Jonessão mesmo verdadeir<strong>as</strong>: a diferença entre quem você é hoje e quem serádaqui a cinco anos está n<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> <strong>com</strong> quem p<strong>as</strong>sa seu tempo e noslivros que lê.A maneira de ver os outros é determinada pelo que a pessoa é. Nãodá para fugir dessa realidade. Se alguém não gosta de gente, isso revelamuito sobre essa pessoa e sobre a maneira <strong>com</strong>o ela encara os relacionamentospessoais. A questão está no ponto de vista. Se este é seu c<strong>as</strong>o,não tente mudar os outros. Nem mesmo se concentre neles; mantenha ofoco sobre si. Se conseguir mudar e se tornar o tipo de pessoa que deseja,<strong>com</strong>eçará a ver os outros sob nov<strong>as</strong> luzes, e isso transformará a maneirade interagir em todos os seus relacionamentos.
O p r i n c í p i o d a l e n t e 3 3O PRINCÍPIO DA LENTE— QUESTÕES PARA DISCUSSÃO1.2.3.4.5.Se alguém pedisse que você coloc<strong>as</strong>se no papel uma declaraçãodescrevendo a natureza humana e <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>, de forma geral, oque você escreveria? (Pense um pouco antes de escrever). Vocêdescreveria sua filosofia <strong>com</strong>o otimista, cética, empírica, imparcialetc? O que sua filosofia pessoal diz sobre você, no que serefere às outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>?Você descreveria sua atitude, em geral, <strong>com</strong>o positiva ou negativa?(Não fuja da resposta, alegando ser realista — escolhauma d<strong>as</strong> opções). Você encara sua atitude <strong>com</strong>o um recursoa seu favor ou uma desvantagem? O que poderia fazer paraaprimorar sua atitude?Volte no tempo e pense em sua infância. Que experiênci<strong>as</strong>,em especial, marcaram sua vida pessoal? El<strong>as</strong> inspiraram vocêa confiar nos outros ou desconfiar deles? De que forma essaperspectiva da vida deu o tom de seus relacionamentos quandose tornou adulto? Se os afetou negativamente, que experiênci<strong>as</strong>positiv<strong>as</strong> você pode buscar para criar uma nova história,mais positiva?Você concorda <strong>com</strong> a afirmação segundo a qual a diferençaentre quem você é hoje e quem será daqui a cinco anos está n<strong>as</strong>pesso<strong>as</strong> <strong>com</strong> quem <strong>com</strong>partilhará seu tempo e nos livros quelerá? Que outros fatores acredita que possam ser tão (ou mais)importantes nesse processo?Pense sobre <strong>as</strong> qualidades pessoais que gostaria de cultivar.Liste-<strong>as</strong>. Agora crie um plano de crescimento para desenvolveress<strong>as</strong> qualidades. Em primeiro lugar, dedique tempode sua agenda para estar <strong>com</strong> gente que possua <strong>as</strong> qualidadesque deseja. Depois, selecione um livro por mêscuja leitura ajude em seu processo de crescimento pessoal.