um pouco de história do parque de serralves - Fundação de Serralves

um pouco de história do parque de serralves - Fundação de Serralves um pouco de história do parque de serralves - Fundação de Serralves

13.07.2015 Views

UM POUCO DE HISTÓRIA DO PARQUE DESERRALVESTexto da Arquitecta Teresa Andresen, Directora do Parque de SerralvesO Estado Português adquiriu o Casal de Santa Maria a Delfim Ferreira, em 1987,com o objectivo de nele instalar o Museu Nacional de Arte Moderna e, em Maiodesse ano, a casa foi aberta ao público com um conjunto de exposições.O Casal de Santa Maria, chamado de Quinta de Lordelo enquanto propriedadeda família de Carlos Alberto Cabral até 1957, possui 18 hectares e eraconstituído por uma casa principal com várias dependências anexas, umassento agrícola no extremo sul da propriedade designado por Mata-Sete e umconjunto de jardins e matas.No momento da aquisição pelo Estado, pouco se sabia sobre a história do lugaro que fez com que, em Fevereiro de 1988, fosse promovida uma exposiçãointitulada ‘Casa de Serralves. Retrato de uma Época’, o nome pelo qual o Estadopassou a designar a propriedade.Apesar da actividade cultural na Casa se ter iniciado de imediato, o parquemanteve-se com acesso restrito enquanto se desenvolvia o projecto derecuperação tendo em vista a adaptação de uma quinta de recreio, até então deuso privado, e que iria passar a estar aberta ao público e ser um elementoestruturante do projecto do museu. Uma vez concluídas as obras derecuperação, o parque abriu ao público em 1988. Entretanto, a Secretaria deEstado da Cultura promovia a constituição de uma Fundação para a gestão dapropriedade, do acervo artístico e para a construção do museu. A Fundação foiconstituída em 1989 e o Museu de Arte Contemporânea inaugurado em 1999.Uma vez aberto ao público, prosseguiu-se com estudos diversos sobre o Parque,nomeadamente o papel desta quinta de recreio na história da arte dos jardins,assim como se desenvolveram novos projectos de intervenção. Entre estes, é dedestacar a construção do Jardim de Aromáticas – memória da horta ajardinadasobre a qual foi edificado o novo museu – e da Quinta para Crianças.A abertura do Parque ao público marcou o início de um programa educativoambiental, em articulação com o programa educativo artístico, tendo desdeentão ficado marcada a missão de Serralves enquanto espaço de convergênciada promoção da arte e da natureza.Os públicos de Serralves foram crescendo e com eles cresceu a actividade doServiço Educativo, fortalecendo relações com a comunidade, com destaque paraMECENAS DO PARQUE

UM POUCO DE HISTÓRIA DO PARQUE DESERRALVESTexto da Arquitecta Teresa Andresen, Directora <strong>do</strong> Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>O Esta<strong>do</strong> Português adquiriu o Casal <strong>de</strong> Santa Maria a Delfim Ferreira, em 1987,com o objectivo <strong>de</strong> nele instalar o Museu Nacional <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna e, em Maio<strong>de</strong>sse ano, a casa foi aberta ao público com <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> exposições.O Casal <strong>de</strong> Santa Maria, chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> Quinta <strong>de</strong> Lor<strong>de</strong>lo enquanto proprieda<strong>de</strong>da família <strong>de</strong> Carlos Alberto Cabral até 1957, possui 18 hectares e eraconstituí<strong>do</strong> por <strong>um</strong>a casa principal com várias <strong>de</strong>pendências anexas, <strong>um</strong>assento agrícola no extremo sul da proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> por Mata-Sete e <strong>um</strong>conjunto <strong>de</strong> jardins e matas.No momento da aquisição pelo Esta<strong>do</strong>, <strong>pouco</strong> se sabia sobre a história <strong>do</strong> lugaro que fez com que, em Fevereiro <strong>de</strong> 1988, fosse promovida <strong>um</strong>a exposiçãointitulada ‘Casa <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Retrato <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Época’, o nome pelo qual o Esta<strong>do</strong>passou a <strong>de</strong>signar a proprieda<strong>de</strong>.Apesar da activida<strong>de</strong> cultural na Casa se ter inicia<strong>do</strong> <strong>de</strong> imediato, o <strong>parque</strong>manteve-se com acesso restrito enquanto se <strong>de</strong>senvolvia o projecto <strong>de</strong>recuperação ten<strong>do</strong> em vista a adaptação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a quinta <strong>de</strong> recreio, até então <strong>de</strong>uso priva<strong>do</strong>, e que iria passar a estar aberta ao público e ser <strong>um</strong> elementoestruturante <strong>do</strong> projecto <strong>do</strong> museu. Uma vez concluídas as obras <strong>de</strong>recuperação, o <strong>parque</strong> abriu ao público em 1988. Entretanto, a Secretaria <strong>de</strong>Esta<strong>do</strong> da Cultura promovia a constituição <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Fundação para a gestão daproprieda<strong>de</strong>, <strong>do</strong> acervo artístico e para a construção <strong>do</strong> museu. A Fundação foiconstituída em 1989 e o Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea inaugura<strong>do</strong> em 1999.Uma vez aberto ao público, prosseguiu-se com estu<strong>do</strong>s diversos sobre o Parque,nomeadamente o papel <strong>de</strong>sta quinta <strong>de</strong> recreio na história da arte <strong>do</strong>s jardins,assim como se <strong>de</strong>senvolveram novos projectos <strong>de</strong> intervenção. Entre estes, é <strong>de</strong><strong>de</strong>stacar a construção <strong>do</strong> Jardim <strong>de</strong> Aromáticas – memória da horta ajardinadasobre a qual foi edifica<strong>do</strong> o novo museu – e da Quinta para Crianças.A abertura <strong>do</strong> Parque ao público marcou o início <strong>de</strong> <strong>um</strong> programa educativoambiental, em articulação com o programa educativo artístico, ten<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong>então fica<strong>do</strong> marcada a missão <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> enquanto espaço <strong>de</strong> convergênciada promoção da arte e da natureza.Os públicos <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> foram crescen<strong>do</strong> e com eles cresceu a activida<strong>de</strong> <strong>do</strong>Serviço Educativo, fortalecen<strong>do</strong> relações com a comunida<strong>de</strong>, com <strong>de</strong>staque paraMECENAS DO PARQUE


as escolas, e incentivan<strong>do</strong> a criação <strong>de</strong> hábitos culturais. As linhasprogramáticas <strong>de</strong>finidas têm por objectivo sensibilizar e motivar os diferentespúblicos para as temáticas da arte, da arquitectura, <strong>do</strong> ambiente e da cidadania,integran<strong>do</strong> momentos <strong>de</strong> formação, <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> conhecimentos, emoções evalores, que estimulam <strong>um</strong>a aproximação crítica e criativa à culturacontemporânea, potencian<strong>do</strong> a fruição <strong>de</strong> <strong>um</strong> espaço com característicassingulares.Uma vez construí<strong>do</strong> o museu, enten<strong>de</strong>u-se ser a altura <strong>de</strong> canalizar maioresinvestimentos para o <strong>parque</strong> e assim foi elabora<strong>do</strong> novo projecto <strong>de</strong> recuperação<strong>de</strong> maior abrangência e simultaneamente foram instaladas obras <strong>de</strong> diversosartistas contemporâneos nacionais e estrangeiros: Richard Serra: Andar é Medir(2000) Claes Ol<strong>de</strong>nburg, Coosje Van Bruggen: Colher <strong>de</strong> Jardineiro (2001),Ângelo <strong>de</strong> Sousa: Um Jardim Catóptrico (2002), Alberto Carneiro: Ser Árvore eArte (2000-2002), Francisco Tropa: Monte Falso (1991-200), Maria Nordman:For a New City/<strong>Serralves</strong> Muse<strong>um</strong> & a Working Farm (2001), Dan Graham:Double Exposure, (1995-2003)MECENAS DO PARQUE

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