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Cartilha de Extensão - CT-UFPB - Universidade Federal da Paraíba

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Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>Pró-Reitoria <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> e Assuntos ComunitáriosENTENDENDO A EXTENSÃO


1. Como a <strong>UFPB</strong> faz <strong>Extensão</strong>?ENTENDENDO A EXTENSÃODiante do contexto paraibano com situações <strong>de</strong> exclusão e extrema miséria <strong>de</strong> certascama<strong>da</strong>s <strong>da</strong> população, é histórica a atuação <strong>da</strong> extensão na <strong>UFPB</strong> tanto com organizações <strong>da</strong>socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, movimentos sociais e grupos vulneráveis, como também em comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>baixa ren<strong>da</strong>, procurando contribuir para mu<strong>da</strong>r esse quadro, com a produção <strong>de</strong> conhecimentoe ações significativas, por meio do diálogo entre saberes, interagindo com o outro <strong>de</strong> formaparticipativa, conhecendo a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e contribuindo para uma transformação social e ci<strong>da</strong>dã.As ações <strong>de</strong> maior incidência estão, entre outras, na mobilização para a organizaçãosocial, na capacitação continua<strong>da</strong> para a educação básica, na saú<strong>de</strong> preventiva ehumanização dos serviços, na promoção dos direitos humanos, na fruição <strong>da</strong>s linguagensartísticas e culturais, no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> economia solidária e familiar, na popularização <strong>da</strong>ciência, na <strong>de</strong>fesa do meio ambiente e <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e na difusão <strong>de</strong>tecnologias sociais.Os eixos integradores para potencializar os impactos e a visibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sextensionistas são as áreas temáticas, a territoriali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s ações e os grupos populacionaisprioritários.Na política institucional <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, consi<strong>de</strong>ra-se a <strong>Extensão</strong> como oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> osdiscentes terem experiência <strong>de</strong> aprendizado contextualizado como ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica, emespaços não formais, ocorrendo uma efetiva interação entre teoria e prática. Des<strong>de</strong> a déca<strong>da</strong><strong>de</strong> 1990 (Resolução CONSEPE N. 09/93) a <strong>UFPB</strong> reconhece o aproveitamento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>extensionista como disciplina complementar optativa e, <strong>de</strong> forma mais abrangente, comoconteúdo complementar flexível, ao lado dos projetos <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> pesquisa integralizandoaté 20% <strong>da</strong> carga horária total do curso (Resolução N. 39/99). No que tange à regulamentaçãoposterior para elaboração do Projeto Pe<strong>da</strong>gógico dos Cursos <strong>de</strong> Graduação, os projetos <strong>de</strong>ensino, <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong> extensão são mantidos como componentes curriculares flexíveis, como mesmo limite percentual (Resoluções N. 34/2004 e N. 07/2010).Como fomento ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> extensão, a <strong>UFPB</strong> mantém, com recursos próprios,o Programa Institucional <strong>de</strong> Bolsas <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> (PROBEX) para os estu<strong>da</strong>ntes regularmentematriculados, além do apoio à divulgação <strong>da</strong> produção acadêmica com publicações na Série<strong>Extensão</strong> e <strong>da</strong> Revista Eletrônica <strong>Extensão</strong> Ci<strong>da</strong>dã.A experiência dos extensionistas <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> tem resultado em reflexões teóricometodológicas<strong>de</strong> amplo alcance, com um reconhecimento nacional em diversas áreas, nacaptação <strong>de</strong> recursos, na li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> trabalho.2. O que enten<strong>de</strong>mos por <strong>Extensão</strong>?Embora existam diferentes abor<strong>da</strong>gens e compreensões sobre o conceito <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong>, háconsenso em consi<strong>de</strong>rar a <strong>Extensão</strong> como um processo educativo, cultural e científico que, sobo princípio <strong>da</strong> indissociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, promove a articulação do conhecimento gerado pela pesquisacom as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino em função dos problemas, <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s, direitos e <strong>de</strong>veres <strong>da</strong>socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do <strong>de</strong>senvolvimento regional. Ca<strong>da</strong> vez mais é <strong>de</strong>ixa<strong>da</strong> <strong>de</strong> ladoa visão assistencialista <strong>da</strong> <strong>Extensão</strong> para priorizar o diálogo, a interação e a troca doconhecimento <strong>da</strong> aca<strong>de</strong>mia com o saber dos diferentes setores <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em arranjos <strong>de</strong>cooperação e parcerias com organizações governamentais e não-governamentais e <strong>de</strong>interação com as políticas públicas em prol do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e socialmentejusto. O Fórum <strong>de</strong> Pró-Reitores <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> <strong>da</strong>s Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Públicas Brasileiras(FORPROEX) apresenta quatro eixos que <strong>de</strong>vem orientar a ação extensionista:impacto e transformação;interação dialógica;interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> eindissociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão.3. Quais são os principais objetivos <strong>da</strong> <strong>Extensão</strong>?Da <strong>de</strong>finição acima, <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>-se que a <strong>Extensão</strong> possui dois objetivos principais:- contribuir para a transformação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou seja, para que seus diversos setores e


grupos (comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, gestores, empresários, agricultores, instituições governamentais,organizações não governamentais e atores diversos) possam satisfazer suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<strong>de</strong>man<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>senvolver suas capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, aproveitar as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, cumprir os seus<strong>de</strong>veres e ter os seus direitos protegidos e realizados;- contribuir para que os alunos obtenham as competências necessárias à atuação profissional esua formação ci<strong>da</strong>dã e, para que professores e pessoal técnico-administrativo <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>se <strong>de</strong>senvolvam profissionalmente num processo continuado <strong>de</strong> formação entre teoria eprática.No Plano Nacional <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> Universitária (2001, p. 44) se reafirma a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> “comoprocesso acadêmico <strong>de</strong>finido e efetivado em função <strong>da</strong>s exigências <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, indispensávelna formação do aluno, na qualificação do professor e no intercâmbio com a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>”, o queimplica relações multi, inter e transdisciplinares.4. Quais são as diversas formas em que se pratica a <strong>Extensão</strong>?Na perspectiva <strong>de</strong> uniformizar e sistematizar as ações <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong>, o FORPROEXclassifica essas ações em cinco gran<strong>de</strong>s categorias: projetos, programas, eventos, cursos eprestação <strong>de</strong> serviços, que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> caráter educativo, social, cultural, científico etecnológico.O PROJETO é <strong>de</strong>finido como um conjunto <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> extensão integra<strong>da</strong>s com apesquisa e o ensino que persegue objetivos específicos direcionados a aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s econseguir mu<strong>da</strong>nças nas instituições e grupos sociais, num prazo <strong>de</strong>terminado (por exemplo,os projetos apoiados pelo PROBEX que a <strong>UFPB</strong> promove).Já o PROGRAMA tem um caráter mais amplo e possui objetivos e diretrizes institucionaismais abrangentes. No programa se articulam projetos e outras ações (cursos, eventos eprestação <strong>de</strong> serviços) que possuem objetivos convergentes implementáveis no médio e longoprazos.CURSOS <strong>de</strong> extensão são ações pe<strong>da</strong>gógicas <strong>de</strong> caráter teórico e/ou prático, presencialou a distância, com carga horária planeja<strong>da</strong> e organiza<strong>da</strong> <strong>de</strong>, no mínimo, oito horas, comcritérios <strong>de</strong> avaliação pré-<strong>de</strong>finidos, realiza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> modo sistemático para diversos públicos.Pelas normas <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, os cursos <strong>de</strong> extensão não po<strong>de</strong>m ter carga horária inferior a 15horas. Portanto, os cursos abaixo <strong>de</strong>ssa carga horária são consi<strong>de</strong>rados eventos.EVENTOS são ações que implicam na apresentação e/ou exibição pública (livre ou comclientela específica) do conhecimento ou produto cultural, artístico, esportivo, científico etecnológico, <strong>de</strong>senvolvido, conservado ou reconhecido pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Entre os eventos <strong>de</strong>extensão temos congressos, seminários, ciclos <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates, exposições, espetáculos, eventosesportivos, festivais, campanhas e outras ações pontuais.Por último, são consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s como ações <strong>de</strong> extensão as PRESTAÇÕES DE SERVIÇO,tais como: atendimento ao público em espaços <strong>de</strong> cultura, ciência e tecnologia; serviços <strong>de</strong>assessoria e consultoria; patentes; contratos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia; exames e laudostécnicos; atendimento jurídico e judicial; atendimento em saú<strong>de</strong> humana e animal. Essesserviços po<strong>de</strong>m ser oferecidos pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> gratuitamente ou contratados por terceiros(comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, empresa, ONG, instituição pública, etc.). Importante notar que essas diferentesformas <strong>de</strong> efetivar a <strong>Extensão</strong> po<strong>de</strong>m ser mais ou menos efetivas no alcance dos objetivos,cabendo à política <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> promover aquelas ações que trazem o maiorimpacto na transformação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolvimento regional.5. Quais são os tipos <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong>?Da<strong>da</strong> a sua abrangência, várias tipologias têm surgido no campo <strong>da</strong> extensão universitária.Para facilitar os estudos, monitoramento, avaliações e relatórios sobre a produção <strong>da</strong> extensãouniversitária, o FORPROEX adota as oito áreas <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s pelo CNPq eestabelece oito áreas temáticas e 53 linhas <strong>de</strong> extensão. Como po<strong>de</strong> ser visto no diagramaabaixo, qualquer projeto, programa, curso, evento ou prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> extensão po<strong>de</strong>ser classificado por área do conhecimento, área temática e linha <strong>de</strong> extensão.


6. Qual a diferença entre Pesquisa e <strong>Extensão</strong>?Para esclarecer esta questão é importante primeiro qualificar o que é pesquisa básica e oque é pesquisa aplica<strong>da</strong>. A pesquisa básica é aquela que é feita em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> área ou temasem que se apresente uma aplicação específica em <strong>de</strong>terminados campos (médico, industrial,agrícola, serviços etc). Caracteriza-se pela busca <strong>de</strong> conhecimentos básicos para formulação eteste <strong>de</strong> hipóteses e/ou respostas <strong>de</strong> questões iniciais sendo, portanto, diretamenteresponsável pelo <strong>de</strong>senvolvimento científico. Este tipo <strong>de</strong> pesquisa básica que não envolve aparticipação e engajamento dos diversos setores <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> (empresários, agricultores,prestadores <strong>de</strong> serviços) não é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> <strong>Extensão</strong>, embora posteriormente seus resultadospossam ser usados em pesquisas aplica<strong>da</strong>s e em ações <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong>.E a pesquisa aplica<strong>da</strong> é <strong>Extensão</strong>?Se esta pesquisa é realiza<strong>da</strong> com a participação ou envolvimento com o setor produtivo oucom os grupos interessados e traz como resultados a adoção <strong>de</strong> novas tecnologias, aquisição<strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> comportamento, novos processos, serviços e produtos etc. éconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> <strong>Extensão</strong>.A pesquisa-ação tem uma gran<strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a extensão na medi<strong>da</strong> em que, semabandonar a cientifici<strong>da</strong><strong>de</strong>, trabalha com a compreensão e a priorização do problema, procurasoluções e a aprendizagem dos participantes.Tanto <strong>da</strong> pesquisa po<strong>de</strong>-se caminhar para a extensão, como <strong>da</strong> extensão po<strong>de</strong>–se chegarà pesquisa.7. O que significa a indissociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre Ensino, Pesquisa e <strong>Extensão</strong>?Nas diversas publicações e documentos sobre extensão universitária, fala-se muito <strong>da</strong>indissociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre Ensino, Pesquisa e <strong>Extensão</strong>, mas a efetivação <strong>de</strong>ste princípioconstitucional nas políticas e ações articuladoras nas Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior ain<strong>da</strong> éum gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio. A indissociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre essas funções significa basicamente que tanto apesquisa como a extensão promovem uma construção social <strong>de</strong> conhecimento, e tanto ensinocomo a extensão são formas <strong>de</strong> aprendizagem. Sem esquecer que a aprendizagem também éexpressão <strong>de</strong> conhecimento.A pesquisa e a extensão em interação com o ensino e a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> permitemoperacionalizar a vinculação entre teoria e prática, a <strong>de</strong>mocratização do saber acadêmico e oretorno <strong>de</strong>sse saber à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> – já testado e com novas questões e recomen<strong>da</strong>ções àUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Uma boa articulação entre o Ensino, a Pesquisa e a <strong>Extensão</strong> conduz amu<strong>da</strong>nças significativas nos processos <strong>de</strong> construção do conhecimento e <strong>de</strong> ensinoaprendizagem,melhorando a formação dos estu<strong>da</strong>ntes, técnicos e professores. Na prática, oque se observa são grupos <strong>de</strong> professores somente <strong>de</strong>dicados, isola<strong>da</strong>mente ou com baixainteração, ao ensino, à pesquisa, à extensão. Apenas uma minoria realiza ações integra<strong>da</strong>s <strong>de</strong>


pesquisa, ensino e extensão. Também se observa que quanto mais qualificado o docente, maisele ten<strong>de</strong> a se afastar do ensino <strong>de</strong> graduação e <strong>da</strong> extensão para se <strong>de</strong>dicar à pesquisa e aoensino e orientação na pós-graduação, como se essas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s não pu<strong>de</strong>ssem se integrar.Outras vezes os projetos <strong>de</strong> extensão permanecem dissociados dos conteúdos <strong>da</strong>s disciplinase <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> graduação e <strong>de</strong> pós-graduação.A articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão <strong>de</strong>ve ser tarefa <strong>de</strong> todos osprofessores <strong>da</strong> instituição na condução do processo pe<strong>da</strong>gógico <strong>de</strong> ensino-aprendizagem dosestu<strong>da</strong>ntes.8. Que metodologias priorizar na prática extensionista?A extensão universitária, no seu fazer pe<strong>da</strong>gógico, abraça as abor<strong>da</strong>gens metodológicasparticipativas consi<strong>de</strong>rando como ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> para a construção do conhecimento aprática social dos sujeitos participantes <strong>da</strong> ação, em vez do conhecimento acadêmico. É essaprática que orienta o processo extensionista. Antes <strong>de</strong> se elaborarem propostas, é precisoextrair dos sujeitos os elementos <strong>de</strong> suas práticas: quem são, o que fazem, o que sabem, oque viram, o que querem, que <strong>de</strong>safios enfrentam... Assim, o conceito aparece comoferramenta que aju<strong>da</strong> a aprofun<strong>da</strong>r o conhecimento real, e não a fazer <strong>de</strong>le mera abstração. Aaprendizagem por meio <strong>da</strong> extensão busca apoio na relação teoria-prática, a partir <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>da</strong>reali<strong>da</strong><strong>de</strong> coletivamente apreendidos. Dessa forma, se visibiliza uma metodologia <strong>de</strong> extensãoque reforça suas dimensões participativa, crítica e emancipatória.A construção extensionista não está limita<strong>da</strong> aos pares, abrange uma gran<strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> públicos externos com os quais é preciso estabelecer uma interlocução para i<strong>de</strong>ntificarproblemas, informar, capacitar e propor soluções. Esse trabalho social <strong>de</strong>ve contemplar tantoos integrantes <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, organizações e movimentos parceiros, como fomentar aconstrução e aperfeiçoamento dos seus processos organizativos.9. Quais as ações <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> são mais efetivas e produzem o maior impacto?Por <strong>de</strong>finição, a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>da</strong> ação <strong>de</strong> extensão se verifica pelo grau <strong>de</strong> alcance dosobjetivos que nela foram estabelecidos. Já o impacto <strong>de</strong>ssas ações consi<strong>de</strong>ra também osefeitos mais abrangentes (positivos e negativos), aqueles que não estavam programados e osefeitos multiplicadores que as ações <strong>de</strong> extensão po<strong>de</strong>m induzir nos setores e grupos queparticipam, ou não, nas iniciativas <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong>. Apesar <strong>da</strong> inexistência <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>avaliação institucional <strong>da</strong> extensão que permita aferir os resultados, i<strong>de</strong>ntificar as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s eestabelecer as lições aprendi<strong>da</strong>s, a fim <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r na <strong>de</strong>finição e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas<strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> Universitária, já existem alguns critérios que po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r na promoção,<strong>de</strong>senvolvimento e avaliação <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> <strong>Extensão</strong> Universitária. Esses critérios sãoestabelecidos tendo como base os princípios e diretrizes envolvidos no próprio conceito <strong>de</strong>avaliação e na função atribuí<strong>da</strong> à Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento do país num estado <strong>de</strong>direito.(a) Vinculação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> extensão com as políticas públicas: aquelas ações <strong>de</strong> extensãoque estejam relaciona<strong>da</strong>s aos programas e projetos <strong>de</strong> governo, empresas e ONGs ten<strong>de</strong>m aser mais efetivas e <strong>de</strong> maior sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> política e financeira;(b) Engajamento e participação dos atores (troca <strong>de</strong> saberes): quando população e instituiçõesinteressa<strong>da</strong>s participam e são reconhecidos como os atores-chaves <strong>de</strong> seu próprio<strong>de</strong>senvolvimento, também com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> experiências alternativas e autônomas, e nãosimplesmente como receptores <strong>de</strong> bens e serviços, existe maior apropriação e sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>dos resultados;(c) Desenvolvimento <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s: aquelas ações <strong>de</strong> extensão orienta<strong>da</strong>s para <strong>de</strong>senvolveras capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s individuais e institucionais para i<strong>de</strong>ntificar, resolver problemas e estabelecerobjetivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento são mais efetivas e empo<strong>de</strong>rantes do que ações assistenciais oufilantrópicas;(d) Objetivos e metas claras: aquelas ações <strong>de</strong> extensão que não estabelecem em forma clarae consistente os objetivos e metas sobre o que quer ser alcançado – seja na vi<strong>da</strong> e nascondições <strong>da</strong>s pessoas, nas empresas e instituições ou na melhoria dos produtos, processos eserviços, entre outros – não conseguem, via <strong>de</strong> regra, estabelecer estratégias consistentespara alcançar os seus objetivos, nem é possível monitorar e avaliar os resultados <strong>da</strong> ação;(e) Parcerias estratégicas: as ações <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> que envolvem o saber diferenciado <strong>de</strong> váriasinstituições com interesses convergentes ten<strong>de</strong>m a ter maior continui<strong>da</strong><strong>de</strong> e melhores


esultados.Os critérios estão relacionados às práticas i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s na experiência <strong>de</strong> extensão e nasiniciativas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento nacional e internacional. Critérios mais específicos po<strong>de</strong>m estarrelacionados, entre outros, com áreas temáticas e populações prioritárias, setores e áreasgeográficas, <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s e urgência dos problemas, impacto esperado, integração docente ediscente, colaboração entre <strong>de</strong>partamentos e integração nos conteúdos <strong>da</strong>s disciplinas.10. Como avaliar as ações <strong>de</strong> extensão?Na perspectiva <strong>de</strong> uma avaliação que promova o aprendizado e o empo<strong>de</strong>ramento dosenvolvidos nas ações <strong>de</strong> extensão, se requer que a avaliação: (a) facilite e promova aparticipação e engajamento <strong>da</strong> população envolvi<strong>da</strong> e dos grupos organizados <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>civil e que; (b) mostre a contribuição <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> extensão, vincula<strong>da</strong>s tanto aos resultadosfinalísticos (na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas) como na eficiência e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos processos e estratégiasque estão sendo implementa<strong>da</strong>s. A operacionalização <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> avaliação requer oconhecimento prévio <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e dos problemas a serem enfrentados com base emevidências e com a participação <strong>da</strong> população, comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, empresários e parceiros queparticipam <strong>da</strong> iniciativa. Esta análise <strong>de</strong> situação, também chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> base,proporciona o conhecimento prévio <strong>da</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s que precisam ser<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s, bem como do capital cultural e <strong>da</strong>s habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos agentes parceiros nasações <strong>de</strong> extensão.A partir <strong>de</strong>sta análise, se faz necessário estabelecer em forma clara os objetivos e metas<strong>de</strong> curto, meio e longo prazos a serem alcança<strong>da</strong>s. Importante observar que as ações <strong>de</strong>extensão realiza<strong>da</strong>s pela <strong>UFPB</strong>, po<strong>de</strong>m estar contribuindo para objetivos mais amplos <strong>de</strong>políticas públicas cujos resultados não po<strong>de</strong>m ser atribuídos unicamente às ações <strong>de</strong> extensão.Com base em indicadores quantitativos e qualitativos vinculados aos objetivos e metas,será possível realizar o monitoramento e avaliação sistemática e processual, permitindo oacompanhamento <strong>da</strong>s ações e a verificação dos resultados obtidos. Além disso, as análises <strong>de</strong>causali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> tendências, e <strong>de</strong> triangulação (grupos focais) feitas em conjunto com apopulação envolvi<strong>da</strong> po<strong>de</strong>rão indicar como estamos avançando, i<strong>de</strong>ntificar lições aprendi<strong>da</strong>s e<strong>da</strong>r recomen<strong>da</strong>ções para ações futuras.Conheça o Sistema <strong>de</strong> Informação e Gestão <strong>de</strong> Projetos – SIGProj, do MEC/SESUhttp://sigproj.mec.gov.br/<strong>UFPB</strong>/PRA<strong>CT</strong>érreo <strong>da</strong> Reitoria – Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> UniversitáriaJoão Pessoa – PB CEP 58.051-900Fone: (83) 3216-7990 Fax: (83) 3216-7111Email: extensão@prac.ufpb.br Site: http://www.prac.ufpb.br/ORGANOGRAMAPRACGabineteComissão <strong>de</strong>AvaliaçãoComitê AssessorCOEXCOPACNAC NTU NUPPO NIETI NEUD


Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>Rômulo Soares PolariReitorMaria Yara Campos MatosVice-ReitoraLúcia <strong>de</strong> Fátima Guerra FerreiraPró-Reitora <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> e Assuntos ComunitáriosFernando Augusto Me<strong>de</strong>iros <strong>da</strong> SilvaCoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Ação Comunitária – COPACCarlos Anísio <strong>de</strong> Oliveira e SilvaCoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> Cultural – COEXMarco Aurélio Alcântara DamascenoCoor<strong>de</strong>nador do Núcleo <strong>de</strong> Arte Contemporânea – NACJosé Everaldo <strong>de</strong> Oliveira VasconcelosCoor<strong>de</strong>nador do Núcleo <strong>de</strong> Teatro Universitário – NTUBeliza Áurea <strong>de</strong> Arru<strong>da</strong> MelloCoor<strong>de</strong>nadora do Núcleo <strong>de</strong> Pesquisa e Documentação <strong>da</strong> Cultura Popular – NUPPOMaria <strong>da</strong>s Graças LucenaCoor<strong>de</strong>nadora do Núcleo Integrado <strong>de</strong> Estudos e Pesquisa <strong>da</strong> Terceira I<strong>da</strong><strong>de</strong> – NIETIJosé Paulo Marsola GarciaCoor<strong>de</strong>nador do Núcleo <strong>de</strong> Estudos e Ações em Urgências e Desastres – NEUDComitê Assessor <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> – 2011PRAC – Lúcia <strong>de</strong> Fátima Guerra FerreiraPRAC/COEX – Carlos Anísio <strong>de</strong> Oliveira e SilvaPRAC/COPAC – Fernando Augusto Me<strong>de</strong>iros <strong>da</strong> SilvaCCEN – José Antonio NovaesCCHLA – Maria <strong>de</strong> Fátima Almei<strong>da</strong>CCJ – Juliana Toledo Araújo RochaCCM – Wladimir Nunes PinheiroCCS – Gil<strong>de</strong>ci Alves <strong>de</strong> LiraCCSA – Ivan Ramos CavalcantiCE – Rossana Petrucci do Vale<strong>CT</strong> – Aurélia A. Acuña IdrogoCCA – Rosivaldo Gomes <strong>de</strong> Sá SobrinhoCCHSA – Celene dos Santos Ataí<strong>de</strong>CCAE – Saulo Emmanuel Vieira MacielHU – Berna<strong>de</strong>te <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s Figueiredo <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>SINTESP – Mauro Barbosa <strong>da</strong> SilvaAnjos do Asfalto – Cel. Almiro CoronelCréditosTexto – Manuel Buvinich, Bernardina Carvalho, Lúcia GuerraMarca – David Fernan<strong>de</strong>sArte e Diagramação – Hossein Albert

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