13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

hospeda, porern corn certo constrangirnento rnal dissirnulado, ou corn inexplicaveisreservas, que todavia nfio incornodavarn Isidora.AntBnio <strong>rio</strong> interval0 <strong>de</strong> cada prato entendia corn as rneninas eatirava ora a urna, ora a outra pequenas bolas <strong>de</strong> rniolo <strong>de</strong> pZo.0 jantar prolongou-se urn pouco; porque os dois velhos arnigosque <strong>de</strong>s<strong>de</strong> algurn tempo tinharn por companheira unica a gulosa Isidora, acabararnpor <strong>de</strong>ixa-la fora <strong>de</strong> cornbate, e continuaram rnuito plhcida e pausadarnentea atacar todos os pratos, arnenizando o gozo gastron8rnico corn historiase recordaq<strong>de</strong>s da sua mocida<strong>de</strong>.Enf in? resolveram-se os dois velhos a passar 3 so<strong>br</strong>ernesa, e JerBnirno,vendo retirarern-se os pratos do jantar, voltou-se para a rnulher, edisse:- Ah, In&! eu ja nZo sei comer, como dantes!- a velhice que ate do a~etite nos vai privando, observouAntdnio.E carregaram arnbos so<strong>br</strong>e as duas colunas <strong>de</strong> cornpoteiras e pratos<strong>de</strong> doces que se enfileiravarn na mesa; rnas nesse ataque lsidora fez-lhesboa companhia ate n firn.JerBnimo <strong>de</strong>u o sinal <strong>de</strong> terrno do jantar: levantararn-se todos eem pe ren<strong>de</strong>rarn graqas a Deus e persignararn-se.irnediatarnente <strong>de</strong>pois JerBnirno e Antdnio foram dorrnir a sesta,e lsidora retirou-se para o seu gabinete.Dormir a sesta era costume portugu6s rnuito rnais generalizado noclirna ar<strong>de</strong>nte do Brasil; mas JerBnirno e AntBnio nZo abusavam da sesta, e alirnitavam a uma hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso.O prirneiro que se levantou do leito foi Jeronirno, que indo aporta do quarto on<strong>de</strong> dorrnia o amigo, gritou-lhe:-- Acorda, velho pregui~oso! Vern jogar o garnzo.Antbnio acudiu ao charnado.- Deixar-nos-b jogar? yerguntou.- Estas rnanfaco, Antbnio? . . .- a quarta ou quinta vez que hoje inutilrnente tornarnos otabuleiro.E <strong>de</strong>ssa vez nern chegararn a tornh-lo; porque ouvirarn o tinir daespada <strong>de</strong> urn soldado <strong>de</strong> cavalaria que subia a escada <strong>de</strong> pedra do terraco.- EntZo? disse AntBnio.Jerdnirno nZo respon<strong>de</strong>u e chegou a porta, on<strong>de</strong> recebeu da rnzodo soldado urna carta corn carater oficial.A carta estava assinada por Alexandre Cardoso <strong>de</strong> Meneses corna <strong>de</strong>signaqZo <strong>de</strong> - ajudante-<strong>de</strong>-sala do senhor Vice-Rei e dizia assim:"Senhor JerBnirno Lf<strong>rio</strong>. Hole <strong>de</strong>pois do conhecirnento dosinsolentes, crirninosos e publicos <strong>de</strong>sa~atos e injurias a pessoa e autorida<strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!