/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

nao. 0 menor desses abusos ainda era um abuso pela inten~b; o aneloardente de um namorado, anelo que com frequdncia se realizava, sendo compreendidoe tolerado B custa do rubor do pejo que assomava Bs faces da mulheramada, era quebrar Com a ma"o um limb-de-cheiro suaviqsimo sobre aparte superior e n50 velada do peito querido, de mod0 que a dgua odoriferaIhe fosse banhar os csndidos seios.Nb B possi'vel negd-lo: os folguedos do nosso carnaval na"o s bmenos perigosos do que o antigo entrudo, no que diz respeito B saude dosque neles tomam parte; mas em relacgo A moral a sociedade moralizada ficoumenos exposta. 0 nosso carnaval tambem facilita mil abusos, mas em regraas vitimas desses abusos n b tdm muito que perder com eles, e, o que emais, teve a fortuna de menos dspero, muito mais aparatoso, e dobradamenteaprazlvel substituir um jogo rude, material e d~senvolto.Havia muitos ou pelo menos alguns que nb jogavam, nem permitiamque em suas casas se jogasse o entrudo, e isso por princlpios de morale de higiene.Jer6nimo Lirio era um desses: suas filhas tinham visto o entrudosempre de longe, e a fingida cegueira dos pais tolerava apenas que elas fizessemuma dhzia de laranjinhas para molhar uma a outra. Em 1766 a intervencb protetora do padrinho de In& autorizara a compra de duas caixas delim6es-de-cheiro, o mais ostensivo brinquedo.0s portadores das duas meninas chegaram enfim.