13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

- N b, meu padrinho, respon<strong>de</strong>u In&.- E tu, nhanha"?- Tambem nzo.0 velho tirou da bolsa duas moedas <strong>de</strong> ouro, e dando uma a cadamenina, disse-lhes:- Hoje <strong>gov</strong>erno eu aqui, e muito melhor do que se <strong>gov</strong>erna lafora; enquanto vou ensinar o gam5o a vosso pai man<strong>de</strong>m voces comprarlimbes-<strong>de</strong>-cheiro nas casas em que os ven<strong>de</strong>m, fazendo trazClos em caixasfechadas, para na"o serem que<strong>br</strong>ados pelos rondantes do vice-rei, e molhemseuma a outra, e molhem pai e mSe, e a mim tambem, com a condicfio <strong>de</strong>serem e <strong>de</strong> se mostrarem bem contentes e bem felizes; nzo?!As meninas, coitadinhas, hesitavam, olhando para o severo pai.- Este velho crianca tem direitos <strong>de</strong> padrinho, que e quase pai;i<strong>de</strong> <strong>br</strong>incar, e obe<strong>de</strong>cei-lhe; pois que ele manda; nada, porem, <strong>de</strong> doidices. . .i<strong>de</strong> <strong>br</strong>incar.As meninas sairam correndo.- Olhem como elas vSo! exclamou Antbnio.- In&, disse JerBnimo, manda-nos vir o gamSo.A Sra. Ines saiu da sala e em <strong>br</strong>eve chegou o tabuleiro,do gama"o,que os dois velhos amigos <strong>de</strong>scansaram so<strong>br</strong>e os joelhos; armadas, porkm, aspedras, e tendo AntBnio lan~ado o seu dado, Jerhnimo, em vez <strong>de</strong> imita-lo,falou tristemente:- Dizias bem: o <strong>gov</strong>erno da col8nia esth confiado a um cego,que nZo quer ver e que tomou por condutor o vicio <strong>de</strong>senfreado.- Cada dia, novas extar<strong>de</strong>s. . .- I! o menos: o mais e o exemplo da corru~Zo que parte dosque <strong>gov</strong>ernam, e que empesta a socieda<strong>de</strong>; o mais 6 a impunida<strong>de</strong> do sedutorindigno que ameaca as familias!. . .0 rosto <strong>de</strong> JerBnimo tornara-se ru<strong>br</strong>o <strong>de</strong> colera.- E assim; mas. . .- AntBnio, eu a ninguem o disse ainda, nem mesmo 3 tua comadre;direi, porem, a ti, e a ti somente; pois que tens direito <strong>de</strong> sabQlo, e eshomem capaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r-me.. .- Que hti entb?. . .- 0 oficial-<strong>de</strong>-sala ousou levantar seus olhos corrutores at6 8tua inocente afilhada!. . .- Estas certo disso?JerBnimo continuou com voz tremula e abalada:- Quando quisesse duvidar, nSo podia. . .- Por que?. . .- Porque cartas anBnimas me <strong>de</strong>nunciam todos os passos e todasss maquinacbes <strong>de</strong> Alexandre Cardoso para aproximar-se <strong>de</strong> minha filha,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!