/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

XIVNa chicara de Jerbnimo Lirio tambkm se conversava sobre asnovidades do dia.0 velho negociante portuguds Antbnio Pires, amigo de Jerbnimodesde quarenta anos e padrinho de batismo de InGs, tinha ido passar o dia nachacara da Gamboa, e dera conta do que se passara na cidade.Estavam na sala a Sra. lnds e suas duas filhas, que alegrementefestejavam os presentes de doces e frutas que lhes trouxera o velho amigo deseu pai, e especialmente a bela afilhada, que recebera, alkm do mais, umalinda boneca, nzo cabia em si de contente.- ImprudGncias loucas, Antbnio! NZo nos governam bem, mas afalta de respeito ao governo e pior, dissera JerBnimo.Antbnio Pires olhou em torno da sala, e nzo vendo sen30 o amigo,a comadre e as meninas, respondeu, fazendo com o braqo um movimento:- Leve o demo o governo que desgoverna, JerBnimo.- Compadre! disse a Sra. In&.- Arrancam-nos dinheiro e propriedades, prendem nossos caixeirose nossos escravos, desenfreiam e protegem a devassidzo. . . pois em talcaso venha ao menos a vinganqa do pasquim!- AntBnio, tu es urn velho crianqa; vamos jogar o garnzo.- Cala-te a(, que pensas como eu penso, e como todos os homensde siso e de honra.- Anda jogar o gamzo ou eu mando as meninas molharem-te acabeleira e os babados da camisa.- Elas nzo ousariam fazClo, compadre, observou InGs.- E que o fizessem! 0 dia 6 de folguedo e eu nzo sou carrancarabugento, como seu marido, comadre.E voltaddo-se para as duas meninas, perguntou:- Sinhazinha, tens limbes-de-cheiro?