13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Erarn seis horas da rnanhii, quando Maria procurou no leito o<strong>de</strong>scanso e o sono; na noite que acabava <strong>de</strong> passar, sofrera rnuito em sua vaida<strong>de</strong>e nos seus c~lculos: n5o arnava Alexandre Car,doso, nunca se <strong>de</strong>ra a elenem por paixb, nern por capricho; mas essa rnulher inconstante e louca quese reservava o direito <strong>de</strong> atrai~oar seus arnantes e <strong>de</strong> rnudar <strong>de</strong> arnantes, sernpree logo que isso Ihe aprazia, n b tolerava o ser <strong>de</strong>ixada, e menos que poroutra algurn amante que<strong>br</strong>asse suas ca<strong>de</strong>ias; enta"o a ciurnenta elevava-se ainirniga terrivel que n b poupava, nem escolhia generosa os meios e a naturezada vinganqa.Alexandre Cardoso na"o d cornecava a rnostrar-se rnenos cativodos encantos <strong>de</strong> Maria, corno na"o fazia rniste<strong>rio</strong> da sua paixk por Inds, chegandoa <strong>de</strong>clarar-se no &rculo <strong>de</strong> seus amigos disposto a torn&-la por esposa.Maria estava habituada a perdoar a Alexandre seus <strong>de</strong>boches,suas seduq8es irnorais, seus crimes <strong>de</strong> concupiscdncia malvada; mas o <strong>de</strong>sprezoque a arneaqava, e a hipotese do casarnento corn lnis eram o primeirourn ultraje 8 sua vaida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formosa, e tamMrn e ainda mais corn o segundo arulna da sua infludncia que ela sabia fazer valer.A arnante do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Boba<strong>de</strong>la provara por vezes a irnportsnciado patronato exercido pelo dornfnio do coraqb daquele que <strong>gov</strong>erna:Gomes Freire nunca escravizara corn esclndalo o <strong>gov</strong>ernador 8 arnante, sempreporern que o pb<strong>de</strong> fazer sem <strong>de</strong>sar publico, servira-lhe aos ernpenhos.0 oficial-<strong>de</strong>-sala do Con<strong>de</strong> da Cunha, perdido <strong>de</strong> paixzo duranternuito tempo e ate 1765 pela encantadora e voluptuosa rnoca, obe<strong>de</strong>cia cegoaos seus <strong>de</strong>sejos e preceitos, e Maria dispunha <strong>de</strong> ernpregos e <strong>de</strong> favores, <strong>gov</strong>ernandoo <strong>gov</strong>ern0 pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> sua beleza e pela magia das suas gracasque fascinavarn Alexandre Cardoso.0 arnor que a inocente lnds sern pensar e sern querer inspiravaao oficial-<strong>de</strong>-sala do vice-rei, viera dar a Maria a certeza do que ela ja pressentirano arrefecimento da paixzo <strong>de</strong> Alexandre, isto 6, o proximo termo do

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!