13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

- Tenente Goncalo Pereira! Quer estorvar-me o gozo <strong>de</strong> umbeijo?. ..- N~o, Sr. Tenente-Coronel, respon<strong>de</strong>u Goncalo; beije mil vezesEduvirges; mas eu nzo direi que Eduvirges 6 mais bela que Maria.- EstB vendo?. .. disse Eduvirges um nnuco ressentida, mas fin-gindo-se calma; - per<strong>de</strong>u o beijo.E voltando-se para Gon~alo Pereira, acrescentou:- O<strong>br</strong>igada, Sr. Tenente; pois que salvou-me da seduc;iio.- Que lan,bida 6 aquela Eduvirges! murmurou outra moCa <strong>de</strong>iguais costumes, ao ouvido do oficial que ficava ao lado.- Mas eu protesto contra a injusti~a <strong>de</strong> que sou vltima, tornouAlexandre Cardoso com palavra ja dif icil pelo excesso das libac8es; protestoduas vezes: primeiro, contra o Tenente, que se improvisa cavaleiro <strong>de</strong> damaque niio d sua; e contra Eduvirges, que me sacrifica B impertinsncia e il abelhudice<strong>de</strong> um cavaleiro que n b e seu.- 0 Sr. Tenente-Coronel esta sem dirvida gracejando, quandofala em impertinencia e abelhudice, respon<strong>de</strong>u Gon~alo, corando.Alexandre Cardoso, muito ocupado <strong>de</strong> Eduvirges, nk ouviu aresposta do Tenente, a quem outros oficiais trataram <strong>de</strong> serenar.- Estou no meu direito, negando-the o beijo, disse Eduvirges,falando sempre em alta voz, e a rir sem saber <strong>de</strong> qu6 ou somente para me-lhor mostrar seus <strong>de</strong>ntes lindlssimos; estou no meu direito, pois quese <strong>de</strong>clarouuma opinib contra mim, e eu exigia por condi~ao todas a meu favor.Alexandre Cardoso insistia ridiculamente.- Agora, Sr. Tenente-Coronel, d Ihe daria um beijo, se diante<strong>de</strong> Maria, o senhor fosse capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar-me mais famosa que eta ...- Sou capaz. . .- Na sua presenca.. . n b creio.0 vinho tinha jB embotado todos os sentimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>zae <strong>de</strong> genero6da<strong>de</strong> no inimo <strong>de</strong> Alexandre Cardoso; pois que ele ousourespon<strong>de</strong>r:- JB estou muito aborrecido <strong>de</strong> Maria. . . tomei-a por vaida<strong>de</strong>, econservo-a por. . . eu sei? por costume.- E fhcil diz8lo aqui;pas diante <strong>de</strong>la. . .- Pois man<strong>de</strong>m-na chamar! exclamou Alexandre Cardoso.Uma das inct5gnitas e supostas velhas ergueu-se, atirou com forqaa mantilha para trbs, e disse:- Eduvirges teve a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> abater Maria sem compreen<strong>de</strong>r asupe<strong>rio</strong>rida<strong>de</strong> da cortesa" formosa, instruida e espirituosa, so<strong>br</strong>e a bonita; mas,ignorante e ru<strong>de</strong> rapariga <strong>de</strong> vida alegre, teve porem essa idhia, e notando ahesitacb <strong>de</strong> Alexandre Cardoso, pisou-lhe com for~a o pe para que ele aolhasse, sorriu-se provocadoramente, e <strong>de</strong>pois fechou os olhos, alongou um

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!