/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

Depois da retirada de Angelo, Maria deixou-se como esquecidana sala, em sombria medita~b.A entrevista confidencial que acabava deter com o mlsero manceboque se prestava a ser instrumento cego e indigno de planos sinistros, indicavabem que um abismo de odiento ressentimento jA separava o coracbde Maria do de Alexandre Cardoso, se 6 que algum dia ela amara verdadeiramenteo ajudante oficial-de-sala; mas a paixa"o deste pela filha de Jer6nimoLirio, explicando muito, n.30 explica bastante os sentimentos que agitavame moviam os dissimulados furores da bela cortesa".Al6m dos ci~jmes e das apreensijes de perda de influencia que essapaixa"o provocava, a vaidade de Maria tinha recebido da m.30 de AlexandreCardoso o golpe mais profundo e doloroso.indispenshvel voltar um pouco atris para se apanhar a pontado f io desta intriga que promete desenvolver-se.No s6culo decimo-oitavo e ainda em principios do atual, erammuito notaveis e curiosas as cerimbniasda festa de Nossa Senhora do RosBrioem diversas capitais do Brasil e especialmente na do Rio de Janeiro.Eram os pretos livres, emancipados, e em grande parte os escravosque tomavam a si as solenidades da devo~b de Nossa Senhora do ROSArio,e os senhores de escravos devotos concorriam por eles com elevadasquantias.0s principais festeiros tomavam o titulo de rei e rainha, e seapresentavam na igreja trajando vestidos magnificos e com sinais e aparatode realeza, tendo corte mais ou menos numerosa de principes e criados deambos os sexos, trazendo tambem vestidos apropriados e As vezes ricamenteextravagantes.Acabada a missa solene da manha", e o Te-DBum ao anoitecer, orei e a rainha de Nossa Senhora do Rosario, com toda a sua corte, danwvampelas ruas ou em tablados, horas inteiras, as suas danps d1Africa, algumas