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/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

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tropolis e para Nova Friburgo. Aqueles lugares eram solidBes, retiros ma1 povoados,para on<strong>de</strong> n50 havia ruas, e apenas azinhagas dificeis, e tinham fama<strong>de</strong> perigosos pela lem<strong>br</strong>an~a dos roubos e assassinatos que algumas vezesali fhcil e impunemente se davam.Bem poucos, bem raros eram aqueles que tinham suas familiasmorando em chacaras. e entre esses contava-se JerBnimo, que provavelmente,como os outros, assim procedia pelo justo receio da insalu<strong>br</strong>ida<strong>de</strong> e dasmoltistias contagiosas que com freqiilncia eram o flagelo da cida<strong>de</strong>.Duas causas principais contribulam para empestar a capital doBrasil: a vala que <strong>de</strong>u ta"o feio nome B rua que apenas ultimamente recebeu o<strong>de</strong> Uruguaiana, em lem<strong>br</strong>anca <strong>de</strong> outra importante vitoria, era vala aberta,imunda, que servia para escoamento das Aguas e para <strong>de</strong>spejos, sendo,portanto, foco perene <strong>de</strong> infecees.0 trhfico <strong>de</strong> africanos escravos ja era entb muito importante; osmiseros filhos d'Africa, guardados em multidb, em <strong>de</strong>positos, <strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong>,propagavam nela suas moltistias, e, sem o pensar, vingavam-se da escravidiio,envenenando os senhores com os germes da peste que espalhavam.0 Con<strong>de</strong> da Cunha acertara <strong>de</strong> combater aquela primeira causa<strong>de</strong> infecc<strong>de</strong>s mortiferas, mandando co<strong>br</strong>ir a vala sinistra com gran<strong>de</strong>s lajes,melhoramento incontesthvel que a ele se <strong>de</strong>ve, embora realizado a alto eviolento pagar <strong>de</strong> sacrif icios pelos particulares, cujos escravos foram tomadosB forca para servicos <strong>de</strong>ssa, como <strong>de</strong> outras o<strong>br</strong>as.Continuava, por6m, ainda a infludncia maligna, mortifera, dos<strong>de</strong>p6sitos <strong>de</strong> escravos africanos no centro da cida<strong>de</strong>, e, pois que o podia, Jer6nimoLi<strong>rio</strong> praticava pru<strong>de</strong>ntemente, conservando a famllia longe dos focos<strong>de</strong> molestias contagiosas.Por isso, sujeitava-se ele a ir todas as tar<strong>de</strong>s, e algumas vezes 3noite, para a chhcara da Gamboa, marchando a cavalo, levando boas pistolase seguido <strong>de</strong> dois pajens prontos para <strong>de</strong>fendl-lo em algum encontro arriscado,por uma azinhaga quase sempre <strong>de</strong>serta, que poucos anos <strong>de</strong>pois se alargousem corrigir sua tortuosida<strong>de</strong> para dar lugar B rua que se charnou do Valongoat6 o ano <strong>de</strong> 1849, em que tomou o nome <strong>de</strong> Rua da lmperatriz emlem<strong>br</strong>anca da passagem que fez por ela, apos o seu <strong>de</strong>sembarque na capitaldo Impb<strong>rio</strong>, a virtuosa senhora que e a augusta esposa do atual lmperadordo Brasil.A azinhaga que dava caminho para a Gamboa, Saco do Alferes eoutros pontos, muito pouco povoados, era, como dissemos, suspeita <strong>de</strong>maus encontros, e dada a hipotese <strong>de</strong> algum caso sinistro, era inlitil gritarali - ah! quem <strong>de</strong>l-rei! - pois que n50 havia socorro possivel da autorida<strong>de</strong>naqueles confins solitaries do Campo,do Rosa<strong>rio</strong>; em tais apertos, cada qua1<strong>de</strong>via contar exclusivamente com os seus prop<strong>rio</strong>s recursos.

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