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/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

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no<strong>br</strong>e do que a riqueza f ilha do trabalho e da economia. 0 homem que assimenriquece, anda e <strong>de</strong>ve andar <strong>de</strong> cabeqa levantada, e e digno <strong>de</strong> servir <strong>de</strong>exemplo aos outros homens.Jer6nimo foi um esposo mo<strong>de</strong>lo para sua <strong>de</strong>dica~b e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>honestksima e d6cil senhora, com quem se casara; viveu feliz e teve <strong>de</strong> suaunik duas filhas: Irene e In&; <strong>de</strong>ra B primeira o nome <strong>de</strong> sua mze, B segundao nome <strong>de</strong> sua esposa; amou-as extremosamente, mas sem comprometercom os carinhos a sua gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pai; a ma"e educou as filhas no sacrh<strong>rio</strong>do lar domestico; ensinou-lhes quanto sabia, a rezar, a coser, e a bordar, atocar o cravo e a guitarra, a danpr o minuete, e danps do tempo, a preparar<strong>de</strong>licadissimos doces, a <strong>gov</strong>ernar a casa e nada mais; nfio sabendo ler,<strong>de</strong>ixou-as na mesma triste ignorlncia.0 pai foi contando os anos, e medindo a altura e o <strong>de</strong>senvolvimentodas meninas, e do<strong>br</strong>ando <strong>de</strong> cuidados logo que as sentiu chegadas Bida<strong>de</strong> em que a natureza revela B jovem mulher uma sirbita revoluq60 na vida,embora a inocgncia nk compreenda nem explique o miste<strong>rio</strong>so segredo,pensou no futuro das filhas, e em pru<strong>de</strong>nte sili?ncio estudou sollcito e perseveranteos costumes e o procedimento dos seus caixeiros, e dos rnais estimadosfez logo a um s6cio em pequena parte dos lucros, a outro guarda-livrosda sua casa comercial.JerBnimo tinha o seu armazbm na Rua Direita, on<strong>de</strong> passava osdias, dirigindo as transac$es; chegava j6 almopdo, Bs oito horas da manha";ao meio-dia em ponto, jantava d ou com negociantes e amigos, que Ihe aceitavama mesa; todos os caixeiros e empregados da casa comercial jantavamB parte; Bs duas horas da tar<strong>de</strong> comeqavam a arrefecer os neg6cios; das trgs emdiante, s6 os havia para os armazbns <strong>de</strong> retalho, e entb retirava-se o negociantepara o seio <strong>de</strong> sua famllia, que morava em uma gran<strong>de</strong> checara daGamboa.Por mais que eu me exponha a nb me perdoarem certas digressgles,teimarei nelas, porque s k indispensdveis para o conhecimento do estadoe dos costumes da cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, no sbculo passado.A retirada didria e constante <strong>de</strong> JerBnimo Ll<strong>rio</strong> para passar anoite na sua chacara da Gamboa, on<strong>de</strong> fazia morar a famllia, era uma das rarasexce~<strong>de</strong>s que em semelhante prdtica se observava na cida<strong>de</strong>.E verda<strong>de</strong> que muitos negociantes e homens ricos possulamchacaras nas vizinhanps do outeiro da Gloria, no caminho <strong>de</strong>pois chamadoRua <strong>de</strong> Mata-Cavalos, e agora RIM do Riachuelo, em mem<strong>br</strong>ia da mais glo<strong>rio</strong>savit6ria e tambbm na Gamboa e no Saco do Alferes; essas chhcaras, porbm,serviam s6 para o pzo dos domingos e.dos dias santificados, que eram muitosate perto da meta<strong>de</strong> do sbculo atual. Entb as famllias faziam os seus farneis,convidavam os amigos e na tar<strong>de</strong>'da vespera dos dias sem trabalho, 16iam para Mata-Cavalos ou para a Gamboa, como atualmente se vai para Pe-

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