13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

JerBnimo Li<strong>rio</strong> era negociante <strong>de</strong> grosso trhfico, <strong>de</strong> bem merecidafama <strong>de</strong> probida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> austeros costumes; portuguls <strong>de</strong> nascimento emuito po<strong>br</strong>e, viera para o Brasil procurar fortuna; sabendo apenas ler e escrevere as quatro especies <strong>de</strong> aritmhtica, comeqara por varredor do armaz6me arranjador <strong>de</strong> fardos na casa comercial <strong>de</strong> outro portuguls que o recebeu;ativo e fiel, agradou ao amo, que nunca <strong>de</strong>ixou, foi gradualmente subindoat6 primeiro caixeiro <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> oito anos <strong>de</strong> labor e <strong>de</strong> provas; no fim <strong>de</strong>doze anos, chegou a socio com direito B terca parte dos lucros da casa etrls anos <strong>de</strong>pois casou com a filha unica do seu patrb, a qua1 viu pela primeiravez no dia do casamento; ainda viveu algum tempo sob a tutela dosogro e por morte <strong>de</strong>ste, que jh era viuvo, herdou-lhe toda a riqueza e ficouClnico representante da casa.No casamento por aquele mod0 realizado haveria que notar amanifesta~go franca do interesse material, servindo <strong>de</strong> base ou razb exclusivada unitio <strong>de</strong> dois cora~ees, <strong>de</strong> um homem e <strong>de</strong> uma mulher que nb se conheciam;mas no shculo passado eram freqiientes os casamentos feitos assim,e nzo havia en60 quem se lem<strong>br</strong>asse <strong>de</strong> censurar essa pratica absurda emuitas vezes fatal; especialmente na no<strong>br</strong>eza e no comdrcio rico a autorida<strong>de</strong>dos pais nb queria em tal ponto reconhecer limites, e amesquinhava at6o extremo a condiq7o da mulher que, aliBs era educada com preciso cuidadopara nb revoltar-se contra a,inaudita prepotlncia; basta lem<strong>br</strong>ar que era<strong>de</strong> regra que as filhas nzo apren<strong>de</strong>ssem a ler e ainda menos a escrever.Se os costumes da Bpoca escusavam a JerBnimo Li<strong>rio</strong> o se ter sujeitadoao casamento com uma noiva a quem nunca tinha visto, nada maishi5 no seu proce<strong>de</strong>r que possa <strong>de</strong>smerecl-lo. E certo que ainda hoje, Bs vezesa inveja, Bs vezes a irreflexzo ou a murmura~b in<strong>de</strong>sculphvel, atiram contraa opullncia <strong>de</strong> quem 'comepra paup6rrimo a lem<strong>br</strong>an~a <strong>de</strong> seus ru<strong>de</strong>s e abatidosserviws no principio da mais afadigosa vida; eis ai o que 6 <strong>de</strong>primiraquilo mesmo que dB direito, que o<strong>br</strong>iga o elogio! Nada mais belo nem mais

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!