13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

eijar e <strong>de</strong> <strong>de</strong>m6nio a cuja tenta~zo se obe<strong>de</strong>ce B for~a <strong>de</strong> encantamento irresistivel.Maria chegara nessa 6poca ao apogeu da sua formosura e B conscihciaexperiente do po<strong>de</strong>r dos seus enfeiti~adores dotes f lsicos.Sem interromper o seu rninuete ela viu entrar Alexandre Cardosoe em vez <strong>de</strong> saudh-lo corn um sorriso, encrespou passageira e levemente ossupercllios e a fronte, como se um ressentirnento do Bnimo Ihe viesse on<strong>de</strong>arnos supercilios e na fronte; logo por6m serenou e seu rosto foi todo, comopouco antes, espelho <strong>de</strong> bonan~a, e c6u <strong>de</strong> alegria.Acabado o minuete no meio <strong>de</strong> palmas batidas em aplauso, conformeera <strong>de</strong> uso, Maria recebeu as sauda~Bes dos rec6m-chegados, e logo<strong>de</strong>pois conduziu todos os seus convidados para a mesa da ceia que foi longae ruidosamente festejada.Entre os <strong>br</strong>in<strong>de</strong>s que se faziarn, falaram todos dos divertimentosda noite, comparando as diversas socieda<strong>de</strong>s dos cantadores dos Reis disputandoso<strong>br</strong>e o merecimento <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las para o ganho da primazia.Cada qua1 referia os epiddios interessantes ou grotescos que haviaobservado; d Maria, um pouco pensativa, ouvia e na"o falava, e AlexandreCardoso e seus companheiros discorriam so<strong>br</strong>e tudo, guardando por6mreserva acerca do tumulto do pBtio do convent0 da Ajuda, porque nb lhesconvinha propalar o improviso inju<strong>rio</strong>so do poeta que atacara o bispo e ovice-rei antes <strong>de</strong> comunicarem a este o indlito caso.hospeda.- Fa~o um protesto, disse Alexandre Cardoso elevando a voz.- Um protesto?- Sim; contra o sil6ncio obstinado da encantadora fada que nos- Ah! disse Maria, interrompendo-o; s b tantos os que protes-tam contra o oficial-<strong>de</strong>-sala do senhor vice-rei, que bem se Ihe po<strong>de</strong> permitirque ele tamb6m proteste alguma vez.Alexandre Cardoso corou e prosseguiu:- Aqui cada urn <strong>de</strong> nos tern contado o que viu <strong>de</strong> melhor e <strong>de</strong>pior nesta noite <strong>de</strong> folia e <strong>de</strong> divertimentos caracteristicos: que viu, que sabee guarda consigo a bela Maria?. . . Aposto que ela dire o que ningukm disseainda, porque seus lindos olhos v&em sempre mais do que os dos outros coma lut divina que radia neles.- Eu?. . . po<strong>br</strong>e mulher que na"o saiu <strong>de</strong> sua casa, o que eu dissesseagora, vinte bocas jB o t&m repetido.- Fale! fale!- V6s outros que ta"o tar<strong>de</strong> chegastes, sois os que ten<strong>de</strong>s mais acontar; tenente-coronet Alexandre Cardoso, capitb Aires <strong>de</strong> Brito, alferesConstlncio Lessa, v6s todos, que chegastes tb tar<strong>de</strong>, dizei-nos: que aconteceupor ai?. . .

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!