13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

aluh, a inocente e refrigerante cerveja do arroz, apregoado nas horas rnaiscalrnosas dos dias <strong>de</strong> verb e em todas as estaq<strong>de</strong>s.0s hurnil<strong>de</strong>s postigos infe<strong>rio</strong>res das casas <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ado serviarnpois principalrnente Bs recatadlssirnas chefes <strong>de</strong> farnilia e I s suas escravas paracharnarern os pregoeiros ven<strong>de</strong>dores <strong>de</strong> todos esses produtos agrlcolas edo industrial, o ru<strong>de</strong> mas util lssirno aluh, que rnuito aproveitavarn Bs famllias.Em todos esses costumes estarnpava-se o atraso e a ru<strong>de</strong>za da socieda<strong>de</strong>colonial do Rio <strong>de</strong> Janeiro; mas indisputavelrnente, se a civilizaqa"~tivesse poupado alguns <strong>de</strong>les, lirnitando-se a <strong>de</strong>struir os peneiros e as gra<strong>de</strong>s<strong>de</strong> pau, e outros sernelhantes, o povo po<strong>br</strong>e pelo menos teria rnais facilida<strong>de</strong>na vida.Ponharnos por6rn <strong>de</strong> parte estas indteis rnern6rias do passado, eno passado sigamos apenas os fatos que servern a0 romance que nos propusernosa escrever.Na rua que agora se charna do Hosplcio e que no Oltirno s6culose charnava do Alecrirn, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ponto em que 6 cortada pela Rua da Valaat6 o Carnpo <strong>de</strong> Santana, levantava-se urna casa <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ado corn sacadas <strong>de</strong>gra<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pau e rneia altura e que na rnadrugada <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1766 sernostrava refulgente <strong>de</strong> luz e ruidosa <strong>de</strong> alegria e <strong>de</strong> festanca.Era a casa <strong>de</strong> D. Maria <strong>de</strong>. . ., notabilida<strong>de</strong> ferninina, que porsua forrnusura, sua in<strong>de</strong>pendancia audaciosa, sua natureza ar<strong>de</strong>nte e indornhvel,suas paix<strong>de</strong>s e seus <strong>de</strong>sva<strong>rio</strong>s fhceis <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Boba<strong>de</strong>la at8 ovice-reinado do Marquds do Lavradio, influiu aigurnas vezes mais do que sepo<strong>de</strong> supor no <strong>gov</strong>ern0 da gran<strong>de</strong> cd6nia portuguesa da Arnkrica.Maria <strong>de</strong>. . ., da mais no<strong>br</strong>e estirpe luso-<strong>br</strong>asileira, no<strong>br</strong>e por seusavbs, rica pela opulancia <strong>de</strong> seus pais, tinha direito a preten<strong>de</strong>r esposo darnais alta hierarquia na colBnia portuguesa; o rnais orgulhoso dos no<strong>br</strong>esrnandados ao Brasil seria apenas igual a ela; a natureza Ihe <strong>de</strong>ra o encanto <strong>de</strong>irresistlvel forrnosura; a fortuna sublirnara esse dorn natural corn a condicbda riqueza e da fidalguia da familia.lnfelizrnente a bela rnulher, que ainda se distinguia pelos encantosdo espirito rnais cultivado do que entb era usual no seu sexo, rnentira Beducar$io e aos exernplos dos seus rnaiores, e nodoara urn norne ilustre: a vai-da<strong>de</strong>, o impeto das paixees, o <strong>de</strong>sprezo do santo <strong>de</strong>ver do recato a tornararnfarnosa, corno as Lenclos e as Ma<strong>rio</strong>n'Delorrne, zornbando da reprovacb pdblicae da repugndncia corn que a olhava a socieda<strong>de</strong>.0 prirneiro arnor <strong>de</strong> Maria <strong>de</strong>. . . foi o segredo da sua perdicb:aos quinze anos <strong>de</strong>ixou-se seduzir por urn rnancebo pouco rnais velho, oupouco rnenos crianca que ela; urn ano tinha jh <strong>de</strong> duraqa"o o seu arnor secre-to e crirninoso, quando foi <strong>de</strong>scoberto pela farnllia que aflitissirna se precipitouem irnpru<strong>de</strong>nte vinganca: o arnante n b foi julgado digno <strong>de</strong> lavar a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!