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/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

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A importencia oficial do homem que d frente dos seus sequazesse atirava contra o povo em procura do orggo do povo, o susto e o terror dasfamllias, o movimento da multidzo que procurava fugir e que se esmagavano lmpeto da fuga, o choro das crianqas, os gritos e clamores das mulheres,os gemidos dh gente que se pisava, e <strong>de</strong> alguns que eram feridos pelas espadasdos agressores, os <strong>br</strong>ados <strong>de</strong> misericordial soltados pelas freiras, o furor<strong>de</strong> muitos do povo que atiravam pedradas so<strong>br</strong>e os oficiais que loucamenteperturbavam a or<strong>de</strong>m do divertimento pQblico produziram assustadora confuszo,e fizeram recear lamenthveis consequkncias.No fim <strong>de</strong> poucos minutos o patio do convent0 da Ajuda estavaquase <strong>de</strong>serto; as freiras tinham-se retirado das gra<strong>de</strong>s; todo o povo conseguirafugir e o oficial-<strong>de</strong>-sala do Vice-Rei Con<strong>de</strong> da Cunha sem ter podido encontraro poeta revoltador via apenas diante <strong>de</strong> si e <strong>de</strong> seus companheiros <strong>de</strong>prazeres e <strong>de</strong> orgia uns oito po<strong>br</strong>es feridos e esmagados que estendidos nochzo <strong>br</strong>adavam por socorro.- Que faremos <strong>de</strong>stes miserdveis? perguntou ao oficial-<strong>de</strong>-salaum dos seus sequazes.- Pois que nenhum <strong>de</strong>les parece ter sido o poeta que nos escapou,<strong>de</strong>ixemo-los, qcte ha <strong>de</strong> haver quem <strong>de</strong>les se ocupe, e vamos acabar anoite, on<strong>de</strong> nos espera melhor folia.0s oficiais retiraram-se e quando n3o se ouviu mais o tinir dasbainhas das espadas, seis homens e duas mulheres <strong>de</strong> mantilha que jaziampor terra foram-se levantando: nenhum <strong>de</strong>les tinha so,frido ferimento grave,nem contus3o que molestasse muito; o mais infeliz tinha recebido um levegolpe na fronte, os outros apenas arra.nh6es sem consequbncia, mas haviamcomo <strong>de</strong> concerto gemido e <strong>br</strong>adado, dolorosa e aflitivamente para se veremlivres do oficial-<strong>de</strong>-sala.Um a um esgueiraram-se os seis homens que nem sequer olharampara as duas mulheres <strong>de</strong> mantilha; estas porkm quando se julgaram sos, levantaram-setambhm, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> observar o pAtio, que acharam <strong>de</strong>serto, disseuma <strong>de</strong>ssas B outra:- Ah! Guido Vaz! fizeste-la bonita! De que escapamos!. . . Senos <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>em, pelo menos eramos expulsos do semind<strong>rio</strong> e tlnhamos fardasas, costas!-outra iaual!. . .- Mas que inspiraflo, <strong>Manuel</strong> Dias! Que <strong>de</strong>cima! Nunca fareiAs duas mulheres <strong>de</strong> mantilha eram dois estudantes do semina<strong>rio</strong><strong>de</strong> S8o Jose!

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