/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

Mas aos proprios pedidores dos Reis nZo se fechavam as casas, epara eles era certa a coiheita de pingues presentes que serviam depois paramultiplicar os jantares e as folgancas dos especuladores da festa, estes por6mtinham ao menos a prud6ncia e bom juizo de se afastarem das boas sociedadesque em caso algum consentiriam em reunir-se com eles.E havia casos de reuniQ das sociedades de cantatas dos Reis.Na cidade do Rio de Janeiro era quase obrigada, era de costumea reuniso dessas sociedades no grande patio do convento de Nossa Senhorada Ajuda. Ali se terminava a festa, a folia de cada uma das duas noites pelasraz6es mais justas e convenientes.Em primeiro lugar essa concentraq50 das sociedades dos Reis nophtio do convento da Ajuda era moda no Jculo passado e a moda 6 lei; emsegundo o presepe do convento da Ajuda passava por ser o mais famoso oupelo menos um dos mais famosos da cidade, e portanto atraia numerosaconcorr6ncia; em terceiro as freiras da Ajuda eram, como ainda hoje o szo,habil lssimas e delicadas mestras de doces e de empadas, que entCo nb poupavamao regalo das sociedades, que recebiam os presentes em tabuleiros ebandejas cobertas com riqulssimas toalhas perfumadas; em quarto e ~lltimolugar era de costume que o pdtio do convento da Ajuda se transformassenessas noites em outeiro po6tico; as freiras que estavam as grades davammotes e muitos bons e maus poetas glosavam de improviso.Por todas estas razdes as boas sociedades de cantatas dos Reis sese reuniam de acordo no patio do convento da Ajuda, quando muito al6mda meia-noite haviam terminado as suas visitas e cantatas de obsequio, e nessepaitio cada'uma delas por sua vez entoava seus cantos, e todas em amigaefusb dan~avam alegremente.