/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br
/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br
/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
modas usadas pelos rims senhores.0 Con<strong>de</strong> da Cunha sorriu-se levemente, contemplando a espl8ndidaassembldia, e pareceu satisfeito <strong>de</strong> encontrar em um dos camarotes JerdnimoLl<strong>rio</strong> com a mulher e as filhas, tendo ainda a seu lado o velho AntanioPires e o jovem Isidoro, trajando com a mais perfeita eleglncia;turvou-se pordm um pouco, notando em um dos camarotes, Clltimo obsdquioque Alexandre Cardoso fizera trOs dies antes, a muito conhecida el embore,formoee cortesl Maria <strong>de</strong>. . .Deslum<strong>br</strong>ante <strong>de</strong> beleza, esmeradamente vestida, e trazendo emj6ias uma riqueza afrontosa, Maria era como um sol a radiar naquela noite.Causava pena a lem<strong>br</strong>anga da vida licenciosa daquela mulherverda<strong>de</strong>iramente encantadora! S6 a virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>via ser bela assim.0 vice-rei, que procurou informar-se <strong>de</strong> quem partira o oferecimentodo camarote a mulher reprovada, mostrou-se indiferente, sabendo averda<strong>de</strong> da pr6pria boca <strong>de</strong> Alexandre Cardoso.- Eu o <strong>de</strong>sculpo, disse; tratava-se <strong>de</strong> festa, e n b se encontrariaflor mais linda.Representou-se a 6pera - Labirinto <strong>de</strong> Creta - do Ju<strong>de</strong>u, isto 6,do poeta fluminense Antanio Jose da Silva.A representag50 teatral que comegara As sete horas terminou i s<strong>de</strong>z e meia da noite.As onze horas serviu-se a ceia no palhcio: f oi ceia <strong>de</strong> vice-rei, ostentosa,riqulssima, porbm comprimida pela etiqueta, e abafada pelagravida<strong>de</strong>.A mesa imensa chegara todavia para os convidados, entre osquais se contavam n5o poucas senhoras.A famllia <strong>de</strong> Jerbnimo Ll<strong>rio</strong>, e os doisarnigos, AntBnioe Isidoro,que a acompanhavam, estavam presentes.As onze horas e meia da noite acabou a ceia.Reunida a socieda<strong>de</strong> em outra sala, o Con<strong>de</strong> da Cunha dirigiu-sea Jerbnimo Ll<strong>rio</strong>, mostrou-lhe um cravo. e perguntou-lhe se lsidoro quereriaprestar-Se a cantar.0 <strong>de</strong>sejo do vice-rei era um <strong>de</strong>creto.lsidoro cantou; mas <strong>de</strong>licado e conveniente escolheu para executarmClsica apropriada B cerimoniosa festa.Desejoso <strong>de</strong> obsequiar o Con<strong>de</strong>.da Cunha, e um pouco vaidos6 domerecimento <strong>de</strong> suas filhas, Jerdnimo ofereceu faz8-las ouvir.Irene cantou melanc6lica e suavemente a mais terna das suasmodinhas.In&, ignorante <strong>de</strong> etiquetas, sem a inspiraglo das conveniancias<strong>de</strong> uma festa oficial, sem que a tivessem prevenido do que Ihe cumpria fazer,escslheu para cantar o que melhor sabia, e com que mais gabos ganhava: