13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Maria <strong>de</strong>ixara preocupada e aflitlssima o carpinteiro MarcosFulgbncio, <strong>de</strong> cujo vingativo empenho fora ela a pr6pria provocadora.Maria na"o era celerada, e a id6ia <strong>de</strong> um assassinato a horrorizava;mais ainda al6m disso, o crime que Marcos Fulg6ncio premeditava, <strong>de</strong>via emtodas as hip6teses contrariar as tramas que ela enredava para sacrificarAlexandre Cardoso.A <strong>de</strong>speito das instiincias <strong>de</strong> Maria, e das legrimas <strong>de</strong> Fernanda,o carpinteiro fora tomar o seu posto na rnanha" <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> marpo, e com ama"o no peito, on<strong>de</strong> trazia a pistola, esperava o vice-rei.As onze horas da manha" em ponto, o grito da guarda e a contin6nciados soldados anunciaram a presenqa do Con<strong>de</strong> da Cunha, que mostrou-se,e avanqando para o cavalo, pas o p6 no estribo.Aclamaq6es gerais saudaram o vice-rei.E Marcos Fulgbncio fez tal movirnento com a ma"o que trazia-aopeito, que rebentou alguns bot6es da v6stia; mas a mulher <strong>de</strong> mantilha queestava a seu lado imediatamente lanqou-se diante <strong>de</strong>le, e disse-lhe em vozbaixa:- N b quero. . . nZo quero. . . isso!Marcos Fulggncio recuou um passo e quando reconheceu Mariana mulher <strong>de</strong> rnantilha, jB o Con<strong>de</strong> da Cunha estava longe.- Oue pretendia fazer este homem? perguntou o padre que pertose achava.- Atirar este ramalhete <strong>de</strong> flores so<strong>br</strong>e o vice-rei, disse Maria,apresentando urn ramalhete ao padre.- Pois era isso?- E entzo? o fogoso cavalo em que vai o senhor Con<strong>de</strong> daCunha po<strong>de</strong>ria espantar-se, e talvez acontecesse algum infortlrnio.0 padre voltou-se, e dai a pouco a rnulher <strong>de</strong> mantilha seguiapar e passo o carpinteiro que <strong>de</strong>ixara a posi~Zo que, para tentar contra a vidado Con<strong>de</strong> da Cunha, havia tomado.Marcos Fulgbncio seguiu em direqb B praia, e quando se achoubastante afastado da multida"~ para n5o ser ouvido, volto~-se para Maria eperguntou-lhe irado:- Que tem a senhora corn o meu proce<strong>de</strong>r e com o meu<strong>de</strong>stino?- Em todas as hip6teses faria o que fiz; mas nesta, o sangue <strong>de</strong>rramadodo vice-rei cairia tamb6m so<strong>br</strong>e a minha cabe~a; porque fui eu queacendi a sua vinganqa.-. EstB bem, senhora, jB cumpriu o seu <strong>de</strong>ver; agol'a <strong>de</strong>ixe-me empaz.- NZo.0 carpinteiro travou do <strong>br</strong>aqo <strong>de</strong> Maria, e com um rir feroz:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!