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0 Tenente Gonqalo Pereira, instado por Alexandre Cardoso paraacompanhi'i-lo i casa de Maria, nZo ousou resistir ao convite; a resistbnciapudera despertar uma de duas suspeitas: ou que ele se arreceava de mostrarseao lado do ajudante oficialde-sala, ameaqado pela adversidade, ou que Iherepugnava a casa de Maria, que ali5s at6 entZo freqiientara, o que exporia Adesconfian :a a cortesa" a quern devia generosidade.Era assim que na alegre reunib, Alexandre Cardoso cala is ve-zes em irresistlvel meditaqa"~, e Gonqalo ma1 disfarqava a sua tristeza.-. Lundu novo! exclamou uma linda rapariga, levantando-se etomando a viola.- Por que nZo ao cravo?- 0 cravo 6 mais nobre, pertence as xi'icaras e as baladas; olundu 6 mais plebeu e cabe de direito B viola, que 6 o instrumento do povo.- Venha pois o lundu.A moqa cantou:Graqas ao Conde da Cunha,Ao bando casamenteiro,Acham noivos raparigasSem beleza e sem dinheiro.Em um mQ se acabamAs moqas solteiras,0 s noivos recorremAs velhas gaiteiras.Pra muitos que sobram,Soltar va"o as freiras,Dos recolhi~nentosSaem prisioneiras.
E as qu'em vb amavam,E as que lastimavamA sorte, que o feio, cruel celibatoTb mau lhes impunha,E as mocas sem dote, e as velhas e as freirasQue B luz se escondiam, corujas do mato,Sb hoje devotas e noivas festeirasDo Conde da Cunha.Coma esta, mais cinco ou seis coplas cantou a bonita rapariga nomeio de vivos aplausos.Depondo a viola, disse ela a rir:- Todos me aplaudiram, menos o senhor tenente-coronel, quepensa no dia de amanha", e o senhor tenente Gonpalo, que estA triste, cornsaudades do dia de ontem!- N k 6 isso, exclamou Maria; o Sr. Alexandre Cardoso e o Sr.Goncalo Pereira estb aflitlssimos, porque ambos me pediram em casamento,e a ambos me recusei.- Querem ver que tivemos medo de assentar prap! disse AlexandreCardoso.- N k; mas o vice-rei vai mandar proclamar outro bando, condenandoA perda de seus postos os oficiais solteiros que n8o se casaremprontamente.- Em tal caso, pedirei a minha demissa"~.- Pois, Sr. tenente-coronel, apresse-se antes que Iha d8em.Alexandre Cardoso perturbou-se, lembrando-se da confidanciade Gon~alo Pereira.Maria voltou-se para o tenente, e perguntou-lhe:- E o senhor tambbm pretende pedir a sua demissio?Gonvlo ficou corn olhos flamejantes a cortesa" e disse:- JB dei-a.Maria corou de leve, sentindo o golpe que recebera; acrescentou,porbm, logo:- E como conserva e traz a farda e as divisas?- Estas s b as do regimento novo, e foi de oficial de outro corpoque me demiti.- Entb de qual?- Do regimento dos escravos do vlcio.- Ainda bem que a sua presenp aqui indica que esta casa nb 6quartel desse regimento, respondeu Maria, contendo-se.Alexandre Cardoso comepva a prestar aten~a"~.A cortesz, ferida rudemente em sua vaidade, tornou, dizendo:- Que sirbita regeneraflo! 0s arrependidos assim, ou ficam san-
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SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURACons
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Entre Vhs, Sombras e DesejosMaria C
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Foi um poeta infeliz0 que h8 pouco
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D. Ant6nio Alvares da Cunha, conde
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JerBnimo ficou um pouco confuso.- R
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XIXEram seis pessoas 8 mesa de um e
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Ouviu-se dai a pouco uma praga do v
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Enquanto na sala do interior fervia
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- Asseguram-me que sou bonita e sei
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A voz de lsidora era um contralto a
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da sua visita para dar-me uma ordem
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XXXMarcos Fulgdncio voltava do trab
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dante o oficial-de-sala me salvari
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-. Por que me incomoda? perguntou o
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Em sua afli~Zo pela perda dos impor
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