13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

duvidoso que prece<strong>de</strong> a ern<strong>br</strong>iaguez; quatro tiravarn-lhe a conscigncia.Germiano bebeu, pois, tr&s garrafas <strong>de</strong> vinho e saiu a passear;tornou a direqzo do rnorro do Desterro e corneqou a subi-lo, passou al6rn doconvento e, reconhecendo, pelas indicaqces, a casa que procurava, paroudiante <strong>de</strong>la, introduziu na garganta dois <strong>de</strong>dos para provocar urn v<strong>br</strong>nito e<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que conseguiu esse indlcio da ern<strong>br</strong>iaguez, que pretendia sirnular, <strong>de</strong>ixou-secair contra a porta da casa e, estirado no chb, pbs-se a gerner pungenternente.A porta da casa a<strong>br</strong>iu-se, e uma rnulher e urn soldado, que traziaurn lenqo atado B cabeqa, aparecerarn.A rnulher disse:- E urn bgbedo.0 soldado curvou-se um pouco, exarninando o rosto <strong>de</strong> Gerrniano,e exclamou:- E o cb do vice-rei, 6 o patife do rnundo, que hoje bebeu pelornenos urn garrafb <strong>de</strong> vinho!- Manda esse rnaroto para a porta do convento, disse outra voz,que partia do inte<strong>rio</strong>r da casa.- Era precis0 que o borracho tivesse pernas; aqui na"o hh que hesitar:ou atirar corn o cb do vice-rei pela escarpa do morro abaixo, levandoa cabeqa que<strong>br</strong>ada e sern rniolos, ou recolh6-lo e trath-lo corno amigo; estebiltre B czo capaz <strong>de</strong> rnor<strong>de</strong>r, e ao cb <strong>br</strong>avo, ou cornpra-se a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, ournata-se <strong>de</strong> urna vez.lsto dizia da porta o soldado que, entrando e conferenciandocorn os carnaradas, voltou corn a rnulher e arnbos carregararn para <strong>de</strong>ntroGerrniano, a quern esten<strong>de</strong>rarn em urna esteira velha.0 rnudo dorrniu ou fingiu dormir longas horas, at6 que, <strong>de</strong>spertandoe sentando-se na esteira, olhou espantado em torno <strong>de</strong> si.- Esths em casa <strong>de</strong> arnigos, Gerrniano, disse-lhe o soldado quetrazia o lenqo B cabeqa; tornaste solene bebe<strong>de</strong>ira, corno Bs vezes nos acontece,e o senhor vice-rei nb ficarh rnal contigo por isso.Gerrniano pbs-se a custo <strong>de</strong> joelhos e levou urn <strong>de</strong>do a boca, pedindosegredo do excess0 <strong>de</strong> vinho que o levara B ern<strong>br</strong>iaguez.- Urn dia nio s b dias, e urna rnk lava a outra: tu te ernbebe-daste por exceqa"~ e n6s te socorremos; torna nota disto, e olha bern paran6s a fim <strong>de</strong> que, lern<strong>br</strong>ando as caras, nb esqueqas a gratidb.0 rnudo tornou a <strong>de</strong>itar-se e adorrneceu.S6 no dia seguinte, pelas <strong>de</strong>z horas da manha", Gerrniano entrou,<strong>de</strong> volta, no palhcio; mas apenas entrou, foi direito ao gabinete particular dovice-rei.- JA sabes tudo? perguntou-lhe o con<strong>de</strong>.0 rnudo fez sinal afirrnativo.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!