13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

al <strong>de</strong> reprova~iio do <strong>gov</strong>erno do Con<strong>de</strong> da Cunha, e tomava parte consiaeravelna oposiqa"~ <strong>de</strong> murmuraq6es e <strong>de</strong> acerbas censuras.E nb se tenha em pouco essa oposiqSo feminil; po<strong>de</strong> muito a diiriae insistente pregaczo da mk, da esposa, dasfilhasedas irmzs, quefalam livrementeem casa, e que sabem convencer agradando, ameigando ou chorando;e podiam muito as senhoras, que, arriscando-se menos que os homens Aspersegui~aes da autorida<strong>de</strong>, cantavam ao cravo, ou l guitarra e l viola, oslundus e as cantigas corn alus6es epigramaticas ao Con<strong>de</strong> da Cunha, ao seuajudante oficial-<strong>de</strong>-sala, e aos abusos e escindalos que se observavam.0 que al6m <strong>de</strong> tudo isto preocupava alguns esplritos, e nenhumexplicava, era uma notivel modifica~b nas praticas do <strong>gov</strong>erno do Con<strong>de</strong> daCunha, que sempre suspeitoso e violento, esmagava com pronto castigo e sistemaiticaopresszo as mais leves <strong>de</strong>monstrafies <strong>de</strong> censura ou <strong>de</strong> reprovaqZodos seus atos, e que entiio por tolerdncia, ou por <strong>de</strong>sprezo, <strong>de</strong>ixava livre cursois queixas do povo, na"o or<strong>de</strong>nara prisiio alguma!l e nem ao menos fizeraperseguir algum suspeito <strong>de</strong> fixar ou espalhar os pasquins, em que alias era' ele o mais injuriado.Mas nem por essa generosida<strong>de</strong> o vice-rei era poupado ou aindapor essa ostentaeo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sprezo do povo murmurador; o povo se mostravacada dia mais hostil a ele, nb Ihe perdoando a im'punida<strong>de</strong> <strong>de</strong> AlexandreCardoso, que alias se exaltava corn a sua confian~a, sendo conservado nocargo <strong>de</strong> ajudante oficial<strong>de</strong>-sala.Era esta a situacb da capital do Brasil-ColBnia nos hltimos diasda primeira quinzena do mb <strong>de</strong> marqo, quando o vice-rei mandou anunciarsolene parada dos regimentos <strong>de</strong> linha e auxiliares ou <strong>de</strong> millcia da cida<strong>de</strong>,para 19 do mesmo mgs, ou dia <strong>de</strong> S b Jose, santo dolnome do rei.Evi<strong>de</strong>ntemente a festa n80 era feita ao hem-aventurado do cbu, esim ao bem-aventurado da terra.Na manha" seguinte o pasquim disse:0 nosso Con<strong>de</strong> da CunhaNem do c6u respeita a lei;No furor da adula~bFurta do santo para o rei.Tem razz0 o Vice-Rei;A conscidncia o aterra;Descr6 os santos do c6u,Agarra-se ao rei da terra.0 Condq da Cunha, se leu ou teve conhecimento <strong>de</strong>ste pasquim,<strong>de</strong>sprezou-o, como <strong>de</strong>sprezara outros.No meio <strong>de</strong>ste pronunciamento <strong>de</strong>.<strong>de</strong>sgosto geral, Jer6nimo seI1I'

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!