13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

era insulto e crime punidos imediatamente e com <strong>de</strong>scomedimento <strong>br</strong>utal.E, pior ainda, era ponto incontroverso a impunida<strong>de</strong> do ajudanteoficial-<strong>de</strong>-sala e dos protegidos do vice-rei que atentavam contra a honradas familias, <strong>de</strong>srespeitando a inocgncia <strong>de</strong> donzelas, a honestida<strong>de</strong> <strong>de</strong> esposas,e o recato <strong>de</strong> vilivas.De duas <strong>de</strong>stas acusac6es o Con<strong>de</strong> da Cunha <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u-se, confessa@o-seenganado, e <strong>de</strong>scarregando as cul~as da corruqb por dinheiro e<strong>de</strong>pravaczo por lux~ria so<strong>br</strong>e o ajudante oficlal-<strong>de</strong>-sala, tenente-coronel doregit;7ento velho, que se chamava Alexandre Cardoso <strong>de</strong> Meneses, e a quem<strong>de</strong>spediu ma1 recomendado para Lisboa.Mas a ta"o in fames crimes nlro bastava esse simples banimen to, ea suavida<strong>de</strong> do castigo dado por quem tifb severo com todos se mostrava,nlro e'<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> proveito e <strong>de</strong> convincente <strong>de</strong>fesa para a memoria do Con<strong>de</strong>da Cunha, que aliss foi <strong>de</strong> improviso, sem que o esperasse, e menos airosamentesubstituido em novem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 1767 no vice-reinado do Brasil peloCon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Azambuja, o que indicia que o Marqutrs <strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong>sagradou-seda sua administrac50.Como quer que seja, Alexandre <strong>de</strong> Meneses, o ajudante oflclal<strong>de</strong>-sala,foi a asa-negra do vice-reinado do Con<strong>de</strong> da Cunha.Como escrevemos sempre e somente para aqueles que sabemt3o pouco que ainda sabem menos do que nds, e nlro para aqueles que nospo<strong>de</strong>m ensinar, vamos, porque isso e' preciso. dizer o que era e o que podianaqueles tempos o ajudante oficial-<strong>de</strong>-sala do vice-rei.A melhor lie& e' o exemplo, e' dizer o que nos nossos dias e nosnossos costumes correspon<strong>de</strong> hoje iquele cargo da epoca colonial.0 exemplo e a explicapZo saem ingenuarnente e sern maliciaalguma.0 ajudante oficial-<strong>de</strong>-sala do vice-rei era enta"o o que e' hoje emdia o oficial-<strong>de</strong>gabinete do ministro <strong>de</strong> Estado ou do presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> provhcia.Ora, o oficial-<strong>de</strong>gabinete e' meio ministro e meio presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>provincia, e ;Is vezes n$o e' meio, e' todo, e sern responsabilida<strong>de</strong> perante osjuizes daqueles <strong>de</strong> quem esta' na confianqa: era tal e qua1 assim o aiudanteoficial-<strong>de</strong>-sala do vice-rei.0 rnais hurnil<strong>de</strong>, e espec~almente os mais hurnil<strong>de</strong>s dos preten<strong>de</strong>ntesdo nosso tempo sabern <strong>de</strong> quantos milagres e <strong>de</strong> quantos abusos e'capaz urn oficial-<strong>de</strong>gabinete, que sendo hdbil torna-se em vez <strong>de</strong> miSo direitado ministro ou presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> provincia, cabe~a e drbitro do rninistro oupresi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> provincia que for rnenos hdbil que ele.E dso-se casos em que a ilustracb e supe<strong>rio</strong>res habilitaqc4es doministro ou do presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> provincia ce<strong>de</strong>rn i firrneza e B energia dooficial-<strong>de</strong>-gabinete que ou pela simpatia e confianp que inspira, ou pela in-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!