13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Fale, minha no<strong>br</strong>e senhora.- Vou ferir-lhe o coraqa"~; tenha por6m pacibncia para ouvir-meat6 o fim e estou certa <strong>de</strong> que se enten<strong>de</strong>r6 comigo.0 carpinteiro cruzou os <strong>br</strong>aqos so<strong>br</strong>e o peito.- 0 senhor tem sido piedosamente enganado por sua mulher esua filha. . .- Perdb, minha no<strong>br</strong>e senhora! mas. . .Marcos Fulg6ncio queria dizer, por6m ngo disse - ngo creio;porque viu a perturbacgo e o susto <strong>de</strong> Fernanda e <strong>de</strong> Emiliana.Maria continuou impavida:- Quando na noite do incgndio da sua casa, o senhor foi levadoquase moribund0 para a Santa Casa <strong>de</strong> Miseric<strong>br</strong>dia, sua virtuosa mulher correuem <strong>de</strong>sespero, on<strong>de</strong> Ihe levavam o esposo. . .- E Emiliana?- Ficou na casa a: ruinada da velha perversa, que <strong>de</strong> surpresa <strong>de</strong>ua notlcia da sua morte B filha infeliz, que soltou um grito e <strong>de</strong>smaiou. . .- E <strong>de</strong>pois?. . .- A velha introduziu no quarto on<strong>de</strong> estava sua filha um oficialmilitar, e fechou a porta,- Alexandre Cardoso! <strong>br</strong>adou Marcos Fulgbncio, levantando-se.- Ele mesmo, que abusou da inocente que estava <strong>de</strong>smaiada.Marcos Fulg6ncio agarrou com forca nos punhos <strong>de</strong> Emiliana,o<strong>br</strong>igando-a a encarh-lo e perguntou-lhe com os <strong>de</strong>ntes cerrados:- E verda<strong>de</strong>?A filha respon<strong>de</strong>u, gemendo.- E verda<strong>de</strong>.0 carpinteiro largou a filha, e fu<strong>rio</strong>so, disse B mulher:- Abandonaste Emiliana!. . .- E tu que morrias?!!! exclamou Fernanda.- Sabias que o malvado tentava seduzir nossa filha!- E tu que morrias?!!! repetiu a esposa com veemhcia.- Devias <strong>de</strong>ixar-me morrer! disse Marcos FuIgGncio com raiva.- E tu me <strong>de</strong>ixarias morrer?0 carpinteiro voltou-se para Maria e perguntou-lhe:- Que mais?. . .- Tenha a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentar-se, disse sossegadamente Maria.Marcos Fulgbncio levou as mzos calejadas B fronte, e soltandoum gemido <strong>de</strong> leg0 ferido, sentou-se:Maria prosseguiu com horrivel frieza:- Contei-lhe em resumo, a verda<strong>de</strong>ira hist<strong>br</strong>ia da sua maior<strong>de</strong>sgra~a: aquela menina foi vitima inocente, e sua mulher, tgo culpada porabandon6-la, como o senhor foi culpado por cair, lanqando golfadas <strong>de</strong> san-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!