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/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

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men re, vindo a morrer no dia 1 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1763.0 Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Boba<strong>de</strong>la fora muito amado pelos <strong>br</strong>asileiros e comespecialida<strong>de</strong> pelos fluminenses, a estes por6m a lem<strong>br</strong>anga <strong>de</strong>sse amor nfioserviu <strong>de</strong> escudo contra os golpes do asperrimo rigor do vice-rei, que incessantelem<strong>br</strong>ava a morte <strong>de</strong> Boba<strong>de</strong>la, e por isso agradava sempre a opresst70em que <strong>de</strong>sconfiado tinha o povo.E prova'vel que tambem urna sinistra medida tomada pelo <strong>gov</strong>erno<strong>de</strong> Lisboa e executada pelo Con<strong>de</strong> da Cunha concorresse muito para o<strong>de</strong>sgosto profundo que causou a sua administra~b.Ou porque se quisesse prevenir o muito <strong>de</strong>scaminho do ouro empd e em folhetas, ou porque, como parece mais verda<strong>de</strong>iro, se resolvesse sobaquele pretexto sacrificar os interesses legitimos dos colonos aos interessesegoistas dos ourives da metropole, a Carta Rggia <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1766mandou extinguir o o ficio <strong>de</strong> ourives nas capitanias <strong>de</strong> Minas Gerais, Rio <strong>de</strong>Janeiro, Bahia e Pernambuco, e foi o Con<strong>de</strong> da Cunha o infeliz executor<strong>de</strong>sse assassinate da ourivesaria que principalmente no Rio <strong>de</strong> Janeiro tinhachegado a um grau <strong>de</strong> perfei@o que excluia o concurso dos produtos respectivosda metropole.A Carta R6gia <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1766 era a po<strong>br</strong>eza para muitos,e a iniquida<strong>de</strong> para todos. Um castigal <strong>de</strong> prata amassado, urna colher <strong>de</strong>prata que<strong>br</strong>ada, urna jdia <strong>de</strong> ouro precisando <strong>de</strong> conserto, <strong>de</strong>viam ou per<strong>de</strong>rse,ou ir pedir conserto a Portugal.0 <strong>gov</strong>erno <strong>de</strong> Lisboa sentenciara i3 morte a ourivesaria do Brasil,e o Con<strong>de</strong> da Cunha era o algoz que en forcava a vitima no patibulo levantadopelo <strong>de</strong>spotismo.Ora, em fato <strong>de</strong> execug'o <strong>de</strong> sentenga <strong>de</strong> morte, dos juizes semaldiz, mas do carrasco tem-se horror.Ao Con<strong>de</strong> da Cunha so<strong>br</strong>eveio quase no fim do seu <strong>gov</strong>erno essain felicida<strong>de</strong>.Mas urna outra ainda maior o perseguiria <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1763.Era opinigo corrente e averiguada que muitas vezes e em muitoscasos a bolsa aberta em segredo poupava vexames e ate' iludia a justiga dovice-rei.EscZndalo t30 revoltante ajuntava-se i3 experi6ncia <strong>de</strong> extors6esdo fisco sem regra, as cruelda<strong>de</strong>s do mais arbitrii<strong>rio</strong> e atroz recruramento,que <strong>de</strong>ixava mges vilivas e irmzs drfds ao <strong>de</strong>samparo, filhos sem pais e esposassem maridos, os atentados contra a proprieda<strong>de</strong>, e contra a liberda<strong>de</strong> individual,privando-se em proveito das o<strong>br</strong>as pliblicas os senhores dos servigos<strong>de</strong> seus escravos, e coagindo-se homens livres, sob pretexto <strong>de</strong> que eram vadios,a ir trabalhar nas o<strong>br</strong>as do rei.Tudo isso se mandava e tudo isso se cumpria com energia tirsnica,e sem que houvesse para as vitimas o direito <strong>de</strong> queixa; porque a queixa

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