13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

- Meninas! Corram por ai, v b correr-me a casa. . . se forem capazes,adivinhem on<strong>de</strong> 15 o meu quarto <strong>de</strong> dormir, e se o adivinharem, entrem,e achargo dois irmzos muito parecidos, que guar<strong>de</strong>i para vocbs. . .As meninas, tendo consultado os olhos <strong>de</strong> sua mse, levantaram-se, correram para <strong>de</strong>ntro, e em <strong>br</strong>eve t~rncram A sala, trazendo cada uma nos<strong>br</strong>a~os um pequenino, <strong>br</strong>anco, felpudo e lindo cachorrinho.Antbnio andava as tontas pela sala.- Tu <strong>de</strong>itas-me a per<strong>de</strong>r as meninas, disse-lhe Jer6nim0, comovidopelo jubilo do amigo.- Vais ralhar em tua casa, velho enfezado.- Queres ver e apreciar o que tens feito?. .- Quero; vamos a isso.Jerbnimo chamou as filhas e or<strong>de</strong>nou que fossem cantar.Irene cantou, tremendo, e talvez por isso com maior efeito, umamodinha <strong>de</strong> musica suave e melancblica.!n&s cantou dois lundus com arrebatadora graca.Uma e outra mereceram gerais e sinceros aplausos.- Se foi assim que eu <strong>de</strong>itei-as a per<strong>de</strong>r, his <strong>de</strong> pagar-me o maleficio corn juros acumulados, disse Antbnio a Jerbnimo.Comecaram as dan~as, <strong>de</strong>pois outras senhoras cantaram, renovou-sea danca, os dois li<strong>rio</strong>s cantaram outra vez, instavam com lsidora paratamMm cantar, quando se anunciou prbximo o prkstito da serraciio dawe1 ha.Todas as senhoras correram para as janelas.Por acaso - quem sabe, se por acaso? - In& achou-se junto <strong>de</strong>lsidora, e afastada <strong>de</strong> sua miie.- Por que n5o quer cantar? perguntou lnbs a Isidora.- Porque prefiro ouvi-la.- Mas po<strong>de</strong> ouvir-me, e <strong>de</strong>ixar-se ouvir.- Depois que a vi e a ouco, jd nzo sei cantar: preparo-me somentepara chorar. . .- Por qu&?- Porque a amo. . .- Mas eu tamb6m a amo, e muito!. . .- Inks. . . Sinhazinha!. . .- Somos duas moCas e quase da rnesma ida<strong>de</strong>: que amor rnaisinocente e puro?. . . o irnico, que nZo po<strong>de</strong> fazer chorar. . .lsidora curvou a cabeca e rocou com os lsbios a m b <strong>de</strong> In&s queestava so<strong>br</strong>e o parapeito da janela.Ink estremeceu e corou sem saber por que, recebendo aquelefugitivo beijo.lsidora como que se arreceou da comocab da inocente menina, e

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!