/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

Na chlcara da Gamboa, continuara sem a mais leve perturbaqba vida suave e tranquila da famllia de JerBnimo Llrio; tip0 das famllias decostumes severos do tempo colonial, principalmente do irltimo skculo observavaas regras adotadas com precisb, mas sem constrangimento, porque aeducaqb passada de pais a filhos as tornara flceis e como que naturais.Assim, JerBnimo Llrio, o chefe, dirigia exclusivamente os neg6-cios e neles resolvia tudo sem consulta anterior e sem conhecimento posteriorda Sr? In&; esta governava absolutamente na economia dombstica, noque o marido s6 intervinha, quando a mulher precisava do seu concurso;cada uma das duas filhas por sua vez fazia semana subgovernando e dirigindotodos os serviqos dom6sticos debaixo das vistas de sua mZe, cada umatinha sua escrava particular que costurava e engomava seus vestidos e a serviano quarto; os costumes dessas escravas eram especialmente zelados. As duasmeninas nZo falavam a pessoa estranha, senb em presenqa de seus pais, enunca passeavam nem se mostravam s6s.0 cuidado do futuro da familia pertencia a JerBnimo, que diriaoito dias antes do casamento os nomes dos noivos de suas filhas a sua mu-Iher: mais ainda em segredo; porque bastava que as noivas os soubessem nav6spera do enlace nupcial.Entretanto JerBnimo teve de fazer uma exceqk a esta Qltimaregra do absolutismo logo depois da retirada na noite da segunda-feira deentrudo. Ele se lembrara de que na tarde antecedente In& o confundira, dizendo-lhe:"Sou m& que v3 mais e que adivinha antes de ti o que mais tardeIhe escondes para poupar-lhe cuidados".Sem contestaq6es lnds tinha-se referido i s pretensces de AlexandreCardoso i m k de sua filha mais moqa, e pois era justo que soubesse oque sem quebra do sigilo convencionado, podia JerBnimo comunicar-lhe dasua conversa@o particular com o Conde da Cunha.Chegando ao seu quarto, o negociante disse B Sr? In& que oesperava: