13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

- Menina, disse a mulher <strong>de</strong> mantilha, sua tia tem razZo; o seumister nesta casa 6 uma tarefa <strong>de</strong> anjo <strong>de</strong> carida<strong>de</strong>.- Oh! nzo, minha senhora, 6 apenas o pagarnento <strong>de</strong> uma dlvida<strong>de</strong> gratidZo, e o cumprimento da santa lei do arnor do pr6xirno.A mulher lanqou a mantilha no banco <strong>de</strong> pau, on<strong>de</strong> estivera sentadae mostrou seu rosto <strong>de</strong> peregrina beleza e seu corpo <strong>de</strong> suaves e rnaravilhososcontornos.Erniliana conternplou-a adrnirada;- corn ingenuida<strong>de</strong> que valeurnais que todas as lisonjas dos salBes elegantes, foi atiqar a can<strong>de</strong>ia, e voltoua conternplar <strong>de</strong> novo a senhora.- Como 6 formosa, rninha senhora!. . . disse ela.Maria <strong>de</strong>. . . a<strong>br</strong>aqou Emiliana, beijou-a em ambas as faces erespon<strong>de</strong>u:- A menina po<strong>de</strong>, sem inveja, como o faz, reconhecer a beleza<strong>de</strong> qualquer mulher; porque a nenhurna ce<strong>de</strong> em Iin<strong>de</strong>za.Emiliana confundiu-se, e abaixou o rosto.- Mas eu precisava rnuito falar a Cl6lio hias!- I! impossivel, minha senhora. . .-Oh!. . . se a menina soubesse. . .- Dbi-me rnuito repeti-lo; mas o licenciado nZo quer, e eu Sourespons4vel. . .Maria interrompeu Erniliana, tornando-lhe a mZo e levando-a pa:ra o corredor, on<strong>de</strong>, falando-lhe ao ouvido, rnurrnurou:- Silbncio!. . . nern urna exclamaqb, nem urn grito, ou <strong>de</strong>spertarssuspeitas. . .Erniliana tremeu e prestou atenqk.Maria continuou, segredando:- Nps somos irm9, e sob este teto hB trbs vltimas, e trb inirni-.gos do mesmo hornem; 16 o velho, que vai talvez rnorrer, aqui urna arnanteultrajada e urna donzela ofendida em sua honra.Maria susteve Emiliana, que titubeava. . .- Silbncio e prudbncia. . . jB Iho disse; n6s ambas temos o mesmbbdio, e eu preparo a vinganca: precis0 falar a Cl6lio fiias antes que elemorra.Emiliana envergonhada, trbmula, quase sem voz, sentiu horror<strong>de</strong>sse frenesi <strong>de</strong> vinganka que ousava ir perturbar, tempestuar a alrna <strong>de</strong> umvelho, talvez prbxirno a rnorrer.- N b, balbuciou ela; por isso rnesmo nb, minha senhora.Maria recuou urn passo e perguntou corn ironia:- A vitima perdoou ao algoz?. . .Emiliana respon<strong>de</strong>u corn vexarne profundo e justo <strong>de</strong>speito:- NZo entendo o que me dizes; mas sei o que me curnpre fazer.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!