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/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

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ais e soltando gemidos, levantou-se a custo.- Que fazias aqui? perguntou Alexandre Cardoso.- Esperava-o.- Por qub? Para qub?. . .0 velho repetiu a historia da perda ou do roubo dos pap6is eAlexandre Cardoso na"o o <strong>de</strong>ixou acabar, entrando em explosBes <strong>de</strong> furor, einjuriando Cldlio hias.- Sinto-me muito doente, disse este; jB nem posso apreciar a naturezae as feiq6es da sua c6lera; roubaram-me pap& que po<strong>de</strong>m lem<strong>br</strong>aridkias e meios capazes <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r-me; mas o homem, a quem esses papiismais interessam, e cuja posse mais convinha 6 o senhor Tenente-Coronel.- Que preten<strong>de</strong>s sianificar, <strong>br</strong>uto?. . .- Que a honra exige e manda que o senhor Ajudante Oficial-<strong>de</strong>-Sala <strong>de</strong>scu<strong>br</strong>a on<strong>de</strong> esta"o aqueles documentos e mos restitua.0 velho caiu outra vez sentado, <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>ndo pungente gemido.Alexandre Cardoso pareceu compa<strong>de</strong>cer-se <strong>de</strong>le.- Tens razk, meu velho; empregarei toda a minha ativida<strong>de</strong> emreaver os documentos, cuja perda ou roubo po<strong>de</strong> ser ainda mais fatal a mimdo que a ti. Se pu<strong>de</strong>rmos colhb-los, sera"o teus, voltara"~ ao teu po<strong>de</strong>r, juro-opela minha honra; se tanto na"o conseguirmos, nem por isso respeitarei menosas condi~6es do nosso contrato verbal.Cl6lio irias quis levantar-se e na"o pb<strong>de</strong>.Alexandre Cardoso <strong>de</strong>u-lhe as mgos e o pbs em pd.- Tu sofres. . . vem; eu te recebo e te tratarei em minha casa.0 velho arredou-se dois passos com tanta viveza, e respon<strong>de</strong>ucom tal acento <strong>de</strong> voz: - Oh! nb! - que Alexandre Cardoso sentiu a espon-tdnea rnanifestaqa"~ da mais inju<strong>rio</strong>sa <strong>de</strong>sconfianqa e, ressentido, lan~o urninsulto ao usurh<strong>rio</strong> e entrou batendo e fechando a Dorta.Cldlio hias apoiando-se a pare<strong>de</strong> quis andar; faitaram-lhe por6mas forqas e caiu.Sairam enta"o da som<strong>br</strong>a dois vultos, duas mulheres, uma <strong>de</strong>mantilha e outra sem mantilha; ambas se curvaram e ergueram em seus <strong>br</strong>a-~os o velho doente:- Senhor Cl6lio hias, nos o levaremos sua casa, disse a mulherque na"o trazia mantilha.Eram Fernanda e Emiliana que se dirigiam B Santa Casa da Misericordia,e que, por acaso, tinham ouvido a conversaqb ou o diilogo <strong>de</strong>Cldlio kias e Alexandre Cardoso.A m b dissera a filha:- Socorramos o velho kias: Deus tomari em conta e a favor <strong>de</strong>teu pai o bem que Ihe fizermos.

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