13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

- Eu nb, e pel0 contrl<strong>rio</strong> fui sempre assequrando que ele passava cada vez melhor; Deus me perdoe estas rnentiras.- Enta"o por que tanto chora Erniliana?- Eu sei Id! Perguntei e ralhei, e ela nada quis dizer-me.Fernanda trernia.- A que horas chegou Erniliana?- Acordou-me, batendo B porta pouco antes <strong>de</strong> romper o dia eveio s6, a po<strong>br</strong>ezinha, por essas ruas.- On<strong>de</strong> estd ela?- No s6ta"o.- Minha tia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> ontem i noite que niio corno, nern durrno;acor<strong>de</strong> a negra, e rnan<strong>de</strong> preparar-me alguma coisa para cear, enquanto vouver Erniliana.- Ah, menina! por que n b disseste logo?Fernanda niio tinha forne, mas queria subir s6 ao s6tg0, po<strong>br</strong>es6tb que constava <strong>de</strong> uma irnica sala, baixa, e <strong>de</strong> telha-va".Erniliana estava estendida em um antigo catre, e dorrnia sono Bsvezes agitado por contra~bes nervosas; <strong>de</strong>fronte do catre estava acesa urnacan<strong>de</strong>ia so<strong>br</strong>e uma caixa <strong>de</strong> pau.Fernanda sentou-se aos DBs <strong>de</strong> sua filha e contemplou-a com enternecirnentoe dor ao notar-lhe os olhos inflarnados, os cabelos em <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, orosto contraldo, e os <strong>br</strong>acos corn rnanchas <strong>de</strong> contusbes.De sirbito Erniliana esten<strong>de</strong>u os <strong>br</strong>acos, pareceu querer corn asmks tr6rnulas repelir algu6m, e assorn<strong>br</strong>ada sentou-se no catre; vendo por6ma mge, tornou a <strong>de</strong>itar-se, <strong>de</strong>satando a chorar.Fernanda sufocou um gemido <strong>de</strong> angirstia; <strong>de</strong>ixou que a filhachorasse livremente por algum tempo e <strong>de</strong>~ois disse-lhe corn voz grave.- Fugiste da casa, on<strong>de</strong> te <strong>de</strong>ixei; vieste s6 e a horas rnortas danoite acolher-te a esta; nb correste, para rneu lado junto ao leito <strong>de</strong> teu paiquase rnoribundo; tens vinte anos, e recebeste educa$o <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>s; uma <strong>de</strong>duas: ou explicards o teu procedimento, ou 6s uma filha maldita.E elevando a voz, acrescentou:- Basta <strong>de</strong> Ilgrimas!. . .Erniliana <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> chorar; mas B luz da can<strong>de</strong>ia o seu rosto semostrava <strong>de</strong> fog0 e carrnim.- Fala!A jovem saltou fora do catre, caiu <strong>de</strong> ioelhos, e corn a cabeca in-clinada para o chiio, balbuciou tremendo.- Juro por Deus Nosso Senhor. .. nbtive culpa. ..Fernanda torceu as mzos com <strong>de</strong>sespero; levantou-se, e em pBdiante da filha ajoelhada, disse corn voz repassada <strong>de</strong> c6lera ou <strong>de</strong> dor:- Miserlvel!. . <strong>de</strong>sonraste-nos?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!