/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

E mandou vir licores e aguardente.Enquanto o velho usuririo se banhava interna e externamenteem aguardente, Maria meditava, brincando corn os dedos a enrolar e a desenralaros an6is de seus cabelos soltos.Quando acabou de beber e de embeber-se em aguardente, Cl6liohias, sempre agitado, disse:- E o senhor tenente-coronet que nb chega!Maria desatou uma risada.0 velho encarou-a, raivoso.- Hi uma hora que representamos uma cena de cornbdia, meuvelho: eu nZo sabia nem um ceitil do seu neg6cio corn Alexandre Cardoso.Grotesca estupefaczo de Cl6lio hias.- Mas eu prometi provar-lhe que tenho cabeqa.- E os escravos e escravas que salram? perguntou estupidamenteo usuririo.- N b sairam, respondeu Maria, rindo-se.- Traiqb! bradou o velho.- Em nosso proveito: eu sei e posso dizer-the, onde esta"o os documentosque Ihe roubaram.- Onde estzo?- Sente-se al e responda-me: 6 capaz de esperar um dia, urn m&s,um ano pela vinganqa?C16lio hias sentou-se e respondeu:- Sou.- E se nzo a esperar, que me importa? Ngo hi nada de comumentre nos; 6 porbm de seu interesse servir B minha vontade e obedecer-me.0 velho sentia-se cada vez mais espantado.- Senhor Cl6lio hias, os seus dez mil cruzados foram-se. . .- NZo ppreciso que mo diga.- 0 desalmado que o arrancou da cadeirinha, e que o conteveem suas garras at6 o fim do banho era urn soldado que se disfar~ava empaisano. . .- E para qub?. . .- Para roubar-lhe os docurnentos. . .- E que diabo tinha ele corn os documentos? . . .- Desgraqado homem! 0 senhor 60 sabe sengo emprestar dinheirocom usura abusiva e assoladora.- lsso n b vem B questgo.- Mas 6 urn castigo do c6u, que o embruteceu tanto que o senhornem soube ver no homem desalmado e furioso um instrumento do maisinteressado em privh-lo, em despoji-lo daqueles docurnentos. . .0 velho tentou pronunciar urn nome, e gaguejou, e a convulsar