13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

jar dinheiro, para o iogo e para seus <strong>de</strong>senvoltos prazeres; trabalhou rnal comoaiudante oficial<strong>de</strong>-sala nesse dia; porque, trabalhando, rneditava, imaginandoexpedientes; Bs onze horas da manha" <strong>de</strong>spachou urn soldado cornuma carta para Clb<strong>rio</strong> hias, velho usurl<strong>rio</strong> riqulssimo que morava na rnaisbaixa e po<strong>br</strong>e casinha da Rua do Parto e apenas viu sair o soldado, pbs-se aescrever corn rnaior cuidado em uma folha <strong>de</strong> papel, e consecutivamente emmais duas, imitando diversos caracteres <strong>de</strong> letra, no que era habil e consurnado,do<strong>br</strong>ou <strong>de</strong>pois as folhas <strong>de</strong> papel, e guardou-as na sua pasta.No fim <strong>de</strong> uma hora pouco rnais ou menos Cl6<strong>rio</strong> hias, hirsutoe com vestidos remendados, com a cabe~a sern cabeleira, e os sapatos sernfivela, imundo e <strong>de</strong>sprezlvel, foi introduzido no gabinete do ajudanteof icial<strong>de</strong>-sala.- Senta-te e espera, Cl6lio hia, disse este, e continuou a escrever.0 velho esperou rneia hora e vendo Alexandre Cardoso corno<strong>de</strong>le esquecido, disse:- Tempo 6 ouro: que fa~o eu aqui?0 ajudante oficial-<strong>de</strong>-sala do vice-rei largou a pena, e respon<strong>de</strong>u:- Tens razz0 rneu velho: quanto te <strong>de</strong>vo at6 hoje?. . .- Cinco mil cruzados corn os juros do irltirno trirnestre, que na"orecebi.- Dou-te a melhor das notlcias, hias!- A do pagamento?- 0 contrh<strong>rio</strong> disso: a boa-nova <strong>de</strong> que esta noite te <strong>de</strong>verei <strong>de</strong>zmil cruzados.- E corno? se n5o tenho hoje nern um pataca"^ para emprestar?exclarnou o velho a tremer.- Fala baixo, ou nb te po<strong>de</strong>rei valer, observou AlexandreCardoso.0 velho ficou olhando em silencio.- Cl6lio hias, na"o me esqueci <strong>de</strong> que em um dia me a<strong>br</strong>iste asua bolsa usurlria e me emprestaste dois mil cruzados, que hoje por tuascontas <strong>de</strong> juros sobern a cinco; nb discuto so<strong>br</strong>e a usura: precisei, achei-ten<strong>de</strong>vo-te gratidb.0 velho continuava a olhar.- Ll esta <strong>de</strong>nfincia, disse Alexandre Cardoso, passando aCl6lio hias uma das trls folhas <strong>de</strong> papel.0 velho leu urna <strong>de</strong>nuncia que contra ele dava urn inc6gnitoinirnigo, acusando-o, corno ju<strong>de</strong>u, ao Santo Of Icio.Clblio hias nlo era ju<strong>de</strong>u, mas filho <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>u.- L6 agora estes of lcios, continuou Alexandre Cardoso, passandoao velho as outras duas folhas <strong>de</strong> papel.Cl6lio hias leu um oflcio do cornissa<strong>rio</strong> do Santo Oflcio ao bis-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!