13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

% entk Marcos Fulggncio ouviu os sinos, dando sinal <strong>de</strong>incgndio. 1Come~ava a acudir gente e nZo tardou a velha vizinha que habitavaa casa arruinada, e que, ao ver Emiliana estendida no chiio e exposta emcamisa como o pai a trouxera da cama, tirou a sua mantilha e co<strong>br</strong>iu-a comela,Emiliana na"o estava morta, e bastaram alguns minutos do arlivre, fresco e puro da noite para que eta reco<strong>br</strong>asse os sentidos que per<strong>de</strong>ra.Marcos Fulgbncio e Fernanda respon<strong>de</strong>ram com duas exclama-~6es <strong>de</strong> alegria ao primeiro suspiro <strong>de</strong> Emiliana, que logo <strong>de</strong>pois a<strong>br</strong>iu osolhos e sentou-se apoiando-se em sua rnZe.Ouviu o trope1 <strong>de</strong> cavaleiros.- a tropa que chega, disse a velha; esta menina n b po<strong>de</strong> ficaraqui; comadre Fernanda, levemo-la para minha palhoqa. . .- Sim, disse Marcos Fulgbncio; vai com ela para a casa da comadrePBncia. ,E tranqiiilo so<strong>br</strong>e o estado da filha, o carpinteiro pensou <strong>de</strong> no-vo no incdndio.A antiga e pesada constru~b das casas, o emprego <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras<strong>de</strong> lei e <strong>de</strong> grossura exagerada, a fortaleza das pare<strong>de</strong>s explicam a razb dolongo trabalho do fog0 a <strong>de</strong>vorar ainda mesmo um pequeno pr6dio bemedif icado.A casa do carpinteiro Marcos Fulgdncio fora construlda poucoa pouco por ele mesmo e sob sua zelosa direqgo e era toda <strong>de</strong>ssas ma<strong>de</strong>irasdo Brasil que arremedam o peso, a dureza e a resistdncia do ferro.0s socorros tinham chegado e o homem combatia o incbndio.0 tenente-coronel Alexandre Cardoso dirigia corn serenida<strong>de</strong>, inteligbncia eenergia todos os trabalhos.- Coragern, Marcos Fulgbncio! gritava ele, quando via o carpinteiropassar correndo.0 fog0 conquistara todo o teto da casa.Marcos Fulgbncio na"o falava; mas tinha com sublime frieza medidoa fdria do incbndio, e compreendido o que mais Ihe convinha fazer paraque fosse menor o seu prejuizo.Despren<strong>de</strong>ndo um machado, o manejara ativamente, <strong>de</strong>spedacandoas portas e janelas para dar livre saida ao fumo e com audacioso Impetoarrojava-se ao inte<strong>rio</strong>r da casa, ou entrando pelas portas, ou saltando pelasjanelas, e logo enegrecido pela fuma~a, chamuscado pela flama, safa trazen-.do & cabeqa ou nos <strong>br</strong>aqos alguns objetos, algum po<strong>br</strong>e fardo ou traste quesalvara.As caixas <strong>de</strong> roupa <strong>de</strong> sua mulher e <strong>de</strong> sua filha, o bastidor e a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!