/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

A voz de lsidora era um contralto admiravel, e ou fosse o encantodessa voz, ou talvez a novidade daquele g&nero de mirsica para o semprerecolhido e melanc6lico Vice-Rei Conde da Cunha, certo 6 que este fezlsidora repetir o seu lundu ja cantado, e cantar ainda outros.ASnove horas da noite marcadas no re16gio do conde, disse este:'- Cheguei antes das seis horas, contava estar de volta i s sete, eeis-me ainda aqui is nove, em que de costume recolho-me aos mausaposentosl. . .JerBnimo curvou-se profundamente.- 0 senhor e sua familia improvisaram para obserquiar-me umarecepqa"~ real, de que jamais me esquecerei. Se alguma destas tr&s meninas,ou se, como desejo, todas se casarem corn aprova~a"~ de seus pais antes daminha retirada da colBnia, quero ser testemunha de seus casamentos, e dareia cada uma delas o seu vestido de noivado: 6 um favor que peGo.J'erBnimo tornou a curvar-se.0 vice-rei estava distribuindo as suas gracas.- Ouvi, continuou ele, a menina lsidora tratar a chefe da famlliapor senhora Ink, esquecendo um titulo. . .- Eu sou humilde plebeu, observou JerBnimo; minha mulherna"o tem dona..- Pois tera esse titulo que vou mandd-lo impetrar, como hd de odigno esposo da senhora dona In&s ser cavaleiro da Ordem de Cristo, se aindamerego, como suponho, a confianpa del-Rei nosso senhor.JerBnimo respondeu:- 0 senhor Vice-Rei nos confunde com tanta bondade e protegzo:nos bendiremos de todas as graGas que nos vierem por interven~b tbhonrosa; mas a maior honra jB a tivemos nesta singular e gloriosa visita.- Agora, disse o conde, que as senhoras v b descansar do inc6-modo que lhes dei; antes de retirar-me precis0 conversar a s6s com o senhorJerBnimo Lirio.As senhoras levantaram-se e despediram-se do vice-rei, que comelas repartiu obsequiosas amabilidades.0 Conde da Cunha f icou na sala corn JerBnimo.