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representações da sociabilidade feminina na imprensa do século xix

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Fênix – Revista de História e Estu<strong>do</strong>s CulturaisMaio/ Junho/ Julho/ Agosto de 2010 Vol. 7 Ano VII nº 2ISSN: 1807-6971Disponível em: www.revistafenix.pro.br2construção <strong>da</strong> figura <strong>femini<strong>na</strong></strong> em periódicos <strong>do</strong> século XIX, época em que a <strong>imprensa</strong>surge no Brasil e passa a constituir-se, ao la<strong>do</strong> <strong>da</strong>s instâncias tradicio<strong>na</strong>is ─ família,igreja, escola e vizinhança ─ em espaço de formação e expressão <strong>da</strong> subjetivi<strong>da</strong>de.Para exami<strong>na</strong>r esses processos históricos <strong>da</strong> produção de senti<strong>do</strong>s, em primeirolugar situo o tema <strong>da</strong>s práticas discursivas media<strong>da</strong>s no âmbito mais geral de umadiscussão a respeito de seu papel <strong>na</strong> manutenção e transformação social e <strong>na</strong> construção<strong>da</strong> memória. Em segui<strong>da</strong> descrevo brevemente as condições sócio-históricas em que sefun<strong>da</strong> a <strong>imprensa</strong> brasileira, e identifico, a partir de algumas práticas discursivas, marcas<strong>da</strong> construção <strong>da</strong> imagem <strong>da</strong> mulher em periódicos de <strong>do</strong>is momentos históricosdiferentes <strong>do</strong> século XIX: o perío<strong>do</strong> joanino, aqui representa<strong>do</strong> pelos periódicos Gazeta<strong>do</strong> Rio de Janeiro e Correio Braziliense 1 , e o fi<strong>na</strong>l <strong>do</strong> século, com exemplos <strong>da</strong><strong>imprensa</strong> <strong>femini<strong>na</strong></strong>.A EXPERIÊNCIA MEDIADA E A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DA MEMÓRIAOs meios de comunicação são frequentemente aponta<strong>do</strong>s como vetores quevieram a oferecer, no mun<strong>do</strong> moderno, os estímulos e suportes mais poderosos para osrearranjos <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> memória, e que irão proporcio<strong>na</strong>r as transformações maisdramáticas <strong>na</strong>s relações espaço-temporais. A expansão <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>da</strong>s instituições,intimamente relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> à mediação <strong>do</strong> texto impresso é ape<strong>na</strong>s um <strong>do</strong>s exemplosdessas transformações, indican<strong>do</strong> que, de fato, “a moderni<strong>da</strong>de é inseparável de sua‘própria’ mídia: os textos impressos e, em segui<strong>da</strong>, o si<strong>na</strong>l eletrônico”. 2 Também comrelação à contemporanei<strong>da</strong>de, os discursos construí<strong>do</strong>s pelos e nos meios decomunicação afiguram-se como os mais significativos dentre aqueles que estabelecemos lugares a partir <strong>do</strong>s quais nos posicio<strong>na</strong>mos como indivíduos e a partir <strong>do</strong>s quaispodemos falar 3 .Para que se possa melhor exami<strong>na</strong>r o papel social <strong>do</strong>s meios de comunicação, énecessário entender, portanto, que, mais <strong>do</strong> que suporte para a transmissão de123Os periódicos foram pesquisa<strong>do</strong>s nos microfilmes <strong>da</strong> Biblioteca Nacio<strong>na</strong>l, no Rio de Janeiro.Recentemente a BN tornou disponível a versão digitaliza<strong>da</strong> <strong>da</strong> Gazeta <strong>do</strong> Rio de Janeiro noendereço: GIDDENS, Anthony. Moderni<strong>da</strong>de e identi<strong>da</strong>de. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p. 29.HUYSSEN, Andreas. Seduzi<strong>do</strong>s pela memória – arquitetura, monumentos e mídia. Rio de Janeiro:Aeroplano, 2000.

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