Carlos Humberto Carvalho Energias Renováveis Mil ... - CCDR-LVT
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A Casa de Santa Maria e o Farol de Santa Marta são vizinhos namesma enseada, tão vizinhos que às vezes há quem lhes troqueos nomes. Uma antiga casa de família ao lado de um farol solitário– até hoje activo – é um parentesco curioso, para não dizerinsólito. Diferentes na origem e nas funções, a única explicaçãopara tão grande proximidade remete-nos directamente para .a visão do arquitecto Raul Lino, que idealizou a casa em harmoniacom o cenário à sua volta. Estávamos em 1902, numa época emque os constrangimentos da construção à beira-mar não .se faziam sentir, e importa dizer que o farol era bastante maispequeno do que é agora. A enseada pertencia ao mar e às rochas,e só o palacete mandado erguer ali perto por Jorge O’Neill, dezanos antes, marcava distintamente a paisagem.O’Neill, descendente da Casa Soberana da Irlanda, estabeleceu-secomo homem de negócios em Portugal, demonstrando especialapreço pela vila de Cascais, ponto crescente de veraneio da nobrezae burguesia. A Casa de Santa Maria foi encomendada como .presente para a filha, Maria Teresa. Não há registos documentaisque expliquem o porquê do nome, nem se Maria Teresa influencioua escolha, directa ou indirectamente. Mais relevante, .é o facto de ter sido construída em três fases, como uma espéciede work-in-progress, sempre sob a alçada de Raul Lino: a primeiraem 1902, a segunda em 1914 e a terceira em 1918. No final, a casatinha sido aumentada em mais de o dobro, tomando a aparênciaque hoje se lhe conhece. Projectada em comprimento, começoupor um corpo com rés-do-chão e primeiro andar, crescendo depoisem todas as direcções excepto para oeste, o lado da fachada .posterior onde se encontra a porta de entrada.46 |
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A Casa de Santa Maria e o Farol de Santa Marta são vizinhos namesma enseada, tão vizinhos que às vezes há quem lhes troqueos nomes. Uma antiga casa de família ao lado de um farol solitário– até hoje activo – é um parentesco curioso, para não dizerinsólito. Diferentes na origem e nas funções, a única explicaçãopara tão grande proximidade remete-nos directamente para .a visão do arquitecto Raul Lino, que idealizou a casa em harmoniacom o cenário à sua volta. Estávamos em 1902, numa época emque os constrangimentos da construção à beira-mar não .se faziam sentir, e importa dizer que o farol era bastante maispequeno do que é agora. A enseada pertencia ao mar e às rochas,e só o palacete mandado erguer ali perto por Jorge O’Neill, dezanos antes, marcava distintamente a paisagem.O’Neill, descendente da Casa Soberana da Irlanda, estabeleceu-secomo homem de negócios em Portugal, demonstrando especialapreço pela vila de Cascais, ponto crescente de veraneio da nobrezae burguesia. A Casa de Santa Maria foi encomendada como .presente para a filha, Maria Teresa. Não há registos documentaisque expliquem o porquê do nome, nem se Maria Teresa influencioua escolha, directa ou indirectamente. Mais relevante, .é o facto de ter sido construída em três fases, como uma espéciede work-in-progress, sempre sob a alçada de Raul Lino: a primeiraem 1902, a segunda em 1914 e a terceira em 1918. No final, a casatinha sido aumentada em mais de o dobro, tomando a aparênciaque hoje se lhe conhece. Projectada em comprimento, começoupor um corpo com rés-do-chão e primeiro andar, crescendo depoisem todas as direcções excepto para oeste, o lado da fachada .posterior onde se encontra a porta de entrada.46 |