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Carlos Humberto Carvalho Energias Renováveis Mil ... - CCDR-LVT

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A Costa do Estoril é talvez a região mais antiga de Portugal queintegra as rotas turísticas mundiais. O que representa isso, paraeste organismo a que preside?Levaram a cabo uma acção de promoção interessante: anunciaro Estoril nos táxis de Londres. Mas esse não é um público jáconquistado à partida?É mesmo a mais antiga, e claro que isso representa uma responsabilidadeenorme. A tradição de turismo na Costa do Estorilnasce com o rei D. Luís, que pela primeira vez vem para aqui veranearem 1870, e atrás dele vem a corte e nobreza. Depois, entre ofinal do século xix e o início do século xx, desenvolve-se a zona deCascais e Monte Estoril. Em 1918, vem Fausto de Figueiredo, com oprojecto da Sociedade do Estoril. As pessoas não sabem, mas jános anos trinta havia um comboio directo de Paris ao Tamariz. Hácinco anos, a Secretaria de Estado do Turismo definiu quais são asmarcas turísticas internacionais em Portugal e considerou claramenteo Estoril entre elas. O que quer dizer que a marca Estoriltem notoriedade, tem visibilidade, tem economia, tem história,tem dimensão, tem produtos turísticos, tem tudo isso.Quais são exactamente os limites geográficos abrangidos pelaJunta de Turismo da Costa do Estoril?Não é muito claro. Temos aqui duas situações: a nível de obras .e de infra-estruturas, toda essa parte diz respeito ao concelho deCascais, que começa em Carcavelos e vai até ao Guincho. Depois, .a nível de promoção para o mercado externo, se bem que debaixodo umbrella Costa do Estoril, temos os concelhos de Cascais, Sintra,Mafra e Oeiras.Estão situados entre Sintra e Lisboa, dois grandes pólos de atracçãoturística. Como gere essa concorrência?Eu acho que é mais uma relação de complementaridade, masdiferencio ambos os casos. Sintra é um pólo de atracção turística,enquanto Lisboa é um destino turístico. A nossa posição é tirarpartido da proximidade de ambas. Aos turistas que vêm para acosta do Estoril nós aconselhamos que visitem tanto Sintra comoLisboa.Nos últimos anos, tem detectado transformações no perfil doturista que procura esta zona?Claramente. E para isso trabalhámos. Nos últimos 30 anos, a Costado Estoril foi muito esquecida como destino turístico, internacionalmentefalando. E acho que isso aconteceu por falta de umaestratégia de posicionamento. Até aos anos sessenta, o Estoril eratido como uma estância balnear, mas agora o turismo evoluiu.. .O Estoril já não é exclusivamente um destino de sol e praia. Paraisso, as pessoas vão para o México, vão para a Grécia, vão para asCaraíbas, etc. O Estoril tem que se actualizar em relação aos novosprodutos turísticos como o golfe, o MICE [Meetings, Incentives,Congresses and Events], o turismo náutico, o turismo cultural,.o turismo de natureza, a gastronomia, a saúde e bem estar… Cadavez mais, o turismo está compartimentado nessas especializações.Em função dessa evolução, os nossos turistas têm-se modificadomuito. Agora temos turistas de golfe, turistas de negócios,turistas de desportos náuticos, começamos a ter turismo denatureza… Isso faz uma clara diferença entre o Estoril ser um destinode “sol e praia” – embora, no nosso caso, eu acho que é maiscorrecto dizer “sol e mar” – e ter uma oferta muito diversificadaque aposta em produtos específicos, como acontece agora.Não, antes pelo contrário. Quando eu dizia que o Estoril estavamuito esquecido, queria dizer que perdeu muita da notoriedadeque tinha lá fora. Essa foi uma acção muito dirigida ao consumidoringlês, em função de uma quebra que vínhamos a sentir. Considerámosque era preciso fazer uma acção de rua para inverteressa tendência e já conseguimos.Qual é neste momento, o produto turístico a que estão a darmaior atenção? Os desportos náuticos? O golfe?Há vários. Há alguns que já estão mais maduros, outros que estãoa nascer agora, outros que ainda estão para nascer... Dou-lhe umcaso concreto: o golfe e o turismo de negócios Esses já estão suficientementemaduros. E a sua promoção está a cargo de parceriaspublico privadas criadas para o efeito Onde estamos agora ainvestir é no sector náutico e, sobretudo, no turismo de natureza.Estamos a trabalhar muito com o Parque Natural de Sintra-Cascais,à volta do qual estamos a desenvolver uma série de acções,assim como no turismo náutico e na gastronomia, também.Criaram há quatro anos um Prémio de Qualidade para arestauração. Que retorno têm tido dessa iniciativa?Muito bom. Começou timidamente, os restaurantes não aderiramlogo, mas depois começámos a prosperar. Ainda a semanapassada atribuímos 70 prémios de qualidade. Isso é fruto daJunta estar sempre em contacto com os diversos restaurantes,com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, com aARESP [Associação da Restauração e Similares de Portugal]... Essecontacto permanente tem dado os seus frutos.Em relação à oferta hoteleira, têm razões para estar satisfeitos.Os resultados dos três primeiros meses de 2007 revelam umatendência de crescimento na ocupação hoteleira de cerca de 8%em relação ao mesmo período do ano passado. É correcto?O que eu penso em relação à oferta hoteleira e não só, e isso é queé gratificante, é que há seis anos nós delineámos um plano estratégicopara a Costa do Estoril. Esse plano estratégico assentavaem três vertentes: melhoria do destino, melhoria da gestão .e melhoria do marketing e promoção. Para concretizar esse planoera fundamental a aceitação e a colaboração de todos os actoresintervenientes na região, desde públicos a privados. Só com umaestreita colaboração entre todos os players se consegue alcançaros objectivos. O aumento da performance hoteleira deve-se aoconjunto das acções que foram desenvolvidas e considero maisimportante o acréscimo das performances qualitativas do quequantitativas. Infelizmente, só ouvimos falar no aumento dasdormidas, mas penso que mais importante do que esse factor é ofacto de termos aumentado as receitas. Esse sim, é um factordeterminante para o desenvolvimento do destino turístico.36 |

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