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Carlos Humberto Carvalho Energias Renováveis Mil ... - CCDR-LVT

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Portugal, país de sol e ventoAproveitar o pontencial da água como fonte energética faz parteda agenda política nacional em matéria de energia. Portugalapresenta excelentes condições. As zonas costeiras, em especial .a costa ocidental do continente e as ilhas dos Açores, têm condiçõesnaturais, garantem os especialistas, «entre as mais favoráveisem qualquer parte do mundo para o aproveitamento .da energia das ondas.» De resto, em matéria de investigação .e desenvolvimento, Portugal é um dos países pioneiros e commaior impacto em termos de participação e coordenação de .projectos europeus. Liderou, por exemplo, um projecto na Ilha doPico e a elaboração do Atlas Europeu de Energia das Ondas.O problema é que este recurso exige tecnologia complexa e porisso o seu desenvolvimento no país está bastante aquém daspotencialidades, em comparação com a utilização que se faz .de outras fontes energéticas como o vento, o sol e a biomassa.A Região de Lisboa e Vale do Tejo, em particular, é uma zona .de elevado potencial renovável, sobretudo solar e eólico, que, .na opinião de Ana Estanqueiro, directora da Unidade de EnergiaEólica e dos Oceanos, do INETI (Instituto Nacional de Engenharia,Tecnologia e Inovação), «podem contribuir para tornar a cidadede Lisboa uma das capitais do mundo energeticamente mais .sustentáveis».Existem já mais de 200 MW instalados, só no distrito de Lisboa,pelo que a situação na região de <strong>LVT</strong> «é claramente positiva». Afonte de energia renovável com desenvolvimento mais marcanteé a eólica, facto explicável pelo interesse que esta forma de energiarenovável gera no tecido empresarial nacional em todo o país,aqui reforçado pelo elevado recurso eólico da região, e, por sinal,um dos mais elevados do país. Na região de <strong>LVT</strong> existem tambémcondições naturais para o desenvolvimento de aproveitamentosoffshore, cuja viabilidade técnico-financeira importa caracterizarcom detalhe. «O potencial eólico offshore da região pode não serinteiramente aproveitável, tendo em conta os condicionamentosimpostos pelos corredores de navegação de um porto com .a dimensão do de Lisboa, ou, se pensarmos na região do estuáriodo Tejo - por exemplo nos mouchões do Tejo pode ser muito .rentável, já que há uma subestação para interligação de um .parque offshore a cerca de 500 m…, os impactos ambientaisdevem ser cuidadosamente caracterizados». Ainda assim, atente-seao exemplo de Copenhaga, onde existem turbinas offshore .na zona urbana da cidade, que tem uma densidade de avifaunamuito superior à de Lisboa.Ana Estanqueiro considera que «o nosso país tem a obrigaçãomoral histórica de apoiar o desenvolvimento da energia dos .oceanos e eólica offshore», tanto mais que «o mar foi sempre umaliado no nosso percurso como nação». Há que investir com visãode médio e longo prazo e não esperar resultados imediatos:«Temos normalmente pouca paciência para esperar por resultadosque tardam em aparecer. Devíamos pensar que o período danossa história de que mais nos orgulhamos, os Descobrimentos,são fruto da visão, da motivação e da persistência que hoje em diatanto nos falta. Contudo, dado que a energia dos Oceanos estáainda numa fase de definição tecnológica - existem muitas .tecnologias concorrentes, nenhuma inteiramente de eficácia .e sobrevivência testadas, assemelhando-se ao que se passava naDado que a energia dos Oceanos«está ainda numa fase dedefinição tecnológica, é muitoprovável que venha a sero aproveitamento da energiaeólica offshore, bem comoa hídrica (que <strong>LVT</strong> não tem), afazer a maior contribuição paraos objectivos europeus de 2020».área da eólica há 30 anos –, é muito provável que venha a ser .o aproveitamento da energia eólica offshore, bem como a hídrica(que <strong>LVT</strong> não tem), a fazer a maior contribuição para os objectivoseuropeus de 2020».É nos cinco distritos das zona Centro - Coimbra, Viseu, Aveiro,Castelo Branco e Guarda - que se encontra, em números redondos,praticamente metade da potência eólica instalada no país.<strong>LVT</strong> e o Norte contam com 25% cada. E dentro da Região de Lisboa .e Vale do Tejo, a maior concentração de turbinas está na zona .de Torres Vedras. Quem passa pela A8, não tem dificuldade em veras gigantescas ventoinhas que já começam a marcar a paisagemdo Oeste português.Segundo os cálculos da Associação de <strong>Energias</strong> Renováveis (AER),a capacidade instalada em Lisboa e Vale do Tejo - 40 parques eólicos,com uma potência à volta de 480 MW -, dará para «abastecero consumo doméstico de um milhão e cem mil pessoas». AntónioSá da Costa, que preside a esta associação, avança o resultado deoutras equações: «Portugal está a produzir cerca de dois mil MWde electricidade a partir da energia eólica. Feitas as contas, porcada hora de electricidade gasta nas casas, fábricas, escritórios eiluminação pública, cerca de cinco minutos provém da energia .do vento».24 |

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