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independente, o grupo vive de shows e da venda de ... - CNM/CUT

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ara tática é uma guerra estratégica a prestação: uma vez inicia<strong>da</strong>,conduz necessariamente à segun<strong>da</strong>.Os únicos bombar<strong>de</strong>ios com armas nucleares realizados foramos <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s japonesas <strong>de</strong> Hiroshima e Nagasaki, pelos EstadosUnidos, em 6 e 9 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1945. Eles foram ao mesmo tempotáticos e estratégicos. Foram táticos em relação ao Japão: visavammostrar ao governo japonês o que aconteceria se não se ren<strong>de</strong>sseincondicionalmente. Foram estratégicos em relação às duas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s.A <strong>de</strong>struição foi total. Na primeira, morreram 140 mil pessoas<strong>de</strong> imediato; na segun<strong>da</strong>, 80 mil. Entretanto, as mortes continuaram,por gerações, <strong>de</strong>vido aos ferimentos ou doenças adquiri<strong>da</strong>scom as explosões, como vários tipos <strong>de</strong> câncer e malformação genéticados <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes dos atingidos. Muitos sobre<strong>vive</strong>ntes doataque em Hiroshima fugiram para Nagasaki: foram bombar<strong>de</strong>adosduas vezes.Na Guerra Fria que se seguiu, o perigo nuclear <strong>de</strong>ixou-se vislumbraralgumas vezes, sempre que Estados Unidos e União Soviéticaameaçavam confrontar-se. O momento <strong>de</strong> maior risco foia crise <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1961. Em Berlim, então dividi<strong>da</strong> pelo seu famosomuro, um dos maiores pontos <strong>de</strong> contato e passagem entreOriente e Oci<strong>de</strong>nte era conhecido como Checkpoint Charlie. Haviauma controvérsia sobre se diplomatas do lado oci<strong>de</strong>ntal (sobretudonorte-americanos e britânicos) podiam ou não ser parados porpatrulhas soviéticas para controle do lado oriental <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. O <strong>de</strong>sentendimentoocasionou uma série <strong>de</strong> tentativas dos oci<strong>de</strong>ntais<strong>de</strong> forçar a passagem para ver quem tinha razão. Tal fato resultounuma concentração <strong>de</strong> forças <strong>de</strong> infantaria no local, o que, a partir<strong>da</strong>s 17 horas <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> outubro, somava 50 blin<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lado<strong>da</strong> linha divisória, além <strong>de</strong> algumas centenas nos arredores.Do lado norte-americano a Força Aérea foi posta em alerta, e dolado soviético isso <strong>de</strong>ve também ter ocorrido. Havia <strong>de</strong>dos coçandogatilhos. Se houvesse um confronto, ataques táticos com armas nuclearesseriam tentados. A crise só se <strong>de</strong>sfez no dia seguinte, <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> uma conversa ao telefone entre o presi<strong>de</strong>nte John Kennedy, <strong>de</strong>um lado, e o primeiro-ministro Nikita Kruschev, do outro. Um aum, os tanques <strong>de</strong> ambos os lados foram <strong>de</strong>ixando suas posições.Outro momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> tensão <strong>de</strong>u-se no ano seguinte. Em1962, os EUA instalaram bases <strong>de</strong> mísseis na Turquia, perto <strong>da</strong>URSS. Em retaliação, os soviéticos começaram a instalar mísseisem Cuba, a 144 quilômetros <strong>da</strong> costa norte-americana. Novamente,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> momentos <strong>de</strong> mútuas ameaças, os mísseis foram retirados<strong>de</strong> Cuba e as projeta<strong>da</strong>s bases norte-americanas então ficarammais no papel do que na Turquia.Ela volta a nos assombrarjupiter images/AFP PHOTOFim do sossegoCom a <strong>de</strong>sagregação <strong>da</strong> União Soviética e o fim <strong>da</strong> Guerra Fria,o perigo nuclear parecia conjurado. Mas ele está <strong>de</strong> volta, e sob diferentesmaneiras. Formalmente, existem cinco países que são os“estados nucleares”: EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e China.Assumi<strong>da</strong>mente, há ain<strong>da</strong> outros três que se capacitaram para aprodução <strong>de</strong> armas nucleares: Índia, Paquistão e Coréia do Norte.Israel, tido como possuidor <strong>de</strong> armas nucleares, nega sempre. AÁfrica do Sul foi o único país que <strong>de</strong> fato <strong>de</strong>smantelou seu arsenal<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> possuí-lo: foi construído durante o regime do aparthei<strong>de</strong> <strong>de</strong>struído após seu fim. Há outros países candi<strong>da</strong>tos a ter um arsenal,ou assim acusados, como Irã, atualmente, ou Líbia, num passadorecente. Além disso, há países associados, isto é, que abrigamarmas <strong>de</strong> outro país: hoje isso só acontece com armas dos Estados2008 outubro REVISTA DO BRASIL 27

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