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MOBILIÁRIO EDECORAÇÃOEste suplemento faz parte integrante da edição 1245 do JORNAL DE LEIRIA, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2008 e não po<strong>de</strong> ser vendido separadamente


MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO22 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 20081 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |Rino&Rino aposta na diferença e na inovaçãoPOLÍTICA DE MARCAS EMDECORAÇÃO E MOBILIÁRIOAcabou <strong>de</strong> construir uma moradia ou <strong>de</strong> comprar umapartamento. E agora precisa <strong>de</strong> o “rechear”. Commobiliário, cortinados e com todos os artigos <strong>de</strong> <strong>de</strong>coraçãopróprios <strong>de</strong> uma casa mo<strong>de</strong>rna, contemporânea,clássica, rústica ou mesmo étnica. Seja qual foro estilo, é a casa <strong>de</strong> cada um e, por isso, um espaçoque <strong>de</strong>ve ser feito à sua medida. César Rino, arquitectoe um dos rostos do grupo Rino&Rino, explica quea <strong>de</strong>coração é cada vez mais uma área que obriga auma gran<strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> por parte dos profissionaisque exercem essa activida<strong>de</strong>, tendo em conta que cadacliente é único, quer nos seus gostos, quer nas suasnecessida<strong>de</strong>s. Por isso mesmo, o arquitecto orientauma equipa multidisciplinar vocacionada para aquelaárea. Ele supervisiona toda a parte orgânica e estruturalda casa a <strong>de</strong>corar. Os restantes técnicos com-sagem, hoje a situação inverteu-se. Àquele espaçocomercial <strong>de</strong>slocam-se pessoas <strong>de</strong> todo o país quevão, propositadamente, para adquirir produtos quesabem que só ali têm oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar. Porisso mesmo, César e Sónia optaram por alterar a filosofiada loja e, há cerca <strong>de</strong> um ano, criaram um conceitocompletamente renovado, on<strong>de</strong> impera uma política<strong>de</strong> marcas.“Sentimos necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trazer para o Rino&Rinomarcas com que não trabalhávamos”, explica CésarRino, lembrando que, apesar <strong>de</strong> também ter artigosmais acessíveis, <strong>de</strong>cidiu apostar em áreas diferentes,para clientes diferentes e com orçamentos mais elevados.Assim, na Rino’s Homestores existem marcas, comoa Alessi, referenciadas com os melhores prémios <strong>de</strong>MOBILIÁRIO COM LINHAS MODELARESA Rino’s Mobiliário sofreu, como não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong>ser, também uma gran<strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação, adaptandoseao mercado actual. Uma das gran<strong>de</strong>s mais-valiasdaquela loja pren<strong>de</strong>-se com a representação, na zonaCentro, da TemaHome, marca <strong>de</strong> uma empresa queé consi<strong>de</strong>rada a maior exportadora portuguesa <strong>de</strong>mobiliário <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Aliás, no último Salão Internacional<strong>de</strong> Mobiliário <strong>de</strong> Milão, on<strong>de</strong> estiveram tambémCésar e Sónia Rino, como tem sido habitual nos últimosanos – neste e na maioria das feiras internacionais-, a TemaHome foi uma das sete empresas portuguesasdo sector representadas.Com linhas mo<strong>de</strong>lares, jovens e económicas, tem saídoem todas as revistas <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração pelo seu <strong>de</strong>signarrojado e pelo seu conceito “living your dreams” (Vivendoos seus sonhos). Foi, segundo César Rino, “maisuma gama que fomos buscar para o distrito e para aregião com o objectivo <strong>de</strong> sermos diferentes. É a apostaem produtos distintos, em relação aos outros parceirosque existem no mercado”.Se a TemaHome “é uma marca económica, ao nível<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e preço, com uma linha muito versátil emo<strong>de</strong>lar”, existem, <strong>de</strong>pois, na Rino’s Mobiliário outrasofertas mais exigentes, para clientes com outro tipo<strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> financeira. São marcas italianas,disponíveis na loja ou por catálogo. “Com essas marcas,habitualmente, trabalhamos com um projecto <strong>de</strong><strong>de</strong>coração associado”, explica.FOTOS: LURDES TRINDADEpletam todo um trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração, com adaptaçãodo espaço ao ambiente que se preten<strong>de</strong>. “Conseguimossatisfazer os <strong>de</strong>sejos do cliente, pois temos pessoasnas várias áreas e temos que nos adaptar às tendênciasdo mercado, mas sempre com muito gostoem tudo o que fazemos, porque estamos a lidar coma sensibilida<strong>de</strong> das pessoas que nos procuram”, refereo arquitecto, cuja filosofia é a <strong>de</strong> ir ao encontro dasnecessida<strong>de</strong>s que os seus clientes manifestam quandovisitam as suas lojas.Sempre com a preocupação <strong>de</strong> se adaptar às tendências<strong>de</strong> mercado e às exigências das centenas <strong>de</strong> clientesque procuram o Rino&Rino, César Rino e a suairmã, Sónia Rino – os dois responsáveis pelo equipamentocomercial - não têm parado <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lar osespaços que têm <strong>de</strong>stinados à <strong>de</strong>coração, quer a Rino’sHomestores, quer a Rino’s Mobiliário.Se há uns anos o Rino&Rino vivia dos clientes <strong>de</strong> pas-<strong>de</strong>sign a nível internacional, a Ensa, a LSA, uma marca<strong>de</strong> copos com um <strong>de</strong>sign completamente invulgare inovador, a Bodum, uma marca mais acessível, mastambém com <strong>de</strong>sign e outras como a Guzzini e a Brabantia.Nas prateleiras, os clientes terão oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> ver ainda os clássicos Vista Alegre, Atlantis,Silampos, Porcel, Spal e muitas outras.A política <strong>de</strong> marcas foi, segundo o arquitecto, umaopção, porque nos queríamos distinguir no mercadoe só com peças únicas, com marcas conceituadas ecom gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>signers representados, conseguiríamosdar produtos inovadores às pessoas.“Mesmo nas marcas mais acessíveis, existem peçasdiferentes. Essa tem sido a nossa preocupação, trazerpara a região produtos que sejam também a nossaimagem”.MODA NO MOBILIÁRIO É MAIS LENTATal como no pronto-a-vestir, também na <strong>de</strong>coração eno mobiliário existem tendências <strong>de</strong> moda. Só que,aqui, as alterações são mais lentas. Enquanto, no primeirocaso, os <strong>de</strong>signers internacionais ditam umatendência e rapidamente ela chega a Portugal, nosegundo caso, só passados alguns anos os portuguesesse habituam à mudança.César Rino lembra que as gran<strong>de</strong>s multinacionaiscomo a Zara, a Berska, Stradivarius, ou mesmo a MassimoDutti, ao instalarem-se em Portugal, incutiramnas pessoas uma forma diferente <strong>de</strong> encarar a moda,obrigando, ao mesmo tempo, a um dinamismo diferentedo mercado. Essas lojas recebem colecçõessemanalmente e já são os próprios clientes a exigi--lo. Com a <strong>de</strong>coração e com o mobiliário isso tambémacontece. “Somos obrigados a mudar sistematicamenteas linhas, os móveis, os artigos, não por causada moda, mas porque os clientes querem sempre vercoisas diferentes”.Este ano, no sector dos móveis, está a usar-se muitoo venguê. Uma tendência que as feiras internacionaisjá ditaram há uns anos, mas que só agora está a entrarem Portugal. Os lacados que agora estão a massificar-seno nosso país, já há mais <strong>de</strong> dois anos foramapresentados nas feiras internacionais. “A moda temque ser adaptada ao consumidor, porque se formos auma feira internacional e se comprarmos tudo o queé lá apresentado chegamos cá e não ven<strong>de</strong>mos. É precisohaver uma escolha muito criteriosa <strong>de</strong> cor e <strong>de</strong>produtos”. César Rino recorda que o consumidor nãoestá preparado para as gran<strong>de</strong>s mudanças, com excepçãodaquele que está mais atento à moda e arrisca,sem medo. “A <strong>de</strong>coração é muito ao jeito <strong>de</strong> cada um.Por isso, é que uma linha não po<strong>de</strong> estar na loja mais<strong>de</strong> dois ou três meses. Temos que a rodar e mudar ascores, porque a situação é muito diferente agora”. ●


MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO22 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 20081 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |DIADECOR: LAREIRASCOM DESIGNJá imaginou uma churrasqueira com um <strong>de</strong>signcompletamente diferente? Com linhas arrojadas emo<strong>de</strong>rnas e, ainda por cima, com as suas cores preferidas?Uma churrasqueira que se assemelha auma mini-cozinha rústica, revestida a pedra, compequenos apontamentos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, uma bancada<strong>de</strong> serviço e armários para guardar louças eoutros utilitários? Pois é! A <strong>de</strong>coração evoluiu <strong>de</strong> talforma que, hoje, quem constrói uma moradia, ouum apartamento com terraço, já não fica limitadoàs “churrasqueiras <strong>de</strong> estrada”, como explica SebastiãoFartaria, responsável pela Dia<strong>de</strong>cor, uma empresaque se <strong>de</strong>dica à <strong>de</strong>coração <strong>de</strong> espaços interiorese exteriores.Quando se pensa numa churrasqueira, imediatamentese associa a um equipamento revestido atijoleira, com um espaço apenas para grelhados eeventualmente um forno a lenha. Só que “as pessoasprocuram cada vez mais soluções diferentese, nesse sentido, quem concebe os projectos temque ser criativo, indo ao encontro das necessida<strong>de</strong>se dos sonhos dos clientes”, diz o empresário, lembrandoas tendências para as linhas direitas, comutilização da ardósia como revestimento e com poucotijolo à vista. “Quanto mais minimalista melhor”.Se nas churrasqueiras as tendências são para ominimalismo, o mesmo acontece com as lareiras,os recuperadores <strong>de</strong> calor, as salamandras, os radiadores<strong>de</strong> aquecimento e outras soluções <strong>de</strong> aquecimento.As pessoas cada vez mais querem casas<strong>de</strong> sonho, com pequenos cantos on<strong>de</strong> se sintambem e à sua medida. E a verda<strong>de</strong> é que cada vezmais os <strong>de</strong>signers pensam em todos os pormenores,ditando a moda, tal como acontece com a roupa.Um recuperador <strong>de</strong> calor, por exemplo, hoje, assemelha-sea um plasma <strong>de</strong> TV. Já não se quer pequenoe quadrado, como as antigas televisões. Quersegran<strong>de</strong>, como as televisões que as pessoas têmem casa. Estar sentado no sofá e olhar para a chamaque se tem numa lareira 16 por nove é diferenteque olhar para a chama <strong>de</strong> uma lareira com umtamanho <strong>de</strong> quatro por três. “Estas últimas estãoultrapassadas”, refere Sebastião Fartaria, sublinhandoque, os clientes procuram criar nas suascasas espaços agradáveis e harmoniosos, para sesentirem confortáveis. “Quanto mais contemporâneosmelhor, porque as linhas são mais simples”.DRCom “um conceito diferente” para trabalhar com osseus clientes, a Dia<strong>de</strong>cor não se limita a ter umaexposição <strong>de</strong> produtos. Sebastião Fartaria consi<strong>de</strong>raque seria mais fácil comercializar apenas, masnão lhe daria tanto prazer. “Fazemos os projectospor medida em 3D, tentamos perceber o que osclientes <strong>de</strong>sejam e concretizamos os seus sonhos,fazendo a <strong>de</strong>coração <strong>de</strong> ambientes, criando o bemestarque ambicionam”. ●Decoração <strong>de</strong> InterioresAmbientes Clássicos | Contemporâneos | Infantis | Juvenis...e ouvindo o grito <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós, olhando à nossa volta, procurando <strong>de</strong>salmadamenteo nosso eu, surge-nos a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> recolher ao nosso refúgio, sentir a calma,a paz, a harmonia, a alegria do reencontro com os que nos são queridos...apreciar as pequenas coisas que nos ro<strong>de</strong>iam e que nos inspirampara um novo dia, um novo recomeço...saindo <strong>de</strong>sse santuário,a sua casa...sentindo que vale a pena!!!Visite-nos na Expocasa – Pavilhão 1Av. D. José Alves Correia Silva | Lote 2 | n.º 34 | R/c Esq | 2410-117 Cruz D´Areia | <strong>Leiria</strong>Tel / Fax. 244 835 250 | E-mail. homezen@sapo.pt | www.homezen.in.com


MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO22 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 20081 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |FOTOS: RICARDO GRAÇAFENG SHUI: BOASENERGIAS NADECORAÇÃOCada vez existem mais pessoas preocupadas como seu equilíbrio e, consequentemente, com a harmoniae equilíbrio dos locais on<strong>de</strong> habitam ou trabalham.A <strong>de</strong>coração, por si só, já não é suficiente.Muitos já procuram ajuda para conseguiremespaços mais harmoniosos, on<strong>de</strong> se sintam beme on<strong>de</strong> as energias positivas fluam naturalmente.No Oriente, a prática do Feng Shui é milenar. Oschineses sempre acreditaram que a vida é umamanifestação cíclica <strong>de</strong> momento yang e yin. Queé como quem diz, o positivo e negativo. Em <strong>Leiria</strong>e em todo o Oci<strong>de</strong>nte, apesar <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> umaprática ainda algo embrionária, existem já váriosa<strong>de</strong>ptos <strong>de</strong>sta prática. Acreditam pois que atravésdo Feng Shui a vida das pessoas po<strong>de</strong> melhorarsignificativamente, quer ao nível da saú<strong>de</strong>, dasrelações interpessoais e até mesmo financeiramente.Tânia Costa, <strong>de</strong>coradora <strong>de</strong> interiores, admite queem <strong>Leiria</strong>, através da sua empresa Maisquei<strong>de</strong>ias,já tem vários clientes a solicitar o Feng Shui nosseus espaços. “As pessoas estão a ficar com asmentes mais abertas, apesar <strong>de</strong> existir ainda <strong>de</strong>sconhecimentopor parte <strong>de</strong> alguns, que ainda atribuemesta técnica ao sobrenatural”, afirma a especialistaem Feng Shui, lembrando que esta práticamais não é que aplicar as energias <strong>de</strong> forma equilibradae harmoniosa, não colidindo <strong>de</strong> forma algumacom a <strong>de</strong>coração e com as tendências <strong>de</strong> moda.“A nossa escola é a da bússola, que consiste emfazer o levantamento das coor<strong>de</strong>nadas. A partirdaqui aplicamos o ba-guá [forma geométrica, comoito lado, cada um representando um aspecto ouárea <strong>de</strong> interesse da vida da pessoa] sobre a plantado local e fazemos o reforço <strong>de</strong> cada elemento,com objectos ou com cores”, explica.O Feng Shui rege-se por cinco elementos. A água,a terra, o metal, o fogo e a ma<strong>de</strong>ira. É o levantamento<strong>de</strong>stes elementos que é feito através dabússola. Mas atenção: “não <strong>de</strong>vemos obstruir ofluir do chi (energia positiva) e tentar eliminar oche (energia negativa). Há sempre uma soluçãopara cada local, <strong>de</strong> forma a impedir que as energiasse tornem negativas ou estagnadas”.Aliás, um dos princípios básicos do Feng Shui ésimples e <strong>de</strong>veria ser aplicado em todas as situaçõesda nossa vida, sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> especialistas.Para que as energias positivas fluam semque tenham nada a impedir, basta que as pessoasmantenham os seus espaços limpos, arrumados,organizados e arejados. “É tentar não complicar oque é simples. É <strong>de</strong>ixar fluir o chi, cortando, sepossível as energias negativas com objectos oucores a<strong>de</strong>quadas”.Há soluções <strong>de</strong> recurso que po<strong>de</strong>m ser utilizadas,enquanto não se recorre a um especialista <strong>de</strong> FengShui. Existem os Mensageiros do Vento que po<strong>de</strong>mser utilizados para amenizar o fluxo <strong>de</strong> shars (energianegativa) ou cristais que po<strong>de</strong>m espalhar-sepela casa, pendurar-se no tecto, nas janelas, naporta da frente, sobre os shars. As flautas <strong>de</strong> bambus<strong>de</strong>vem ser usadas sempre aos pares e penduradasem fitas vermelhas, no sentido diagonal,com a parte <strong>de</strong> on<strong>de</strong> sai o som voltada para cima.E os espelhos para reflectir o fluxo <strong>de</strong> shars. Masatenção, os espelhos que estejam exactamentevoltados <strong>de</strong> frente para a entrada <strong>de</strong> casa <strong>de</strong>vemser retirados. Porque é energia que entra e sai.Apaixonada pelo seu trabalho, Tânia Costa dizque tem aplicado o Feng Shui a casas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oinício do projecto, tal como se <strong>de</strong> um horóscopo<strong>de</strong> nascimento se tratasse. “Mas atenção,nada disto tem a ver com técnicas sobrenaturais.Não <strong>de</strong>ito cartas, nem nada <strong>de</strong>ssascoisas”, diz, bem humorada. Trata-se sim, <strong>de</strong>uma prática que tem exclusivamente a ver coma disposição harmoniosa dos espaços e como fluir <strong>de</strong> boas energias. Para que as pessoasse sintam bem nas suas casas! ●O CAMINHODO EQUILIBRIOHá cerca <strong>de</strong> seis milénios surgia entre o chinesesa teoria <strong>de</strong> harmonização dos espaços, dos ambientes,capaz <strong>de</strong> beneficiar a vida humana e levar aspessoas ao bem-estar. São quase seis mil anos <strong>de</strong>história, alimentados por muitos livros e pelo própriopovo oriental. Depois <strong>de</strong> tantos anos, é óbvioque as suas bases foram alteradas, ou, melhordizendo, adaptadas às novas realida<strong>de</strong>s.Afinal o que significa Feng Shui? Vento e Água. Todaa teoria parte da análise das forças universais ebusca o equilíbrio do homem com os espaços queo ro<strong>de</strong>iam. Tudo isto sempre integrado com as energiasemergentes e polares: yin e yang.E qual o seu principal objectivo? Harmonizar a suacasa, o seu escritório, a sua vida... trazer-lhe bemestar e felicida<strong>de</strong>.Harmonia tem um significado muito forte, apesar<strong>de</strong> aparentar simplicida<strong>de</strong>. Esta po<strong>de</strong> ser entendidacomo a união entre tudo e todos. Sendo assim,o Feng Shui po<strong>de</strong> unir o mundo e torná-lo a si muitomais feliz. Mas como? Através da estimulaçãodo fluxo da nossa energia, da nossa felicida<strong>de</strong>, donosso amor. O resultado é um ambiente agradável,convidativo, em que todos se sentem bem.Para o Feng Shui, a casa é a extensão do corpo:guarda história e reflecte o que somos. Com issotemos condições <strong>de</strong> criar bons fluidos para o nossolar. O resultado é um conjunto <strong>de</strong> pensamentos,sentimentos, estados <strong>de</strong> espírito, condições físicas,emoções e ansieda<strong>de</strong>s. Se nos sentirmos doentes,tristes e <strong>de</strong>sesperados <strong>de</strong>vemos consultar um profissional<strong>de</strong> Feng Shui para que o mesmo nos ajudara canalizar a nossa energia e a <strong>de</strong> nossa casa.Mais que escolher um imóvel para viver e <strong>de</strong>corálocom objectos <strong>de</strong>corativos é necessário criar oseu padrão <strong>de</strong> energia positiva. Esta mesma energia<strong>de</strong>ve vir <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora e é conseguida nodia-a-dia, não com a aplicação <strong>de</strong> técnicas, mastambém com a nossa força interior.Além <strong>de</strong> tudo isto, nunca esqueçam a cor do ambienteon<strong>de</strong> moramos. O Feng Shui baseia a sua fundamentaçãona cor em toda a <strong>de</strong>coração. É um elementofundamental para gerar energia positiva e<strong>de</strong>ve ser analisada com atenção, já que nos influencia<strong>de</strong> acordo com o nosso estado <strong>de</strong> espírito, história<strong>de</strong> vida e energia pessoal.. Além disso, existemtonalida<strong>de</strong>s que eu, como consultora <strong>de</strong> FengShui aconselho na <strong>de</strong>coraçao <strong>de</strong> interiores:Hall: as cores claras e suaves são as mais indicadas.Os tons fortes só <strong>de</strong>vem ser utilizados se oespaço for gran<strong>de</strong>.Cozinha: o branco ou um tom próximo <strong>de</strong>ve predominar.O amarelo estimula a fome.Quarto: <strong>de</strong>ve ser suave, mas sem restrições. O rosaestimula o romantismo; o ver<strong>de</strong> e o azul, a calma,a persistência e a esperança; o lilás activa a espiritualida<strong>de</strong>e é aconselhado para a cura. Os tons <strong>de</strong>amarelo trazem estabilida<strong>de</strong>.Casas <strong>de</strong> banho: cores claras. O preto e o brancoestimulam e activam as energias do equilíbrio entreo yin e o yang, enquanto o ver<strong>de</strong> age como cura.Sala <strong>de</strong> estar: tons <strong>de</strong> marrom, caramelo, bege eamarelo claro activam o bem estar. O ver<strong>de</strong> tambémé bem vindo. ●Ana Pedroso, consultora <strong>de</strong> Feng Shuianapedroso@iol.ptFICHA TÉCNICAEDIÇÃO: JORLIS - EDIÇÕES E PUBLICAÇÕES, LDA.Director: José Ribeiro Vieira / Coor<strong>de</strong>nação: Rui Pereira / Redacção: Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong> / Serviços Comerciais: Andreia Antunes / Paginação: Isilda Trinda<strong>de</strong> e Rita Carlos / Impressão: Miran<strong>de</strong>la, SA / Tiragem: 15.000 exemplares / Nº <strong>de</strong> registo:109980 / Depósito legal nº: 5628/84 / JORNAL DE LEIRIA, Edição n.º 1245, 22 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2008


MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO22 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 20081 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |HOME ZEN: A HARMONIAE O EQUILÍBRIO NA DECORAÇÃOFOTOS: DRHarmonia, equilíbrio, paz, tranquilida<strong>de</strong> e beleza.Estes são alguns ingredientes que, cada vez mais,as pessoas procuram para a <strong>de</strong>coração das suascasas. Dos espaços que mais não são que os seussantuários. Os locais on<strong>de</strong> se vivem os sentimentos<strong>de</strong> maior intensida<strong>de</strong>. Blandina Santos, <strong>de</strong>coradorae responsável pela Home Zen, que querdizer exactamente casa com equilíbrio, confirmaisto mesmo, consi<strong>de</strong>rando que ela própria sempreconseguiu o seu equilíbrio <strong>de</strong>ntro das suas quatropare<strong>de</strong>s. “Por mais que haja conflitos, por maisque não estejamos <strong>de</strong> acordo com o mundo exterior,<strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r a fechar a porta e a encontrarequilíbrio no nosso mundo, que é nossa casa.É lá que estão as pessoas que amamos e que nosdão força para enfrentarmos o dia seguinte”, explica.Foi com esta filosofia sempre presente, que BlandinaSantos, que durante anos exerceu a profissão<strong>de</strong> Técnica Oficial <strong>de</strong> Contas, <strong>de</strong>cidiu romper comtodo o seu passado e <strong>de</strong>dicar-se a ajudar as pessoasa encontrar essa harmonia <strong>de</strong>ntro das suascasas. Como? “A forma como a casa está <strong>de</strong>coradae o ambiente que nos envolve é muito importantepara o nosso equilíbrio. Se a casa estiveradaptada à nossa forma <strong>de</strong> ser, se nos espelhar aalma, tem um efeito energizante. Mesmo o sono émais repousante”. Pelo contrário, se a casa “noslembra as nossas frustrações lá se vai o nosso equilíbrio.Saímos do trabalho e acabamos por não terum único espaço para extravasarmos as nossasemoções, para nos dar a paz e a harmonia <strong>de</strong> quenecessitamos”.Blandina Santos tem, pois, a sorte <strong>de</strong> fazer o quegosta, pois auxilia os seus clientes a <strong>de</strong>corar assuas casas, ajudando-os, muitas vezes, a encontrara paz <strong>de</strong> que necessitam. “Tento levá-los a percebero que gostam, o que sentem e o que necessitampara estarem bem, quais as cores que osacalmam mais, que as excitam, que lhes trazemmais alegria...”. Sempre com a noção <strong>de</strong> que cadacaso é um caso e que tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da personalida<strong>de</strong><strong>de</strong> cada um. “Temos que olhar para as pessoascomo seres individuais. Tenho que ser flexívelpara me adaptar às suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s epersonalida<strong>de</strong>s”, diz, sublinhando, por outro lado,que as pessoas “não <strong>de</strong>vem colocar em suas casasuma peça “só porque se usa, só porque está namoda ou para impressionar os amigos. As pessoastem que colocar em suas casas o que lhes transmitealguma coisa <strong>de</strong> positivo”.Para <strong>de</strong>corar uma casa não é obrigatório gastarmuito dinheiro. Há orçamentos para todas as carteiras.O importante é que as pessoas sintam quea <strong>de</strong>coração escolhida esteja relacionada com asua personalida<strong>de</strong> e, mais importante que isso,que as faça sentir bem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa. BlandinaSantos explica que, na fase <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação, nemtudo o que existe <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma casa é lixo. “Po<strong>de</strong>moscruzar peças antigas que trazem boas recordações,com peças novas e perfeitamente na moda”.Quais são então as tendências na <strong>de</strong>coração? Esteano continua a assistir-se a uma tentativa <strong>de</strong> humanizaçãodos espaços, através do colorido e das flores.Como cada vez mais existe menos tempo parausufruir da natureza, as pessoas ten<strong>de</strong>m a levarpara o interior cores relacionadas com o ver<strong>de</strong>, asflores, o barulho da água através da fontes artificiais,como se fosse uma cascata e os aromas.Mas as flores que se utilizam são imitações perfeitasdas flores naturais, verda<strong>de</strong>iras obras <strong>de</strong> arte,como explica a responsável pelo projecto HomeZen. “Hoje em dia não há capacida<strong>de</strong> para po<strong>de</strong>rmosmanusear as flores naturais, é o lavar da jarra,o cuidar e, <strong>de</strong>pois, também fica muito caro”. Poroutro lado, “não <strong>de</strong>vemos cortar as flores. Elasmorrem. Plantem as flores nos jardins”.No que respeita às cores, a <strong>de</strong>coração tambémsegue as tendências da moda. Como <strong>de</strong>sabafaBlandina Santos, “graças a Deus que os pretos, oscinzas e os pratas, tão em voga em anos anteriores,começam agora a aliviar e a dar lugar, porexemplo, aos brancos e <strong>de</strong>capados”. Claro que opreto irá usar-se sempre – porque é um tom sóbrio-, mas já misturado com outras cores mais alegres.Os padrões continuam a estar na moda, com osseus florões e brasões recuperados <strong>de</strong> épocas maisremotas. A tendência é fazer o intercâmbio entrevárias culturas e a moda é isso mesmo. “Conseguirter a arte <strong>de</strong> conciliar todas essas culturas”.“As pessoas precisam <strong>de</strong> se sentir leves”, consi<strong>de</strong>raBlandina Santos, lembrando que a <strong>de</strong>coraçãoé, pois, algo que “faz mexer todos os nossossentidos”. Tem que ser agradável à vista, tem queum ambiente propício aos sons ou silêncio, ao actoda refeição, ao tacto e ao olfacto... Só assim se consegueharmonia para a casa que se quer que sejao nosso santuário! ●

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